O artista pop que “canta como um anjo” na opinião de Slash

Guitarrista não hesitou em trabalhar com nomes do estilo quando lançou seu primeiro álbum solo, em 2010

Quando Slash lançou seu primeiro álbum solo, em 2010, muitos nomes históricos do rock marcaram presença entre os convidados. No entanto, o guitarrista não quis se limitar ao óbvio. Figuras ligadas ao pop também apareceram e deram suas contribuições à fórmula, cuja proposta era conectar o instrumentista a cada convidado não apenas na gravação, mas também no processo de criação.

Assim surgiu “Gotten”, colaboração com Adam Levine. O vocalista do Maroon 5 pode ter soado deslocado para o público mais radical, mas se encaixava totalmente naquilo que o protagonista quis oferecer.

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Em entrevista da época ao Music Radar, a explicação ganhou contornos de exaltação ao astro. O guitarrista disse:

“‘Gotten’ era uma peça musical da qual eu não conseguia me desvencilhar. Finalmente cheguei ao ponto em que tinha um arranjo completo, partes de cordas escritas no teclado e uma demo gravada. Até o engenheiro com quem eu estava trabalhando ficou cansado de ouvir aquela música! Achei que Adam não teria certeza sobre ela. Mas fui até sua casa mostrar e ele realmente gostou muito. Então, escreveu o vocal perfeito para a canção. Ele canta como um anjo nela. Não soa como Maroon 5, mas você pode dizer que é a voz dele. Acho que as pessoas realmente apreciarão o jeito que soa.”

A parceria com Fergie

Outro momento “fora da curva” se deu em “Beautiful Dangerous”, parceria com Fergie, à época ainda vocalista do Black Eyed Peas. A ela, Slash não apenas é só elogios, como demonstra uma percepção que foge do senso comum.

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“Fergie provavelmente é tão boa ou melhor cantora de rock do que cantora pop. Eu a ouvi cantar ‘Barracuda’, a velha música do Heart, e fiquei tipo, ‘uau!’ Acabamos fazendo alguns shows juntos onde ela cantou ‘Barracuda’ e ‘Sweet Child O’ Mine’. Ela é uma das cantoras de rock ‘n’ roll mais fenomenais, homem ou mulher, que eu já ouvi.”

Sobre “Slash”, o álbum

Lançado em 31 de março de 2010, “Slash” contava com diferentes vocalistas e passeava por variados estilos em cada faixa. Myles Kennedy foi o único a cantar em mais de uma música do tracklist original. Acabou entrando para a banda fixa do guitarrista, em uma parceria que segue até os dias atuais.

Os instrumentistas da formação clássica do Guns N’ Roses participaram das gravações em diferentes faixas. Uma parceria com Steven Tyler (Aerosmith) chegou a ser trabalhada, mas nunca finalizada. Outra canção, que se tornaria “Doctor Alibi”, teve Chester Bennington (Linkin Park) na versão original, mas ao ser desenvolvida, ganhou vocais de Lemmy Kilmister. Slash ainda pensou em convidar Thom Yorke (Radiohead) e Michael Jackson — que faleceu antes do lançamento —, mas se declarou intimidado.

“Slash”, o álbum, chegou ao Top 10 nas paradas de 14 países. Nos Estados Unidos, emplacou a terceira posição da Billboard 200.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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