Phil Collins não imaginava que alcançaria um sucesso ainda maior como artista solo do que com o Genesis. De fato, o músico deu início a um projeto usando o próprio nome por pura necessidade artística, além de exorcizar alguns sentimentos incômodos que rondavam a vida pessoal.
Curiosamente, o cantor e multi-instrumentista – mais conhecido pela bateria – não tinha um plano real em mente quando decidiu se aventurar sozinho. O próprio reconhece que tudo aconteceu por uma espécie de acidente.
Ele disse à revista Prog, em 2015, mencionando o projeto paralelo do qual participava no período – e era ainda mais sofisticado que sua banda principal:
“Se as questões pessoais, como o divórcio [da primeira esposa Andrea Bertorelli], não tivessem acontecido, não sei se teria feito um disco solo. Eu estava tocando com o Brand X na época, se eu tivesse feito algum tipo de disco solo, teria sido mais nesse sentido — mas mais elegante, mais Weather Report e Wayne Shorter do que as coisas frenéticas que o grupo fazia.”
Conciliando o trabalho com o Genesis
Phil Collins também falou sobre a importância de distanciar o trabalho solo do Genesis – sem provocar uma cisão completa. A primeira iniciativa foi se valer de outra gravadora, indo para a Virgin enquanto a banda seguia com a Charisma.
“Foi deliberado, sim. Eu não queria me divorciar completamente — porque continuei na banda — mas queria me distanciar. Pensei que se as pessoas vissem que havia um álbum solo do cara do Genesis na mesma gravadora do Genesis, elas diriam: ‘Ah, eu sei como isso vai soar’.”
Outra motivação para a escolha pode ser vista até mesmo como algo surpreendente, em se tratando do background progressivo do protagonista. Ele disse:
“Eu também amava os Sex Pistols, que estavam na Virgin. Então, a Virgin era vista como ousada. E eu queria ousadia.”
Sobre Phil Collins
Nascido na região oeste de Londres, Philip David Charles Collins começou a tocar bateria aos cinco anos. Paralelamente, construiu carreira como ator infantil, tendo aparecido inclusive no filme “A Hard Day’s Night”, dos Beatles, como figurante.
Juntou-se ao Genesis em 1970, se tornando vocalista cinco anos depois, com a saída de Peter Gabriel. Permaneceu até 1996 e voltou para três turnês de reunião – incluindo a de despedida, finalizada em 2022.
Na virada para os anos 1980 iniciou uma bem-sucedida carreira solo, que lhe rendeu oito Grammys e um Oscar. É um dos três artistas a ter vendido mais de 100 milhões de discos tanto com sua banda quanto como artista individual. Paul McCartney e Michael Jackson são os outros.
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