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O que Tom Morello pensa dos fãs de extrema direita do Rage Against the Machine

Fundador de uma das bandas mais politizadas do rock acredita que algumas pessoas não fazem ideia dos temas tratados no que chamou de "hinos da esquerda radical"

O Rage Against the Machine se tornou uma referência quando o assunto é música de protesto. Ainda que tenha construído uma curta discografia, com quatro álbuns — um deles de covers —, o grupo americano fez história ao explorar temas como injustiça social, opressão política e desigualdade econômica por trás de uma sonoridade inovadora.

Mesmo com posicionamento claro, a banda ainda sofre com interpretações errôneas. Chegou ao ponto de fãs de extrema direita terem usado músicas do grupo em eventos nos Estados Unidos.

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Em entrevista de 2021 ao The Guardian, o guitarrista Tom Morello refletiu sobre esse tipo de apropriação, não apenas do repertório do RATM, como também de outros artistas. Ele disse: 

“Primeiro de tudo, não há como explicar a estupidez. Existe uma longa lista de hinos da esquerda radical que são mal compreendidos por idiotas que os cantam em eventos como esse, desde ‘This Land is Your Land’ de Woody Guthrie até ‘Born in the USA’ de Bruce Springsteen e ‘Imagine’ de John Lennon. Essas pessoas realmente não fazem ideia do que estão cantando.” 

Mesmo com a falta de interpretação de pessoas a quem define como “idiotas de extrema direita”, o artista destacou o alcance que só a música proporciona por meio de sua capacidade de fazer o público refletir sobre temas relevantes. Ele refletiu:

“A única coisa que eu aponto em todos esses casos é que há um poder na música que lança uma rede ampla. Isso é uma coisa boa, não uma coisa ruim. Nessa rede, haverá os idiotas de extrema direita, mas também haverá pessoas que nunca consideraram as ideias apresentadas nessas músicas e são forçadas a considerar essas ideias porque o rock’n’roll é ótimo. Você pode colocar uma batida em uma palestra de Noam Chomsky [filósofo e ativista] – ninguém quer isso, mas não haverá como confundir o conteúdo – ou você pode fazer uma música que seja atraente.”

Sobre o Rage Against the Machine 

O Rage Against the Machine atingiu o mainstream em 1992, graças ao sucesso do álbum de estreia homônimo. A sonoridade única, vinda da combinação de heavy metal, punk, hip hop e funk, aliou-se ao ativismo político explorado nas composições. As atividades foram encerradas com o disco de covers “Renegades” (2000). 

Ao longo das décadas seguintes, o RATM se reuniu em ocasiões pontuais, incluindo a turnê “Public Service Announcement” inicialmente marcada para 2020, adiada em função da pandemia e realizada mesmo após o vocalista Zack de la Rocha ter sofrido uma lesão no pé. A ideia era realizar mais apresentações, porém, o grupo foi encerrado novamente e não há previsão para retorno.

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Tairine Martins
Tairine Martinshttps://www.youtube.com/channel/UC3Rav8j4-jfEoXejtX2DMYw
Tairine Martins é estudante de jornalismo na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Administra o canal do YouTube Rock N' Roll TV desde abril de 2021. Instagram: @tairine.m

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O Rage Against the Machine se tornou uma referência quando o assunto é música de protesto. Ainda que tenha construído uma curta discografia, com quatro álbuns — um deles de covers —, o grupo americano fez história ao explorar temas como injustiça social, opressão política e desigualdade econômica por trás de uma sonoridade inovadora.

Mesmo com posicionamento claro, a banda ainda sofre com interpretações errôneas. Chegou ao ponto de fãs de extrema direita terem usado músicas do grupo em eventos nos Estados Unidos.

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“Primeiro de tudo, não há como explicar a estupidez. Existe uma longa lista de hinos da esquerda radical que são mal compreendidos por idiotas que os cantam em eventos como esse, desde ‘This Land is Your Land’ de Woody Guthrie até ‘Born in the USA’ de Bruce Springsteen e ‘Imagine’ de John Lennon. Essas pessoas realmente não fazem ideia do que estão cantando.” 

Mesmo com a falta de interpretação de pessoas a quem define como “idiotas de extrema direita”, o artista destacou o alcance que só a música proporciona por meio de sua capacidade de fazer o público refletir sobre temas relevantes. Ele refletiu:

“A única coisa que eu aponto em todos esses casos é que há um poder na música que lança uma rede ampla. Isso é uma coisa boa, não uma coisa ruim. Nessa rede, haverá os idiotas de extrema direita, mas também haverá pessoas que nunca consideraram as ideias apresentadas nessas músicas e são forçadas a considerar essas ideias porque o rock’n’roll é ótimo. Você pode colocar uma batida em uma palestra de Noam Chomsky [filósofo e ativista] – ninguém quer isso, mas não haverá como confundir o conteúdo – ou você pode fazer uma música que seja atraente.”

Sobre o Rage Against the Machine 

O Rage Against the Machine atingiu o mainstream em 1992, graças ao sucesso do álbum de estreia homônimo. A sonoridade única, vinda da combinação de heavy metal, punk, hip hop e funk, aliou-se ao ativismo político explorado nas composições. As atividades foram encerradas com o disco de covers “Renegades” (2000). 

Ao longo das décadas seguintes, o RATM se reuniu em ocasiões pontuais, incluindo a turnê “Public Service Announcement” inicialmente marcada para 2020, adiada em função da pandemia e realizada mesmo após o vocalista Zack de la Rocha ter sofrido uma lesão no pé. A ideia era realizar mais apresentações, porém, o grupo foi encerrado novamente e não há previsão para retorno.

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