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O álbum do Genesis que Phil Collins não gosta

Lançado em 1978, trabalho foi o primeiro no formato de trio, que seria mantido até o fim da carreira

A única passagem do Genesis pelo Brasil aconteceu em 1977, época em que poucas atrações estrangeiras se aventuravam por esses lados do mapa mundi. Peter Gabriel já havia pedido as contas e Phil Collins era o frontman. Porém, um novo abalo seria sofrido logo após a turnê.

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O guitarrista Steve Hackett também se retirou, deixando o baterista e vocalista acompanhado apenas do tecladista Tony Banks e do guitarrista e baixista Mike Rutherford – além dos óbvios músicos de apoio. O formato de trio se manteria até o final, incluindo o período em que Ray Wilson substituiu Collins.

Porém, o primeiro produto da nova fase não agradou ao então futuro popstar. Ao livro “Genesis: 1975 to 2021 – The Phil Collins Years”, de Mario Giammetti, Phil revelou não apreciar o álbum que deu início ao período, “…And Then There Were Three…”.

Ele explicou, conforme resgate do Far Out Magazine:

“Este é provavelmente o meu disco menos favorito. Mas talvez seja só porque não foi um período particularmente feliz da minha vida. Eu contribuí com pequenos pedaços. Mas as músicas eram meio curtas, um pouco inconsequentes.”

Só o hit se salva

A exceção acabou sendo a faixa de encerramento. “Follow You, Follow Me” se tornou o primeiro single da carreira da banda a alcançar o Top 10 de paradas nacionais. O feito foi registrado no Reino Unido, Alemanha, Irlanda, Países Baixos e Suíça.

“‘Follow You Follow Me’ eu acho ótima. Lembro-me de escrever algumas letras para coisas diferentes. Mas certamente não é o tipo que eu escreveria alguns anos depois no álbum seguinte, ‘Duke’, que era muito mais pessoal.”

Para Collins, o disco marcou o rompimento definitivo com o passado.

“Suponho que haja algumas letras ali que posso ter escrito com base em experiências pessoais. Mas eu ainda estava escrevendo algumas coisas de fantasia, baseadas no que era a história da banda, ao contrário do que eu me tornaria. Eu sempre fui mais direto, enquanto o Genesis sempre foi mais próximo dos contadores de histórias das casas.”

Genesis e “…And Then There Were Three…”

Lançado em 1º de março de 1978, “…And Then There Were Three…” marcou o início da mudança sonora do Genesis, buscando uma pegada mais acessível.

As letras abordavam as idas e vindas da vida, como uma metáfora ao que a própria banda enfrentava – também representado no projeto gráfico, feito pela Hipgnosis.

Apesar das críticas negativas externas e internas, o trabalho chegou ao terceiro lugar na parada britânica e ganhou disco de platina nos Estados Unidos.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

2 COMENTÁRIOS

  1. Gosto dos primeiros discos, mas um fato inquestionável é que, graças a voz forte e marcante de Phil Collins, suas letras junto as composições de Tony Banks e Rutherford, tornaram o Genesis maior do que já era. A última turnê foi um sucesso apesar da atual saúde debilitada do Phil, suas musicas ecoam até hoje em todo este planeta terra, e talvez outros pela galáxia …

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