David Gilmour aceitaria show de hologramas do Pink Floyd? Ele responde

Guitarrista e vocalista estabeleceu parâmetros que seriam necessários para que concordasse com a ideia

A finitude física dos grandes astros do rock está deixando possibilidades futuras para seus trabalhos em aberto. Seja através de tributos oficiais, formações alternativas ou eventos de celebração, cada banda – que também é uma marca, no fim das contas – busca uma maneira de manter o nome em evidência e, obviamente, seguir faturando.

Os hologramas são um exemplo de tecnologia cada vez mais difundida na indústria. O que começou com alguns experimentos em décadas passadas vem se estabelecendo como realidade mercadológica, a despeito de críticas e repúdios.

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Em recente entrevista à revista Uncut, David Gilmour foi questionado sobre como enxergava a proposta de o Pink Floyd ser representado neste formato futuramente. O músico revelou ter assistido a um espetáculo do tipo, o Abba Voyage, do lendário grupo sueco. Ele disse:

“Se você for um fã devoto do Abba, vai acabar gostando. As imagens eram ok, mas jamais me convenceriam de que poderiam ser reais. Talvez mais perto pudesse ter outro efeito. No fim, o melhor momento foi quando a banda tocou ‘Does Your Mother Know’ ao vivo, só os músicos.”

Quanto à possibilidade de ver sua banda em uma proposta semelhante, Gilmour se mostrou cético, embora não descarte.

“Se alguém surgisse com todo o dinheiro e todas as ideias brilhantes – e depois de concordarmos com uma série de condições muito, muito difíceis e onerosas – eu diria: ‘sim, OK’.”

David Gilmour e “Luck and Strange”

David Gilmour anunciou para 6 de setembro seu primeiro álbum solo em 9 anos. “Luck and Strange” chega a público por meio da Sony Music. O primeiro single, “The Piper’s Call”, já foi disponibilizado nas plataformas digitais.

O sucessor de “Rattle That Lock” (2015) conta com 11 faixas – incluindo duas versões da que lhe empresta o nome – e começou a ser desenvolvido durante a pandemia de covid-19. Porém, há uma colaboração que remete a tempos anteriores: a faixa-título apresenta teclados gravados em 2007 por Richard Wright, falecido no ano seguinte ao registro.

Polly Samson, esposa do protagonista, assinou as letras. A produção foi compartilhada com Charlie Andrew (Alt-J, Marika Hackman). Maiores detalhes – incluindo a música já lançada – podem ser conferidos clicando aqui.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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