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O que mais mudou em Mike Portnoy desde saída do Dream Theater

Baterista garante não ser mais um maníaco por controle, como foi em sua passagem original pela banda

Quando Mike Portnoy deixou o Dream Theater, em 2010, muitas feridas foram abertas. Através da imprensa, a banda e o músico trocaram acusações e expuseram mágoas que foram crescendo ao longo do processo que levou ao rompimento. Um dos principais argumentos do grupo era que o colega havia se tornado uma pessoa muito centralizadora nas decisões.

O próprio reconheceu isso, o que acabou sendo importante para a reconciliação de retomada de parceria a partir do final do ano passado. Hoje o clima é ameno e a idade acabou trazendo a sabedoria necessária para contornar a situação de ambos os lados.

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Perguntado pelo Rolling Stone sobre o que mudou em seu modus operandi, o instrumentista ressaltou:

“Mudei muito desde que saí em 2010. Naquela época, eu era um maníaco por controle, muito obsessivo e controlador sobre muitos elementos. Mas tudo que fiz nos últimos 13 anos fora do Dream Theater me ensinou como trabalhar mais em equipe. Eu tive todas essas experiências tocando com outras 87 bandas, cada qual com uma química diferente, uma dinâmica diferente, personalidades diferentes. Acho que isso me ajudou a crescer como pessoa. Para mim, retornar é quase como um processo de aprendizagem de como me adaptar a essa nova realidade. É como se, depois de 40 anos juntos, eu voltasse a ser o cara novo.”

A visão dos colegas

Figura preponderante na retomada da parceria, o guitarrista John Petrucci foi o primeiro a oferecer a visão do coletivo.

“Definitivamente tivemos uma conversa difícil como: ‘Ok, esta não é a mesma banda que você deixou. As coisas funcionam de maneira diferente’. Levamos alguns anos para nos reagruparmos e descobrirmos as coisas até chegarmos a um ponto em que somos uma máquina muito bem lubrificada. Mas Mike tem sido ótimo. Ele é muito mais tranquilo. [Vira-se para Portnoy]. Você até diz algumas coisas meio engraçadas, como: ‘Se eu tiver permissão para fazer isso’. Você não precisa ter tanto cuidado, mas eu agradeço. Eu sinto que é muito respeitoso da parte dele. É como uma reinicialização.”

Normalmente econômico nas palavras, o baixista John Myung também se manifestou.

“Existe uma maturidade em todos nós. Envolve ter mais paciência, ser mais tranquilo, além de valorizar uns aos outros e o que trazemos. Continuamos falando sobre a dinâmica, o que é preciso para ter um grupo de caras juntos e fazer com que isso realmente funcione e siga em frente. Nós simplesmente sentimos que esses elementos existem para fazer um ótimo álbum e para desfrutarmos de estarmos juntos, e para entrarmos nesta próxima fase com alguma graça real.”

O futuro do Dream Theater

No momento da entrevista, o Dream Theater está trabalhando em seu novo álbum. A banda já havia finalizado o processo de composição e as partes de bateria. Sobre a sonoridade, Portnoy disse:

“Tudo o que escrevemos soa como qualquer música ou álbum clássico do Dream Theater. O estilo está aqui. A química é a mesma. As pessoas e os elementos são os mesmos. Tudo parece e soa muito familiar.”

Paralelamente, o grupo anunciou sua turnê celebrando 40 anos de fundação. O giro mundial começa pela Europa em outubro. Detalhes completos podem ser acessados clicando aqui.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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