O primeiro show de Eloy Casagrande como baterista do Slipknot aconteceu no dia 25 de abril. O local escolhido foi o bar e restaurante Pappy + Harriet’s, localizado em Pioneertown, Califórnia, Estados Unidos. O espaço tem capacidade para 850 pessoas em sua área externa e 350 na interna.
A ideia não é exatamente uma novidade. Muitas bandas costumam realizar apresentações menores visando entrosar um novo músicos, ou até mesmo para fazer uma espécie de ensaio informal antes de uma turnê “valendo”.
Em sua primeira entrevista após ser oficializado como integrante, concedida à Veja SP, o instrumentista falou sobre a preparação para o grande momento. Ele disse:
“Rolou toda uma preparação, da velocidade das músicas, as pausas, quando você pode tomar água. O que é muito interessante é que é ensaiado, mas a gente tem liberdade para mudar o que quiser. Essas são as músicas, você toca elas, mas você pode sempre mudar e improvisar, desde que não derrube a banda. E isso é algo que eu sempre priorizei na minha vida: a liberdade musical. Tive liberdade no Sepultura, e continuo tendo no Slipknot.”
Em relação ao estado anímico no dia, Eloy não esconde: não foi um momento de calmaria.
“Eu estava muito nervoso, e tive a sorte da minha esposa ir comigo. Mas eu estava completamente apagado, não conseguia nem me comunicar direito. O momento que eu coloquei a roupa, fiz a maquiagem e vesti a máscara, foi muito emocionante. Nesse momento, fui tranquilizando.”
Aliviando a tensão quebrando as baquetas
A tensão foi tanta que Casagrande revela ter extravasado em seu instrumento – além dos mecanismos usados para tocá-lo.
“Foi um show menor, e acabei tocando mais forte do que o normal. Quebrei dez, quinze baquetas. Eu estava tocando forte pela adrenalina, pelo nervosismo e pela felicidade de estar ali. Tive alguns problemas técnicos, também, que ninguém sabe. Na quarta, quinta música, a proteção do bumbo se soltou. Esse adesivo de Kevlar caiu, e a cola residual continuou na pele. Então, quando eu tocava, o batedor grudava e não soltava. A gente tentou trocar, mas ele caiu de novo. Tive de pegar terra do chão e jogar no adesivo, assim ele parou de grudar. Que loucura, é a vida real (risos).”
Sendo assim, o brazuca reconhece que o saldo ao final do show não foi o que gostaria de contar ao mundo. De qualquer modo, se diz acostumado.
“Fiquei um pouco frustrado, gostaria de ter tocado mais à vontade, mas estreias, para mim, nunca foram muito boas. Desde o Andre Matos, o Sepultura. Essa foi até tranquila, para a situação.”
A entrada de Eloy Casagrande no Slipknot
O Slipknot confirmou Eloy Casagrande como novo integrante em duas publicações diferentes nas redes sociais. A primeira se deu de forma discreta, no último dia 29 de abril, com uma marcação em uma foto no Instagram. Na mesma mídia, já no dia 30, o grupo divulgou uma imagem somente do baterista brasileiro, lhe dando boas vindas.
Depois, foi a vez do próprio brasileiro se manifestar. O baterista publicou um comunicado, também no Instagram, para celebrar a conquista.
Ele disse:
“Um momento muito emocionante. Impensável até então. Não há nada a perder, não há nada a ganhar. Há apenas o viver. Estamos aqui como um só.
Obrigado Slipknot por acreditar em mim. Obrigado a todos os maggots e fãs ao redor do mundo.
Vejo vocês na estrada, meus Slipknotos. ‘Here comes more pain’.”
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