Em décadas passadas, a relação entre Rudolf e Michael Schenker parecia destoar das tradicionais disputadas entre irmãos no mundo do rock. Porém, recentemente, a coisa mudou de figura. O líder do MSG passou a acusar o familiar mais velho – atualmente 75 anos e 69, respectivamente – de ter se apossado de seu trabalho nos tempos de Scorpions, além de não possuir nenhum talento.
Rudolf optou por não responder às declarações, adotando uma postura diplomática. Porém, de vez em quando ele se permite comentar de forma amena – como durante recente entrevista ao Trunk Nation.
Na ocasião, o Schenker mais idoso foi indagado sobre como se sente após a lavagem de roupa suja pública. Disse o músico alemão, conforme transcrição do Blabbermouth:
“Eu o amo. Ele é uma ótima pessoa. Cuidei dele desde que era um bebê e o levei para todas as bandas das quais participou nos primeiros dias, para cuidar que não se deixasse levar pelo seu lado ruim.”
Quanto à possibilidade de uma reconciliação, o líder dos escorpiões não descarta, mas não pretende tomar nenhuma atitude nessa direção.
“Está nas mãos dele. Michael é uma pessoa muito extrema. Não consegue fazer parte de uma banda, colaborar em grupo. Mas é um ótimo guitarrista. É apenas uma maneira diferente de trabalhar.”
Sem entrar em detalhes, Rudolf ainda deixou claro entender os problemas que o irmão enfrenta.
“Faz tempo que não conversamos. De minha parte, conversaríamos imediatamente. Eu nem posso ser ruim com ele porque sei qual é a situação, a origem de seus problemas.”
As diferenças entre os irmãos
A seguir, o músico foi mais claro em relação às diferentes mentalidades entre ambos no campo artístico.
“Meu irmão quer ser um dos melhores guitarristas do mundo. E eu disse: ‘Quero tocar em uma das 30 maiores bandas de rock and roll do mundo’.”
A explicação bate com uma das principais críticas de Michael, que falou várias vezes sobre ter se desenvolvido enquanto instrumentista, enquanto o irmão permaneceu no básico.
Sobre Michael Schenker
Nascido em Sarstedt, Alemanha Ocidental, Michael Schenker começou a tocar com o Scorpions aos 11 anos de idade. Quando o grupo lançou seu álbum de estreia, “Lonesome Crow”, tinha 17. Após uma turnê com o UFO, acabou se juntando aos britânicos. Entre idas e vindas, fez parte da banda em três distintas ocasiões.
Em sua lista de convites recusados ou ignorados estão propostas e testes com Aerosmith, Ozzy Osbourne, Rolling Stones (este só ele lembra) e Deep Purple.
Após um breve retorno ao Scorpions no final dos anos 1970, se estabeleceu de vez como cabeça de uma banda que já se chamou Michael Schenker Group, McAuley Schenker Group, Michael Schenker’s Temple Of Rock e Michael Schenker Fest. Atualmente, excursiona sob o nome original.
Também participou do supergrupo Contraband, que teve breve duração e lançou apenas um disco. Ainda substituiu brevemente Robin Crosby no Ratt.
Sobre Rudolf Schenker
Rudolf Schenker dedicou a carreira ao Scorpions de forma integral. Foi o único membro a participar de todas as formações até hoje – embora tenha aparecido na discografia completa, o vocalista Klaus Meine não esteve nos primeiros anos da banda.
É o guitarrista rítmico e principal compositor, tendo atuado decisivamente na simplificação sonora que levou o grupo ao estrelato na virada para os anos 1980. Também é o cabeça de toda a parte empresarial, administrando diretamente os negócios da Scorpions Musik-Produktions.
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