Led Zeppelin era melhor em estúdio ou ao vivo? John Paul Jones comenta

Banda construiu fama tanto nos palcos quanto com sua criatividade no aspecto produtivo

O Led Zeppelin foi uma das bandas mais criativas da história do rock em estúdio. Sem medo de experimentar, o quarteto venceu estereótipos e não teve medo de levar a musicalidade a patamares que iam além do que o ouvinte tradicional esperaria ou até mesmo toleraria com seu radicalismo tacanho.

Ao mesmo tempo, os britânicos se consagraram como uma das mais bombásticas atrações ao vivo. Performances incendiárias – em alguns momentos até mesmo no sentido literal – e sem limites geraram uma fama que persiste até os dias atuais.

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Mas onde eles eram melhores? Em 2008, John Paul Jones respondeu à revista Bass Player, via Guitar World:

“Para mim, o Led Zeppelin era uma banda de performance ao vivo. Faríamos um disco e esse seria o plano. Então saíamos e tocávamos o material ao vivo, e a partir daí continuava. Estou bastante acostumado com estúdios de gravação, então não foi grande coisa estar por lá. Nos palcos era o momento mais divertido para mim. Acho que representava o nosso melhor.”

Comunicação no palco, segunod John Paul Jones

Perguntado sobre como a banda se comunicava ao vivo, gerando um entrosamento incomum, o multi-instrumentista e arranjador respondeu:

“Havia contato visual e auditivo. Robert Plant sempre me dizia para ficar na frente. Eu costumava tocar a primeira música na frente, depois gradualmente voltava para minha posição favorita: logo abaixo do chimbal de condução, no canto da bateria, onde podia sentir o bumbo. Para partes improvisadas, agrupávamos no centro do palco com muito contato visual e muito foco. Essa concentração foi o que nos tornou bem-sucedidos. Qualquer um poderia levar qualquer coisa para qualquer lugar, e todos nós seguiríamos.”

Sobre o Led Zeppelin

Criado por Jimmy Page das cinzas do The Yardbirds, em 1968, o Led Zeppelin se tornou uma das bandas mais influentes e revolucionárias do rock em todos os seus subgêneros. Estima-se que tenha vendido mais de 300 milhões de cópias dos seus discos em todo o planeta até os dias atuais, se tornando um dos pouquíssimos artistas a superar a marca em toda a indústria.

O grupo encerrou atividades após a morte do baterista John Bonham, ocorrida em 25 de setembro de 1980. Posteriormente, os três remanescentes se reuniram em ocasiões especiais, na maioria das vezes com Jason, filho de John, empunhando as baquetas. A mais recente aconteceu em 2007 e foi registrada no álbum e vídeo “Celebration Day”. Page e Plant também tiveram um período como duo nos anos 1990.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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