O tempo é implacável e certas situações devem ser encaradas com naturalidade, pois não há como fugir. O desgaste de músicos do filão do classic rock é um desses fatos inegáveis. Dificilmente o fã conseguirá assistir a uma performance nos tempos atuais que possua o mesmo vigor dos momentos áureos. O negócio é aproveitar do jeito que dá e enquanto podemos. Ian Gillan é um exemplo.
O vocalista do Deep Purple se consagrou com uma potência vocal com a qual não pode competir há algumas décadas. Ele oferece o melhor que pode para quem ainda estiver interessado. Ainda assim, não dá para deixar de notar alguns aspectos, como as mãos trêmulas claramente percebidas no Monsters of Rock 2023 – leia resenha clicando aqui.
Aos 79 anos, o cantor prefere manter alguns assuntos no modo privado. Em entrevista a Gabriel Zorzetto para o Estadão, pouco antes de voltar ao Brasil, ele avisou:
“Tenho algumas coisas na minha vida que são meio privadas: meu dinheiro e minha saúde. Se você quer informações sobre minha saúde, pode ligar para o meu médico. Tenho registros médicos confidenciais. E o mesmo vale para o meu dinheiro. E o mesmo vale para a minha família, a propósito. Mas fora isso, sou todo seu.”
Logo antes, quando foi observada a questão das mãos trêmulas pelo repórter, o artista desconversou com um riso irônico.
“Estou olhando para as minhas mãos agora. Não se preocupe…”
Deep Purple no Brasil e o futuro
Em recentre entrevista ao Trunk Nation, Gillan falou sobre o futuro do Deep Purple. E admitiu que a turnê “The Long Goodbye”, realizada entre 2017 e 2019, foi um golpe midiático dos empresários.
“Alguém disse: ‘Temos que vender mais ingressos’. Aí entra a boa e velha reserva, a turnê de despedida. Então eu disse: ‘Ok, vamos chamá-la de turnê de adeus, mas vamos chamá-la de o longo adeus, dando ênfase à palavra longo.’ Ficou uma frase meio enigmática.”
O cantor ainda adiantou que a agenda da banda está mais do que organizada por um bom tempo adiante.
“Não há intenção de parar. No momento… Falei com meu empresário outro dia. Tenho um projeto solo em processo de resgate. Já estamos agendados até o final de 2026, na fase de planejamento da agenda com todos os projetos que temos para o Deep Purple. Então, sim, há muitos anos pela frente, espero.”
O Deep Purple volta ao Brasil para dois shows. O primeiro acontece nesta sexta-feira (13), em São Paulo, no Espaço Unimed. Ingressos para a apresentação podem ser adquiridos clicando aqui.
Dois dias mais tarde, a banda é uma das atrações do Rock in Rio. O grupo encabeça o Palco Sunset, que também contará com Incubus, Planet Hemp convida Pitty e Barão Vermelho. Sobem ao Palco Mundo o Avenged Sevenfold, Evanescence, Journey e Os Paralamas do Sucesso. Ainda há entradas disponíveis neste link.
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