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As diferenças entre os fãs de metal na Europa e nos EUA, segundo K.K. Downing

Líder do K.K.’s Priest acredita que um certo padrão de comportamento relacionado aos festivais é muito mais perceptível no velho continente

K.K. Downing tem uma vasta experiência quando o assunto é turnê. O ex-guitarrista do Judas Priest e atual líder do K.K.’s Priest já excursionou pelos mais diversos países do mundo ao longo das últimas décadas. Diante dos locais visitados, o músico acredita que há uma explícita diferença entre os fãs de metal na Europa como um todo e o público dos Estados Unidos nos dias de hoje.

Conversando com a American Songwriter, o artista refletiu sobre o assunto. Ao abordar suas mais recentes experiências na estrada com seu novo grupo, destacou como as plateias do continente europeu parecem priorizar muito mais os festivais do que apresentações solo. Em contrapartida, ao seu ver, os americanos preferem ver somente uma grande banda em vez de inúmeras atrações no mesmo dia.

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Para ele, isso ficou perceptível ao tocar em eventos como o Masters of Rock, na República Tcheca, em julho, e o Wacken Open Air, na Alemanha, no último mês de agosto. O guitarrista explicou: 

“Na Europa, as pessoas economizam e gastam dinheiro em festivais para ver de 60 a 80 bandas em um único fim de semana. Felizmente, conseguimos tocar para esse público, o que é ótimo. Na Europa, temos centenas de festivais agora. Isso é incrível, mas não vejo o mesmo acontecendo nos Estados Unidos. Sinto que se uma grande banda for fazer um show por lá, como AC/DC, Metallica ou quem quer que seja, as pessoas talvez economizem para aquela apresentação em específico, em vez de frequentar casas locais para ver muitas outras bandas.”

Outro padrão percebido nos fãs europeus envolve a maneira de assistir a um show. Na opinião do músico, o público europeu valoriza a experiência como um todo ao marcar presença em uma apresentação, levando até mesmo a família inteira e gastando além do ingresso, como pontuou: 

“Em relação aos gastos, as pessoas precisam pagar as contas, encher o tanque do carro e comprar sapatos novos para as crianças. Acho que gastar com show de metal vai para o fim da fila de prioridades. Mas, potencialmente, sinto que se as pessoas vão gastar para ir num show, elas querem viver uma experiência, como um show de arena com uma grande banda tocando. Sinto que você vê muito isso na Europa.”

Para exemplificar, Downing citou a banda alemã Rammstein, conhecida pelos espetáculos grandiosos cheios de pirotecnia:

“Se o Rammstein tocar em um estádio de futebol, as pessoas vão economizar para levar a família lá e gastar muito dinheiro lá, comprando uma camiseta, bebendo e comendo. É o presente que elas se dão para aquele ano, mês ou período.”

O KK’s Priest de K.K. Downing

Formado em 2020 pelo ex-guitarrista do Judas Priest, K.K. Downing, o KK’s Priest reedita a parceria com o vocalista Tim “Ripper” Owens, que integrou o Judas entre 1996 e 2003.

A formação atual conta ainda com o segundo guitarrista A.J. Mills (Hostile), o baixista Tony Newton (Voodoo Six) e o baterista Sean Elg (Deathriders, Cage). Ao álbum de estreia, Sermons of the Sinner (2021), seguiu-se The Sinner Rides Again, lançado em setembro do ano passado.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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