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A reunião do Pink Floyd para manifesto a favor de ajuda humanitária a palestinos

Em 2016, Roger Waters, David Gilmour e Nick Mason publicaram posicionamento conjunto em apoio a grupo preso por Israel

O último encontro dos quatro membros da formação clássica do Pink Floyd aconteceu em 2005, quando subiram juntos ao palco do Live 8. Seis anos depois, já sem a presença do saudoso tecladista Richard Wright, David Gilmour e Nick Mason participaram de um show da “The Wall Tour“, de Roger Waters, realizado em Londres.

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Desde então, o trio remanescente só se reuniu uma vez. E não foi para uma performance musical.

Em 2016, os músicos assinaram um manifesto conjunto a favor do coletivo feminino Gaza Freedom Flotilla. À época, mulheres que integravam o grupo haviam sido presas na Faixa de Gaza pelas forças militares de Israel.

Dizia a publicação:

“O Pink Floyd se reúne em apoio às mulheres da Gaza Freedom Flotilla.
David Gilmour, Nick Mason e Roger Waters permanecem unidos em apoio às mulheres da Gaza Freedom Fotilla e lamentam a prisão ilegal e detenção em águas internacionais pela Força de Defesa de Israel.”

As páginas das redes sociais da banda e de Waters compartilharam a mensagem. Elas podem ser conferidas abaixo, via Facebook.

A Flotilha da Liberdade de Gaza

Conforme descrição da página em inglês da Wikipedia:

“A Flotilha da Liberdade de Gaza era uma pequena frota de navios organizada em 2010 pelo Movimento Gaza Livre e pela Fundação Turca para os Direitos Humanos e Liberdades e Assistência Humanitária (İHH). Transportava ajuda humanitária e materiais de construção com a intenção de quebrar o bloqueio israelense da Faixa de Gaza. Em circunstâncias típicas, a ajuda era primeiro levada a Israel para ser inspecionada e então transferida para Gaza.”

A missão de 2016 contou apenas com mulheres. Começou em Barcelona, Espanha, no dia 14 de setembro, passando por França e Itália, nas cidades de Ajaccio, Córsega e Messina, Sicília ao longo do caminho.

Em 5 de outubro, a Marinha israelense interceptou o barco e deteve suas tripulantes, que foram levadas para o porto israelense de Ashdod. Elas foram posteriormente deportadas para seus países de origem.

Entre as 26 participantes, a América do Sul era representada pela chilena Paulina de los Reyes, à época acadêmica da Universidade de Estocolmo, Suécia. As atividades foram interrompidas a partir de então, sendo retomadas em 2023, a partir do período mais crítico das relações na região.

Pink Floyd atualmente

A última atividade do Pink Floyd foi “Hey, Hey, Rise Up!”, música em apoio à Ucrânia em meio à invasão russa. A ação gerou novo conflito entre Waters e Gilmour. Embora não apoie o presidente russo Vladimir Putin – a quem chamou de “neofascista” e “gângster neoliberal” em manifestações –, o artista também acusa o líder ucraniano Volodymyr Zelensky de uma série de violações de direitos humanos.

Sendo assim, cada um segue sua vida, cada vez mais distantes um do outro. Roger finalizou em dezembro do ano passado a turnê “This is Not a Drill”. David lança em setembro o álbum “Luck and Strange”, que contará com shows em lugares selecionados, sem realizar uma turnê no formato convencional. Mas antes que alguém pense o contrário, as posições pró-Palestina de ambos são mais alinhadas do que os próprios gostariam de admitir.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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