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A curiosa razão pela qual David Gilmour quer vender catálogo do Pink Floyd

Expectativa é de que venda ultrapasse US$ 500 milhões, se consagrando como uma das maiores transações do gênero até hoje

Nos últimos anos, uma das grandes expectativas do ascendente mercado da venda de direitos está na aquisição do catálogo do Pink Floyd. Expectativas apontam que a banda britânica deve estabelecer uma das maiores marcas do mercado, lucrando acima dos US$ 500 milhões. Embora não tenha sido divulgada oficialmente, especulações apontam que o Queen tenha recebido US$ 1,27 bilhão por sua obra.

David Gilmour está entusiasmado com a ideia. E não apenas pelo dinheiro envolvido.

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O guitarrista e vocalista possui outras motivações por trás da ação, como revelou à Rolling Stone. E sim, como muitos já devem estar imaginando, a conturbada relação com Roger Waters possui influência na expectativa do músico.

Ele explicou à revista:

“Livrar-me da tomada de decisões e das discussões que estão envolvidas em manter tudo funcionando é meu sonho. Se as coisas fossem diferentes… e não estou interessado nisso do ponto de vista financeiro. Só estou interessado nisso pela possibilidade de sair do banho de lama que tem sido por um bom tempo.”

Quando é sugerido a Gilmour que provavelmente é desafiador obter três votos “sim” para qualquer coisa neste momento, ele esclarece:

“Bem, não é assim que realmente funciona. Funciona em um sistema de veto. Você poderia dizer que são três pessoas dizendo sim, mas uma pessoa dizendo não.”

O impasse na venda após declarações de Roger Waters

Em 2022, comentários feitos por Roger Waters em uma entrevista para a Rolling Stone sobre as guerras na Ucrânia e Israel repercutiram negativamente junto a possíveis compradores do catálogo. Segundo a Variety, a situação deixou pelo menos um investidor em potencial receoso. O caso parece ter levado outros a repensar suas posições.

À época, o artista disse que relatos de crimes de guerra cometidos por tropas russas na Ucrânia são falsos e fez declarações sobre o papel de judeus americanos e britânicos na situação de Israel que tem sido analisadas como quase antissemitas.

Além disso, o músico defendeu a presença russa na Síria por estarem a convite do ditador Bashar al-Assad e garantiu, sem apresentar provas, que está em uma lista de morte que seria apoiada pelo governo da Ucrânia.

A venda do catálogo do Pink Floyd

De acordo com o Financial Times, a Warner e a BMG seriam as mais empresas fortes na disputa pelo catálogo do Pink Floyd. As companhias estariam dispostas a atingir um valor na casa do meio bilhão de dólares pelos direitos sobre o material.

A obra do Pink Floyd inclui alguns dos discos mais vendidos de todos os tempos, com destaque a “The Dark Side of the Moon” (1973) e “The Wall” (1979). Juntamente com o catálogo, o grupo estaria colocando à venda os direitos a seu nome e biblioteca visual. Isso inclui capas e imagens conceituais feitas para os lançamentos do grupo.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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