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Black Stone Cherry supera percalços com empolgação e setlist certeiro no Summer Breeze

Atraso e problemas técnicos foram driblados com maestria pelo quarteto americano em ótimo show sob alta temperatura

Globo da morte, galho de pau quebrando, moto estralando. Não teve nada disso no show do Black Stone Cherry, realizado no Ice Stage do Summer Breeze Brasil 2024 durante a última sexta-feira (26). Mas teve correia arrebentando, plugue com mau contato, estante de prato caindo e outros percalços que puseram a equipe técnica da banda para trabalhar.

Sem vir ao Brasil desde 2016, ano de sua primeira e única vinda, o grupo subiu ao palco sob um escaldante véu de verão em pleno outono. No tempo que lhes coube, Chris Robertson (vocal e guitarra), Ben Wells (guitarra), Steve Jewell Jr. (baixo) e John-Fred Young (bateria) driblaram os obstáculos com sorrisos, muita presença de palco — em especial Wells, ausente oito anos atrás e que, a este jornalista, revelou mal ver a hora de finalmente aportar em tertas tupiniquins — e um repertório que privilegia grande parte da discografia de estúdio, com esperada ênfase no recém-lançado e bastante festejado “Screamin’ at the Sky”.

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Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show

O atraso foi de dez minutos, tempo durante o qual ajustes no som e nos retornos eram feitos. De pouco ou nada adiantou, como “Me and Mary Jane”, a cartada inicial, logo deixou claro. O açoitamento de tímpanos se estendeu pelas duas faixas seguintes, “Burnin’” e “Again”; essa última progressivamente aproximando a experiência auditiva do ideal.

Aos agradecimentos pelo bom público — que poderia ser maior não houvesse a concorrência do Tygers of Pan Tang em horário conflitante noutro palco —, emendou-se “In My Blood”, metamorfoseada numa jam nos moldes de “At Fillmore East”, clássico ao vivo da Allman Brothers Band. O há pouco falecido Dickey Betts ficaria orgulhoso.

Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show

Se o improviso de banda toda foi talvez o ponto mais alto da apresentação, o solo de bateria interseccionando “Cheaper to Drink Alone” só foi bom para quem estava tocando. Em “Yeah Man”, a harmonia de guitarras foi o carro-chefe, e tome palminhas, “hey hey hey” e outras interações de Robertson com o público durante “Blind Man”.

No bis, “Lonely Train” foi suprema, com direito a Chris e Steve trocando de instrumentos. Encerraram a música mais importante do catálogo do Black Stone Cherry em papéis invertidos, mas igual e surpreendentemente bem interpretados.

Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show

**Este conteúdo faz parte da cobertura Summer Breeze Brasil 2024. Algumas atrações terão resenhas + fotos publicadas primeiro. A cobertura completa, de (quase) todas as atrações, sairá nos próximos dias.

Black Stone Cherry — ao vivo no Summer Breeze Brasil 2024

Repertório:

  1. Me and Mary Jane
  2. Burnin’
  3. Again
  4. Nervous
  5. In My Blood
  6. Like I Roll
  7. Cheaper to Drink Alone
  8. When the Pain Comes
  9. Yeah Man
  10. Blind Man
  11. Blame It on the Boom Boom

Bis:

  1. White Trash Millionaire
  2. Lonely Train
Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show
Foto: Gabriel Gonçalves @dgfotografia.show
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Marcelo Vieira
Marcelo Vieirahttp://www.marcelovieiramusic.com.br
Marcelo Vieira é jornalista graduado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso (FACHA), com especialização em Produção Editorial pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Há mais de dez anos atua no mercado editorial como editor de livros e tradutor freelancer. Escreve sobre música desde 2006, com passagens por veículos como Collector's Room, Metal Na Lata e Rock Brigade Magazine, para os quais realizou entrevistas com artistas nacionais e internacionais, cobriu shows e festivais, e resenhou centenas de álbuns, tanto clássicos como lançamentos, do rock e do metal.

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