M. Shadows defende Spotify ao explicar por que vários artistas ganham pouco

"Nem todo artista merece ser rico. As pessoas precisam querer te ouvir", afirmou o vocalista do Avenged Sevenfold

O Spotify é frequentemente criticado pela remuneração concedida aos artistas. Segundo estimativas, a plataforma oferece cerca de US$ 0,00348 por cada reprodução, bem menos do que um centavo de dólar. Apesar da quantia gerar polêmica, M. Shadows entende que outros pontos precisam ser analisados.

O vocalista do Avenged Sevenfold apontou ao site MusicTech que os ganhos de cada cantor ou banda são proporcionais à sua relevância como um todo. Sendo assim, um músico que recebe poucos streamings e, por consequência, não apresenta expressividade na indústria, não ganhará muito dinheiro –  o que, ao seu ver, não é injusto.

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Inicialmente, o cantor declarou: 

“Nem todo artista merece ser rico. Você tem que ter participação de mercado. As pessoas precisam querer te ouvir. Não existe isso de: ‘ah, eu sou artista, deveria receber mais’. Não é assim que funciona.”

Ao analisar o cenário, M. Shadows afirmou que a insatisfação dos artistas com o valor recebido no Spotify, muitas vezes, reflete um problema maior, relacionado aos contratos de gravação. Ele disse:

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“A razão pela qual muitas pessoas não recebem muito no Spotify é que elas têm contratos de m#rda. Já tivemos um contrato assim. O fato de você assinar uma coisa dessas em 1999, aos 18 anos, quando não tinha dinheiro, é muito diferente de agora. Surgiu a internet, o nascimento dos streamings, e algumas pessoas continuam ganhando 24 centavos. O Spotify está pagando o que deve pagar.”

Melhorias apontadas por M. Shadows

Mesmo defendendo o posicionamento da empresa, o vocalista acredita que o streaming precisa melhorar em certos aspectos. Um deles é o compartilhamento de estatísticas dos ouvintes com as bandas e cantores – algo que a Web3, rede que utiliza tecnologias como blockchain, já pratica.

“Meu maior problema com o Spotify é que eles não compartilham dados com o artista. A Web3 já faz isso: você pode pegar seus dados como artista e analisá-los. Então eu não odeio o Spotify, só gostaria que eles compartilhassem conosco quem são nossos ouvintes.”

Nos últimos tempos, o Avenged Sevenfold demonstrou proximidade com a Web3. Por lá, a banda lançou sua própria linha de NFTS, além de recompensas aos fãs.

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Avenged Sevenfold em 2024

O Avenged Sevenfold voltou à estrada em março. A banda divulga Life is But a Dream…, álbum lançado ano passado. Oitavo trabalho de estúdio do grupo, chegou ao 13º lugar na Billboard 200, principal parada americana. Ainda foi Top 10 em outros 7 charts entre Europa e Ásia.

A maior parte da crítica elogiou as novas abordagens sonoras exploradas pelos músicos durante o tracklist. Os fãs ficaram divididos em relação ao resultado.

As gravações duraram quatro anos. Foi o primeiro trabalho a contar com ideias musicais do falecido baterista Jimmy “The Rev” Sullivan desde “Nightmare” (2010). Assim como em “The Stage” (2016), a própria banda assinou a produção em parceria com Joe Barresi.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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