O vocalista e guitarrista Robert Smith já está com os planos para o fim do The Cure prontos em sua cabeça. A revelação foi feita durante recente entrevista, onde o músico de 65 anos aproveitou para refletir até mesmo sobre a própria mortalidade, reconhecendo que o tempo não está a seu favor.
Em conversa com o The Times, o artista refletiu sobre o tema, promovendo até mesmo um elo com a musicalidade do grupo. Também reconheceu que o medo do desfecho se torna mais presente com o passar do tempo.
Ele disse, conforme repercussão do Ultimate Classic Rock:
“Nossas canções sempre trouxeram um temor da mortalidade. Eu não sinto minha idade, mas estou ciente disso e quando você fica mais velho esse medo se torna mais real. A morte se torna mais cotidiana. Quando você é mais jovem, você romantiza a morte, mas então ela acontece com sua família e amigos. Eu sou uma pessoa diferente do último disco e queria transmitir isso. Pode ser banal. As pessoas podem dizer: ‘Oh, todos nós vamos morrer — me surpreenda!’. Mas eu tento encontrar alguma conexão emocional com essa ideia.”
Assim, Robert estabeleceu um prazo para colocar o The Cure em um descanso definitivo. Ele coincide com sua chegada aos 70.
“Farei 70 anos em 2029. Se conseguir chegar até lá, é isso. Será o momento do fim.”
Sem amargura para Robert Smith
Mas ao contrário do que a previsão pode indicar, o líder da banda garante não estar encarando o fato com amargura.
“Levo uma vida muito privilegiada. Não acredito na sorte que tive. Ainda estou fazendo o que sempre quis, mas o fato de ainda estar de pé é provavelmente a melhor coisa sobre ser eu, porque houve momentos em que não pensei que chegaria aos 30, 40, 50. Minha mente não funciona com a mesma acuidade que já teve, mas estou muito mais relaxado e mais fácil de lidar.”
“Songs of a Lost World”, o novo álbum do The Cure
O The Cure lança seu primeiro álbum de inéditas em 16 anos no próximo dia 1º de novembro. “Songs of a Lost World” chega a público via Universal Music. O primeiro single, “Alone”, está disponível nas plataformas digitais. A canção já vem sendo executada ao vivo há dois anos.
O disco foi gravado no Rockfield Studios (País de Gales), composto e arranjado por Robert Smith e produzido e mixado por Smith e Paul Corkett. Além do frontman (que assume vocais, guitarra, baixo de 6 cordas e teclados no trabalho), a banda conta hoje com Simon Gallup (baixo), Jason Cooper (bateria), Roger O’Donnell (teclados) e Reeves Gabrels (guitarra).
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