O curioso emprego que Jeff Buckley tentou ter após a fama

Cantor estava tentando ter uma vida normal antes de sua morte, segundo seu ex-empresário Dave Lory

Jeff Buckley morreu aos 30 anos, vítima de um afogamento, em 1997. Na época, o cantor lidava com a fama e preparava o seu segundo disco, sucessor de “Grace” (1994).

Apesar do ritmo de trabalho intenso, o músico queria desacelerar. A ponto de ter algumas atitudes consideradas anormais nas duas semanas anteriores à tragédia.

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É o que diz Dave Lory, ex-empresário do músico. Segundo relato à NPR (via Far Out Magazine), Buckley até procurou um emprego um tanto quanto curioso no período: cuidador de borboletas no zoológico.

“Ele estava tentando comprar uma casa que não estava à venda. Ele estava tentando comprar um carro que não estava à venda. Ele pediu Joan Wasser [sua namorada] em casamento. Até se candidatou a um emprego como cuidador de borboletas no Zoológico de Memphis [no Tennessee, Estados Unidos]. Fez várias coisas estranhas que não eram típicas dele. Acho que foi uma vontade de diminuir o ritmo. Ele queria uma vida normal.”

À Bad Feeling Magazine, o profissional contou a mesma história:

“Eu realmente acho que ele queria criar raízes. Ele não conseguia mais andar por Nova York e ir aos seus lugares favoritos porque as pessoas o conheciam. Ele só queria ser normal. Eu até disse que ele se candidatou a um emprego como cuidador de borboletas no zoológico [risos]. Ele queria comprar um carro, queria comprar uma casa. Ele pediu a namorada em casamento e acho que ele queria uma vida normal.”

Na visão de Ron Moorhead, seu padrasto, Jeff parecia estar de bem com a vida perto de sua morte. Ele afirmou à Rolling Stone em 1997:

“Jeff e eu tivemos uma ótima conversa no telefone uns dias antes do acidente. Ele sempre me assegurou que eu era o pai dele e ele era meu filho. Jeff estava tão feliz. Ele me disse que tinha parado de fumar e comer carne. Ele estava tão entusiasmado para voltar ao estúdio; ele sentia que sua voz estava no auge.”

Sobre Jeff Buckley

Jeff Buckley cresceu atendendo pelo nome de Scottie Moorhead. Apesar de ter sido fruto do breve casamento entre Mary Guibert e o cantor e compositor Tim Buckley, ele só se encontrou com o pai uma vez, aos 8 anos. Foi criado pela mãe e o padrasto, Ron Moorhead.

Seu primeiro disco saiu em 1994. “Grace” não teve um bom desempenho na época, nem foi aclamado pela crítica, mas vários medalhões do rock ficaram impressionados com o talento do então jovem artista. Até hoje, o trabalho vendeu mais de 3 milhões de cópias.

O início das gravações do segundo álbum foi tortuoso. Sessões produzidas por Tom Verlaine, líder do grupo protopunk Television, foram abortadas. Esse material, junto de demos feitas pelo cantor em Memphis para as sessões que nunca vieram a ocorrer, foram compiladas pela gravadora após sua morte no disco “Sketches for My Sweetheart The Drunk”.

Buckley morreu afogado, aos 30 anos, no dia 29 de maio de 1997. Ele estava às margens de um canal do rio Wolf, afluente que encontrava o rio Mississippi em Memphis, acompanhado de Keith Foti, seu roadie. 

Foti se distraiu em dado momento ao tentar tirar um violão e um rádio do alcance das ondas causadas por um reboque passando pelo rio. Nisso, perdeu Buckley de vista. O rastro do reboque criou uma pequena correnteza que o levou para o fundo do rio.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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