Após quase duas décadas, o Jethro Tull está de volta ao Brasil. A banda deu início à uma série de shows no país na última terça-feira (9), em Belo Horizonte. Depois, seguiu para Porto Alegre, na quarta-feira (10) e, agora, finaliza com Curitiba e São Paulo, respectivamente na sexta-feira (12) e no sábado (13). O evento na capital paulista terá cobertura do site IgorMiranda.com.br.
Os fãs que adquiriram ingressos para qualquer uma das ocasiões receberam uma orientação quanto ao uso de celulares. Um comunicado, enviado diretamente para os compradores e presente em forma de cartazes nos locais das performances, pede para que o público não faça fotos ou vídeos durante as apresentações.
Isso porque, de acordo com a nota, o líder Ian Anderson e seus colegas ficam desconcentrados com os flashes e luzes das câmeras. Para que todos consigam entregam um bom desempenho — e para que outros fãs também não sejam atrapalhados na plateia —, o uso do aparelho telefônico é incentivado apenas no momento do bis, que representa os 10 minutos finais do espetáculo.
Diz o texto na íntegra:
“lan Anderson gostaria de pedir um favor importante a todos vocês. Por gentileza, não façam fotos ou vídeos durante a apresentação.
Os flashes e luzes das câmeras dos telefones desconcentram lan Anderson e a banda, que precisam estar atentos às músicas, que como vocês sabem, são difíceis e complexas.
Fotos e vídeos durante o show também podem desagradar outros fãs que querem aproveitar ao máximo essa experiência. Ao final do show, durante o bis nos últimos 10 minutos, vocês poderão usar suas câmeras e telefones o quanto quiserem, combinado?
lan Anderson agradece a todos pelo respeito e colaboração para um grande espetáculo.”
A prática não foi adotada somente em território nacional. Em março de 2019, era “terminantemente proibido” o uso de celulares durante um show realizado em Bolonha, na Itália. De acordo com o jornal local La Repubblica, caso algum fã fosse pego utilizando o aparelho, levaria uma “suspensão definitiva da apresentação”.
Jethro Tull no Brasil
Ian Anderson chega ao país acompanhado de David Goodier (baixo), John O’Hara (teclados), Joe Parish (guitarra) e Scott Hammond (bateria). Em entrevista ao site IgorMiranda.com.br, realizada pelo colaborador Guilherme Gonçalves, o músico destacou que é “questão de honra” entregar shows memoráveis ao público brasileiro.
Inicialmente, as apresentações acabaram adiadas e, depois, canceladas entre 2020 e 2021 devido à pandemia. Ele declarou:
“Tivemos cerca de 60 ou 70 shows adiados. Primeiro para 2021, depois foram adiados de novo, pois a covid-19 ainda estava circulando. E gradualmente tivemos que ir remarcando para 2022 e 2023. Se não me engano, o show na Finlândia que fizemos ano passado precisou ser adiado três vezes. Na quarta tentativa, enfim conseguimos tocar. Lembro que de início chegamos lá em fevereiro de 2020, estávamos no hotel e vimos pela televisão que o governo havia cancelado todos os eventos públicos. Tivemos que voar de volta para casa na manhã seguinte. Então, sabemos que muitas pessoas haviam comprado os ingressos para nos ver no Brasil, algumas inclusive desde 2019, então é uma questão de honra e de ética profissional finalmente levar essa turnê ao país. Na maioria dos casos, conseguimos voltar a esses lugares que haviam tido shows cancelados.”
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