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Saiba quando lineup do Monsters of Rock 2025 será anunciado

Oitava edição do tradicional festival está marcada para acontecer no próximo 19 de abril

Como noticiado, a produtora Mercury Concerts confirmou oficialmente a próxima edição do festival Monsters of Rock no Brasil. A realização se dará no dia 19 de abril de 2025.

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- Advertisement -

Nenhuma atração foi revelada até o momento. Todavia, a organização revelou que o lineup será anunciado na próxima sexta-feira (25), ao meio-dia.

Ainda não há confirmação de local. Imagina-se, porém, que aconteça em São Paulo, como outras realizações. Além disso, nenhuma atração foi anunciada pelos organizadores do evento, notório por contemplar o rock clássico, hard rock e heavy metal.

O formato de data única repete o padrão de 2023. Em 2013 e 2015, outras edições recentes, o festival foi realizado em dois dias.

Monsters of Rock no Brasil

Criado na Inglaterra e exportado para diversos países, o Monsters of Rock ganhou sua primeira edição brasileira em 1994, ainda como Phillips Monsters of Rock, por conta do patrocinador. Foi realizado no estádio do Pacaembu, em São Paulo, e trouxe como principais atrações Kiss (ainda sem maquiagem), Black Sabbath (com Tony Martin nos vocais), Suicidal Tendencies e Slayer, além dos brasileiros Angra, Dr. Sin, Raimundos e Viper.

O Pacaembu recebeu o festival também em 1995 – com Ozzy Osbourne, Alice Cooper, Faith No More, Megadeth, Paradise Lost, Rata Blanca e outros – e em 1996, quando tocaram Iron Maiden (ainda com Blaze Bayley), Skid Row (em seu último show com Sebastian Bach), Motörhead, Biohazard, Helloween, King Diamond e Mercyful Fate entre os principais.

Após um hiato em 1997, o Monsters voltou em 1998, agora na Pista de Atletismo do Ibirapuera, trazendo Slayer, Megadeth, Manowar, Saxon, Dream Theater, Savatage, Glenn Hughes, Korzus e Dorsal Atlântica. Seria a última edição do festival até 2013, quando voltou a ser realizado, agora no Anhembi, em 2 dias.

Na ocasião, Slipknot, Korn, Gojira, Limp Bizkit, Killswitch Engage, Hatebreed e Project46 fizeram o primeiro dia, focado em um som mais pesado e contemporâneo. No segundo dia, Aerosmith, Whitesnake, Ratt, Buckcherrry, Dokken, Geoff Tate’s Queensrÿche e Dr. Sin fizeram a alegria dos hard rockers.

Em seguida, ocorreu em 2015, novamente no Anhembi e com dois dias de shows. Ozzy Osbourne, Judas Priest, Black Veil Brides, Rival Sons, Coal Chamber, Primal Fear e De La Tierra comandaram o primeiro dia, que também contou com uma homenagem ao Motörhead. Lemmy veio ao evento, mas não tocou devido a uma intoxicação alimentar. Ele morreu meses depois, vítima de outros problemas de saúde. No segundo dia, Kiss, Manowar, Accept, Unisonic, Yngwie Malmsteen e Steel Panther animaram o público, além do Priest, única banda a tocar nas duas datas.

Após um hiato de quase uma década, o Monsters of Rock voltou a acontecer no Brasil em 2023. Kiss, Scorpions, Deep Purple, Helloween, Candlemass, Symphony X e Doro se apresentaram no Allianz Parque no dia 22 de abril do ano citado.

12 bandas que poderiam estar no Monsters of Rock Brasil 2025

Ainda que eventualmente possa agregar outros subgêneros — a exemplo de 2013, quando teve um dia inteiro dedicado ao nu metal —, o Monsters of Rock deixa clara sua orientação ao rock clássico, hard rock e heavy metal de veia mais “tradicional”. Seus lineups já contaram com Kiss (três vezes), Aerosmith, Iron Maiden, Ozzy Osbourne, Black Sabbath, Scorpions, Deep Purple, Manowar, Slayer (duas vezes), Megadeth, Skid Row, entre vários outros.

Considerando especificamente esse nicho e descartando bandas gigantescas, que lotariam um estádio sem grandes esforços — como AC/DC e Rolling Stones —, a lista a seguir reúne uma série de sugestões para a escalação do próximo ano. Também foram levadas em conta apenas atrações que estão em ritmo normal de turnê (exceção feita a um nome bastante específico) e que nunca tenham tocado no festival (ressalva também a um dos lembrados).

São, ao todo, sete bandas gringas, além de outras cinco brasileiras, neste caso com foco em nomes mais jovens. Confira:

Sammy Hagar (The Best of All Worlds)

A turnê The Best of All Worlds reúne Sammy Hagar, Michael Anthony, Joe Satriani e Jason Bonham
Foto: Timothy Norris

Uma das grandes tristezas do fã brasileiro de Van Halen é o fato de a banda ter vindo ao país somente uma vez, em 1983. A experiência foi tão traumática que o grupo dos irmãos nascidos nos Países Baixos jamais retornou.

No início de 2020, Sammy Hagar nos visitaria para uma série de shows com o The Circle, mas a pandemia provocou o cancelamento dos compromissos. Rumores de baixa venda de ingressos teriam feito com que as datas sequer fossem adiadas.

Agora, porém, a situação é outra. Hagar está com uma turnê que celebra diferentes fases do Van Halen, a “The Best of All Worlds”, com shows concorridos nos Estados Unidos, além de algumas datas no Japão. Um supergrupo acompanha o cantor: Joe Satriani na guitarra, Michael Anthony no baixo e Jason Bonham na bateria, além de Rai Thistlethwayte nos teclados.

A agenda está zerada em 2025 e Sammy já citou nominalmente a América do Sul como um dos locais para onde gostaria de levar a tour. O cachê provavelmente está inflacionado, mas não custa sonhar.

Judas Priest

Foto: Gustavo Diakov @xchicanox

Diferentemente do Van Halen e de seus ex-integrantes, o Judas Priest é figurinha carimbada no Brasil. Começou sua relação com o país no Rock in Rio de 1991 e retornou mais sete vezes, a última em 2022, com a turnê “50 Heavy Metal Years”.

No início do ano, o grupo do vocalista Rob Halford disponibilizou “Invincible Shield”, um dos melhores álbuns de heavy metal do ano até aqui. Desde então, os incansáveis músicos realizaram nada menos que 60 shows.

Em entrevistas, o baixista Ian Hill disse que o plano é vir à América do Sul em 2025. Quem sabe no Monsters?

ZZ Top

Foto: JDunbarPhoto / Depositphotos

Agora no campo do rock clássico, orientado ao blues, outra banda que se recusa a parar é o ZZ Top. A morte de Dusty Hill em 2021 não os freou: pelo contrário, o baixista deu a bênção para que seu técnico no instrumento, Elwood Francis, o substituísse.

Desde então, o grupo completo por Billy Gibbons (voz e guitarra) e Frank Beard (bateria) tem excursionado de forma ostensiva — mais de 230 shows nos últimos 2 anos e meio —, com foco habitual na América do Norte, mas uma recente “escapada” recente para a Europa. A única visita ao Brasil aconteceu em 2010, então pode estar na hora de um retorno.

Alice Cooper

Foto: Ben Houdijk / Depositphotos

Atração do Monsters of Rock em 1995, Alice Cooper oferece um dos melhores shows do rock. Mesmo aos 76 anos, o vocalista segue com performance irretocável e é acompanhado por uma banda poderosa, trazendo a guitarrista Nita Strauss como um dos destaques.

Com 50 shows realizados somente em 2025, trata-se de outro artista que não tira o pé da estrada — não é por acaso que seu álbum mais recente se chama “Road” (2023).

O personagem musical de Vincent Furnier também tem relação especial com o Brasil: veio para cá em 1974, quando tudo ainda era mato no que diz respeito a shows internacionais. Voltou na já citada ocasião de 1995, além de 2000, 2007, 2011 e 2017, quando se apresentou no Rock in Rio e no São Paulo Trip, evento promovido pela mesma Mercury Concerts. Está na hora de tia Alice retornar.

Dirty Honey

Nem só de senhores vive o rock clássico. Apoiado em influências descaradas de Guns N’ Roses e Aerosmith, o Dirty Honey cumpre à risca todos os pré-requisitos de uma grande banda do segmento — e jamais veio ao Brasil.

O quarteto americano formado por Marc LaBelle (voz), John Notto (guitarra), Justin Smolian (baixo) e Jaydon Bean (bateria) tem um EP e dois álbuns na bagagem, sendo que o disco mais recente, “Can’t Find the Brakes” (2023), esteve entre os melhores do subgênero em seu ano de lançamento. Se “falta” idade, sobra disposição — quase 200 shows entre 2022 e 2023 — e currículo, pois já tocaram com o próprio Guns, além de Slash, The Who, Alter Bridge, Black Crowes e por aí vai.

Talvez ainda falte público no Brasil, o que também torna ainda mais oportuna a chance de tê-los em um festival. É o tipo de exposição que o Rival Sons teve em 2015, também no Monsters, e soube aproveitar.

Mammoth WVH

Foto: Travis Shinn

Ainda na seara de jovens bandas — e de volta ao “VanHalenVerso” —, o Mammoth WVH está até demorando para vir ao Brasil. O projeto do multi-instrumentista Wolfgang Van Halen, filho de Eddie, já excursionou por todo o planeta, mas ainda não passou por aqui.

Certamente há um espacinho para o Brasil na turnê que promove “II” (2023), seu incrível segundo álbum de estúdio. Além de percorrer a América do Norte de cabo a rabo, o giro também foi levado à Europa, com direito a performances em grandes festivais como Hellfest e Graspop.

Black Country Communion

Foto: Rob Bondurant

E aqui temos o único nome gringo da lista que não está em turnê. Ainda assim, o Monsters of Rock serviria como oportunidade para corrigir a grave falha do Black Country Communion de nunca ter se apresentado no Brasil, ainda que reúna nomes tão celebrados por aqui: Glenn Hughes (voz e baixo), Joe Bonamassa (guitarra e voz), Derek Sherinian (teclados) e, olhe ele aí de novo, Jason Bonham (bateria).

Os dois primeiros músicos, inclusive, tocaram por aqui nos últimos 12 meses. Sherinian é tão da casa que, além dos shows, já gravou com músicos brasileiros.

Não é como se o BCC estivesse parado, obviamente. Seu quinto e mais recente álbum, “V”, saiu no último mês de junho. O quarteto apenas não está na estrada no momento: sua única performance do ano foi realizada no cruzeiro Keeping the Blues Alive at Sea. O Monsters não é em alto mar, mas pode recebê-los numa boa.

Bônus: 5 nomes nacionais para o Monsters of Rock 2025

Electric Mob: É um desperdício não poder assistir ao quarteto paranaense liderado por Renan Zonta (voz) e Ben Hur Auwarter (guitarra) mais vezes em São Paulo. A turnê de seu álbum mais recente, 2 Make U Cry & Dance (2023), foi trazida à cidade em pelo menos três ocasiões, mas geralmente em datas que competiram com outros nomes mais celebrados ou em meio à infinidade de atrações do Summer Breeze Brasil 2024. Caberia perfeitamente no Monsters of Rock 2025.

Marenna: O veterano grupo gaúcho liderado pelo vocalista Rod Marenna já é bastante conhecido pelos apreciadores nacionais de AOR, mas talvez tenha faltado oportunidades para se apresentar em grandes palcos de São Paulo. Em Porto Alegre, já abriram para Scorpions e Eric Martin (Mr. Big); por aqui, tocaram ao lado do Symphony X. Duas atrações de edições passadas do Monsters foram mencionadas, então, por que não os trazer também?

Chromeskull: Talvez seja o nome menos experiente da lista, mas nada como um palco gigante para fazer criar casca. Qualidade musical eles já têm: a banda paulistana caprichou em seu disco mais recente, Screaming to the World (2023), com uma fusão entre hard rock e heavy metal pra lá de cativante.

Electric Gypsy: Desse top 5, é a banda mais inclinada ao hard rock oitentista. Mas os mineiros transitam bem entre fãs de heavy metal, dada a enorme quantidade de shows realizados com Paul Di’Anno (ex-Iron Maiden) dentro e fora do Brasil. Fora a bagagem recente, lançaram em 2023 um bom álbum, “Mothership”. Uma adição a se considerar para o lineup.

Hurricanes: Entre os monstros, também há espaço para blues rock de chapéu atolado. Fundada no sul do país e radicada em São Paulo, a banda fez um show bastante convincente ao abrir para o Black Crowes, também na capital paulista, em março de 2023. Seu álbum homônimo, lançado no mesmo ano, cativa da mesma forma. Se o lineup não for tão inclinado ao metal, certamente vai encaixar legal.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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Ainda não há confirmação de local. Imagina-se, porém, que aconteça em São Paulo, como outras realizações. Além disso, nenhuma atração foi anunciada pelos organizadores do evento, notório por contemplar o rock clássico, hard rock e heavy metal.

O formato de data única repete o padrão de 2023. Em 2013 e 2015, outras edições recentes, o festival foi realizado em dois dias.

Monsters of Rock no Brasil

Criado na Inglaterra e exportado para diversos países, o Monsters of Rock ganhou sua primeira edição brasileira em 1994, ainda como Phillips Monsters of Rock, por conta do patrocinador. Foi realizado no estádio do Pacaembu, em São Paulo, e trouxe como principais atrações Kiss (ainda sem maquiagem), Black Sabbath (com Tony Martin nos vocais), Suicidal Tendencies e Slayer, além dos brasileiros Angra, Dr. Sin, Raimundos e Viper.

O Pacaembu recebeu o festival também em 1995 – com Ozzy Osbourne, Alice Cooper, Faith No More, Megadeth, Paradise Lost, Rata Blanca e outros – e em 1996, quando tocaram Iron Maiden (ainda com Blaze Bayley), Skid Row (em seu último show com Sebastian Bach), Motörhead, Biohazard, Helloween, King Diamond e Mercyful Fate entre os principais.

Após um hiato em 1997, o Monsters voltou em 1998, agora na Pista de Atletismo do Ibirapuera, trazendo Slayer, Megadeth, Manowar, Saxon, Dream Theater, Savatage, Glenn Hughes, Korzus e Dorsal Atlântica. Seria a última edição do festival até 2013, quando voltou a ser realizado, agora no Anhembi, em 2 dias.

Na ocasião, Slipknot, Korn, Gojira, Limp Bizkit, Killswitch Engage, Hatebreed e Project46 fizeram o primeiro dia, focado em um som mais pesado e contemporâneo. No segundo dia, Aerosmith, Whitesnake, Ratt, Buckcherrry, Dokken, Geoff Tate’s Queensrÿche e Dr. Sin fizeram a alegria dos hard rockers.

Em seguida, ocorreu em 2015, novamente no Anhembi e com dois dias de shows. Ozzy Osbourne, Judas Priest, Black Veil Brides, Rival Sons, Coal Chamber, Primal Fear e De La Tierra comandaram o primeiro dia, que também contou com uma homenagem ao Motörhead. Lemmy veio ao evento, mas não tocou devido a uma intoxicação alimentar. Ele morreu meses depois, vítima de outros problemas de saúde. No segundo dia, Kiss, Manowar, Accept, Unisonic, Yngwie Malmsteen e Steel Panther animaram o público, além do Priest, única banda a tocar nas duas datas.

Após um hiato de quase uma década, o Monsters of Rock voltou a acontecer no Brasil em 2023. Kiss, Scorpions, Deep Purple, Helloween, Candlemass, Symphony X e Doro se apresentaram no Allianz Parque no dia 22 de abril do ano citado.

12 bandas que poderiam estar no Monsters of Rock Brasil 2025

Ainda que eventualmente possa agregar outros subgêneros — a exemplo de 2013, quando teve um dia inteiro dedicado ao nu metal —, o Monsters of Rock deixa clara sua orientação ao rock clássico, hard rock e heavy metal de veia mais “tradicional”. Seus lineups já contaram com Kiss (três vezes), Aerosmith, Iron Maiden, Ozzy Osbourne, Black Sabbath, Scorpions, Deep Purple, Manowar, Slayer (duas vezes), Megadeth, Skid Row, entre vários outros.

Considerando especificamente esse nicho e descartando bandas gigantescas, que lotariam um estádio sem grandes esforços — como AC/DC e Rolling Stones —, a lista a seguir reúne uma série de sugestões para a escalação do próximo ano. Também foram levadas em conta apenas atrações que estão em ritmo normal de turnê (exceção feita a um nome bastante específico) e que nunca tenham tocado no festival (ressalva também a um dos lembrados).

São, ao todo, sete bandas gringas, além de outras cinco brasileiras, neste caso com foco em nomes mais jovens. Confira:

Sammy Hagar (The Best of All Worlds)

A turnê The Best of All Worlds reúne Sammy Hagar, Michael Anthony, Joe Satriani e Jason Bonham
Foto: Timothy Norris

Uma das grandes tristezas do fã brasileiro de Van Halen é o fato de a banda ter vindo ao país somente uma vez, em 1983. A experiência foi tão traumática que o grupo dos irmãos nascidos nos Países Baixos jamais retornou.

No início de 2020, Sammy Hagar nos visitaria para uma série de shows com o The Circle, mas a pandemia provocou o cancelamento dos compromissos. Rumores de baixa venda de ingressos teriam feito com que as datas sequer fossem adiadas.

Agora, porém, a situação é outra. Hagar está com uma turnê que celebra diferentes fases do Van Halen, a “The Best of All Worlds”, com shows concorridos nos Estados Unidos, além de algumas datas no Japão. Um supergrupo acompanha o cantor: Joe Satriani na guitarra, Michael Anthony no baixo e Jason Bonham na bateria, além de Rai Thistlethwayte nos teclados.

A agenda está zerada em 2025 e Sammy já citou nominalmente a América do Sul como um dos locais para onde gostaria de levar a tour. O cachê provavelmente está inflacionado, mas não custa sonhar.

Judas Priest

Foto: Gustavo Diakov @xchicanox

Diferentemente do Van Halen e de seus ex-integrantes, o Judas Priest é figurinha carimbada no Brasil. Começou sua relação com o país no Rock in Rio de 1991 e retornou mais sete vezes, a última em 2022, com a turnê “50 Heavy Metal Years”.

No início do ano, o grupo do vocalista Rob Halford disponibilizou “Invincible Shield”, um dos melhores álbuns de heavy metal do ano até aqui. Desde então, os incansáveis músicos realizaram nada menos que 60 shows.

Em entrevistas, o baixista Ian Hill disse que o plano é vir à América do Sul em 2025. Quem sabe no Monsters?

ZZ Top

Foto: JDunbarPhoto / Depositphotos

Agora no campo do rock clássico, orientado ao blues, outra banda que se recusa a parar é o ZZ Top. A morte de Dusty Hill em 2021 não os freou: pelo contrário, o baixista deu a bênção para que seu técnico no instrumento, Elwood Francis, o substituísse.

Desde então, o grupo completo por Billy Gibbons (voz e guitarra) e Frank Beard (bateria) tem excursionado de forma ostensiva — mais de 230 shows nos últimos 2 anos e meio —, com foco habitual na América do Norte, mas uma recente “escapada” recente para a Europa. A única visita ao Brasil aconteceu em 2010, então pode estar na hora de um retorno.

Alice Cooper

Foto: Ben Houdijk / Depositphotos

Atração do Monsters of Rock em 1995, Alice Cooper oferece um dos melhores shows do rock. Mesmo aos 76 anos, o vocalista segue com performance irretocável e é acompanhado por uma banda poderosa, trazendo a guitarrista Nita Strauss como um dos destaques.

Com 50 shows realizados somente em 2025, trata-se de outro artista que não tira o pé da estrada — não é por acaso que seu álbum mais recente se chama “Road” (2023).

O personagem musical de Vincent Furnier também tem relação especial com o Brasil: veio para cá em 1974, quando tudo ainda era mato no que diz respeito a shows internacionais. Voltou na já citada ocasião de 1995, além de 2000, 2007, 2011 e 2017, quando se apresentou no Rock in Rio e no São Paulo Trip, evento promovido pela mesma Mercury Concerts. Está na hora de tia Alice retornar.

Dirty Honey

Nem só de senhores vive o rock clássico. Apoiado em influências descaradas de Guns N’ Roses e Aerosmith, o Dirty Honey cumpre à risca todos os pré-requisitos de uma grande banda do segmento — e jamais veio ao Brasil.

O quarteto americano formado por Marc LaBelle (voz), John Notto (guitarra), Justin Smolian (baixo) e Jaydon Bean (bateria) tem um EP e dois álbuns na bagagem, sendo que o disco mais recente, “Can’t Find the Brakes” (2023), esteve entre os melhores do subgênero em seu ano de lançamento. Se “falta” idade, sobra disposição — quase 200 shows entre 2022 e 2023 — e currículo, pois já tocaram com o próprio Guns, além de Slash, The Who, Alter Bridge, Black Crowes e por aí vai.

Talvez ainda falte público no Brasil, o que também torna ainda mais oportuna a chance de tê-los em um festival. É o tipo de exposição que o Rival Sons teve em 2015, também no Monsters, e soube aproveitar.

Mammoth WVH

Foto: Travis Shinn

Ainda na seara de jovens bandas — e de volta ao “VanHalenVerso” —, o Mammoth WVH está até demorando para vir ao Brasil. O projeto do multi-instrumentista Wolfgang Van Halen, filho de Eddie, já excursionou por todo o planeta, mas ainda não passou por aqui.

Certamente há um espacinho para o Brasil na turnê que promove “II” (2023), seu incrível segundo álbum de estúdio. Além de percorrer a América do Norte de cabo a rabo, o giro também foi levado à Europa, com direito a performances em grandes festivais como Hellfest e Graspop.

Black Country Communion

Foto: Rob Bondurant

E aqui temos o único nome gringo da lista que não está em turnê. Ainda assim, o Monsters of Rock serviria como oportunidade para corrigir a grave falha do Black Country Communion de nunca ter se apresentado no Brasil, ainda que reúna nomes tão celebrados por aqui: Glenn Hughes (voz e baixo), Joe Bonamassa (guitarra e voz), Derek Sherinian (teclados) e, olhe ele aí de novo, Jason Bonham (bateria).

Os dois primeiros músicos, inclusive, tocaram por aqui nos últimos 12 meses. Sherinian é tão da casa que, além dos shows, já gravou com músicos brasileiros.

Não é como se o BCC estivesse parado, obviamente. Seu quinto e mais recente álbum, “V”, saiu no último mês de junho. O quarteto apenas não está na estrada no momento: sua única performance do ano foi realizada no cruzeiro Keeping the Blues Alive at Sea. O Monsters não é em alto mar, mas pode recebê-los numa boa.

Bônus: 5 nomes nacionais para o Monsters of Rock 2025

Electric Mob: É um desperdício não poder assistir ao quarteto paranaense liderado por Renan Zonta (voz) e Ben Hur Auwarter (guitarra) mais vezes em São Paulo. A turnê de seu álbum mais recente, 2 Make U Cry & Dance (2023), foi trazida à cidade em pelo menos três ocasiões, mas geralmente em datas que competiram com outros nomes mais celebrados ou em meio à infinidade de atrações do Summer Breeze Brasil 2024. Caberia perfeitamente no Monsters of Rock 2025.

Marenna: O veterano grupo gaúcho liderado pelo vocalista Rod Marenna já é bastante conhecido pelos apreciadores nacionais de AOR, mas talvez tenha faltado oportunidades para se apresentar em grandes palcos de São Paulo. Em Porto Alegre, já abriram para Scorpions e Eric Martin (Mr. Big); por aqui, tocaram ao lado do Symphony X. Duas atrações de edições passadas do Monsters foram mencionadas, então, por que não os trazer também?

Chromeskull: Talvez seja o nome menos experiente da lista, mas nada como um palco gigante para fazer criar casca. Qualidade musical eles já têm: a banda paulistana caprichou em seu disco mais recente, Screaming to the World (2023), com uma fusão entre hard rock e heavy metal pra lá de cativante.

Electric Gypsy: Desse top 5, é a banda mais inclinada ao hard rock oitentista. Mas os mineiros transitam bem entre fãs de heavy metal, dada a enorme quantidade de shows realizados com Paul Di’Anno (ex-Iron Maiden) dentro e fora do Brasil. Fora a bagagem recente, lançaram em 2023 um bom álbum, “Mothership”. Uma adição a se considerar para o lineup.

Hurricanes: Entre os monstros, também há espaço para blues rock de chapéu atolado. Fundada no sul do país e radicada em São Paulo, a banda fez um show bastante convincente ao abrir para o Black Crowes, também na capital paulista, em março de 2023. Seu álbum homônimo, lançado no mesmo ano, cativa da mesma forma. Se o lineup não for tão inclinado ao metal, certamente vai encaixar legal.

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Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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