O guitarrista Andreas Kisser reconhece já sentir o peso do avanço da idade. Aos 55 anos, o músico do Sepultura vem tomando cuidados para que possa ter uma velhice mais tranquila possível. Para tal, passou por um processo de aprendizagem que vem trazendo resultados.
Em entrevista a Mariana Rosário para o jornal O Globo, o artista revelou o que passou a compreender por si mesmo com o passar do tempo. Também enumerou algumas atividades que incluiu em seu cotidiano.
Ele começou explicando:
“Meu objetivo é ter velhice com qualidade. E acho importante sempre conversar com você mesmo. Ultimamente, tenho feito pouco, mas durante a pandemia a meditação me ajudou demais. É uma coisa muito íntima, de autoconhecimento. Você começa a ouvir o seu corpo de uma forma diferente, escuta o seu pé, seu peito, o fígado. Ouvir no sentido de perceber que estão aqui, dá para conversar com eles e dizer: ‘Se acontecer alguma coisa você me avisa, hein?’ (risos). Também tomo banho de gelo, que é sensacional. Comecei com 30 segundos debaixo de um chuveiro. E hoje dá para ficar três minutos em uma piscina de gelo.”
Um componente que amedronta cada vez mais enquanto a idade avança é interpretado como um alarme.
“A dor é uma mensagem também. Se não tivesse a dor, como a gente ia saber dos nossos problemas? Temos que respeitar. Comecei o pilates na pandemia, hoje faço uma prancha de 12 minutos. É uma sensação inacreditável, uma conversa com o corpo. Demorou um ano para eu chegar nos dez minutos. Mas foi um processo tranquilo. Tudo é mais psicológico que físico.”
Sobre Andreas Kisser
Nascido em São Bernardo do Campo, São Paulo, Andreas Rudolf Kisser começou a carreira no Esfinge, que depois se tornaria o Pestilence e gravaria uma demo. Em 1987 se tornou guitarrista solo do Sepultura. Participou de todas as atividades do grupo desde então, se tornando uma de suas lideranças.
Desde 2012 também integra o supergrupo latino De La Tierra. Registrou o álbum solo “Hubris I & II” em 2009. Também possui o Kisser Clan, em parceria com seu filho Yohan. Ainda gravou e excursionou com nomes como Anthrax, Metal Allegiance, Hail!, Scorpions, Asesino, Claustrofobia, Ratos de Porão e Death Angel, entre vários outros.
Sepultura e o fim
No momento, o Sepultura realiza a “Celebrating Life Through Death”, sua turnê de despedida. A banda já realizou duas etapas do giro no Brasil, além de ter passado por outros países da América Latina. América do Norte e Europa estão na agenda ainda para 2024. A excursão deve se estender por mais dois anos.
Além de Andreas, a formação atual do grupo conta com o vocalista Derrick Green, o baixista Paulo Xisto Júnior e o baterista Greyson Nekrutman – que substituiu Eloy Casagrande após este ter se juntado ao Slipknot. A banda pretende lançar um disco ao vivo celebrando seus 40 anos e não descarta um EP com músicas inéditas.
O Sepultura sai de cena com o nome cravado entre os artistas mais bem-sucedidos da história do Brasil. No total, mais de 20 milhões de cópias dos seus álbuns foram comercializados em todo o planeta.
Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | TikTok | Facebook | YouTube | Threads.