Mais de um mês após o anúncio de um acordo entre o guitarrista Fernando Deluqui e o baixista e vocalista Paulo Ricardo quanto ao uso do nome, o RPM – O Legado deu início oficial à sua promoção. Em mensagem publicada nas redes sociais, os músicos deram detalhes de como a nova fase da carreira acontecerá.
A banda também aproveitou para comunicar duas mudanças na formação, com o baixista e vocalista Dioy Palone e o tecladista Gus Martins saindo. Eles dão lugar, respectivamente, a Fabio Pelissioni e Tato Andreatta.
Diz a nota, que pode ser conferida abaixo:
“Olá pessoal! Estamos começando uma nova fase que envolve algumas mudanças, tentando sempre entregar uma experiência com o melhor show, a maior sonzera!
Primeiramente queremos comunicar a saída dos amigos Dioy Pallone e Gus Martins que nos acompanharam por esses últimos anos proporcionando muitos shows incríveis e momentos inesquecíveis. Queremos também comunicar a entrada do baixista e vocalista Fabio Pelissioni que já havia trabalhado com Deluqui no álbum solo Delux de 2007.
Assim, a nova formação da banda RPM – O Legado é: Fernando Deluqui (guitarra e vocais), Kiko Zara (bateria e vocais de apoio), Tato Andreatta (teclados) e Fabio Pelissioni (baixo e vocais).
O gerenciamento de carreira e booking passam a ser de Samantha Jesus e Ricardo Avlis da AME Entretenimento. Se liguem porque vem muita coisa boa por aí! Nos vemos na estrada!!”
O acordo entre Fernando Deluqui e Paulo Ricardo pelo nome
O acordo entre Paulo e Fernando foi anunciado no dia 7 de agosto. Após o vocalista e baixista ter conseguido impedir o prosseguimento da banda sem a presença de outro integrante original que não o guitarrista, lhe foi concedida a oportunidade de usar uma variação para promover o trabalho atual.
Em entrevista ao Splash, o ex-frontman do grupo comemorou o acerto e a preservação da marca que ajudou a construir. Ele disse:
“O RPM é o RPM. Nós éramos a única banda, além dos Paralamas, que nunca tinha tido mudanças na sua formação original. Isso eu acho motivo de orgulho e acho que isso tem que ser valorizado e preservado.”
Em nota repercutida pelo Terra, Deluqui celebrou a paz e tratou a situação como uma falha de comunicação conjunta.
“Em 2017 houve um grande mal-entendido. Paulo Ricardo quis dar uma pausa e Luiz Schiavon, P.A. e eu quisemos continuar. Infelizmente, nos desentendemos, mas isto ficou no passado.”
Vale destacar que o próprio Paulo Ricardo também não pode usar a marca em projetos pessoais. Os envolvidos na formação original firmaram acordo judicial em 2007 para dividir as cotas da marca, proibindo a exploração individual por qualquer um sem autorização dos demais.
Sobre o RPM
Além de Fernando e Paulo, a formação clássica do RPM contava com Luiz Schiavon (teclado) e Paulo “P.A.” Pagni (bateria), ambos já falecidos. A banda se tornou um fenômeno de popularidade nos anos 1980 ao vender milhões de cópias com os álbuns “Revoluções por Minuto” (1985) e “Rádio Pirata Ao Vivo” (1986).
O quarteto se separou por duas vezes ainda na década de 80: rompeu em 1987, desfrutando do auge do sucesso, para voltar novamente no mesmo ano, lançar o álbum “Quatro Coiotes” em 1988 e acabar em 1989. Um retorno entre 1993 e 1994 para o disco “Paulo Ricardo & RPM” não contou com Schiavon, à época envolvido com projetos de dance music.
Já no século atual, o quarteto se reuniu em duas ocasiões: entre 2001 e 2003, gerando o álbum ao vivo “MTV RPM 2002”; e em 2011, rendendo o disco “Elektra” (2012). Um trabalho intitulado “Deus ex Machina”, com produção de Lucas Silveira (Fresno), chegou a ser gravado entre 2014 e 2015. No entanto, o projeto foi descartado e Paulo Ricardo voltou a se dedicar à carreira solo, saindo em 2017.
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