Dono de uma habilidade singular na bateria, Eric Singer se tornou uma referência no hard rock. Com versatilidade e domínio técnico, o currículo do músico abrange colaborações com Black Sabbath, Lita Ford, Alice Cooper e Gary Moore, assim como a longa passagem pelo Kiss – entre 1991 e 1996, e da reunião de 2004 até o fim da banda.
Em entrevista à edição de fevereiro da revista Modern Drummer, Singer refletiu sobre os colegas de profissão que admira. O requisitado músico de estúdio Vinnie Colaiuta foi apontado como seu baterista favorito devido ao domínio de seu “vocabulário”.
“Vinnie Colaiuta é meu baterista favorito em todos os aspectos. Vinnie pode tocar qualquer tipo de música e ele toca tudo de forma muito autêntica. Seu vocabulário é incrível. Eu uso a palavra ‘vocabulário’ em vez de habilidade técnica. Vinnie consegue falar muitos idiomas na bateria e ele domina todos os idiomas complicados que existem, até mesmo aqueles que estão quase extintos.”
Nascido em 1956, na cidade americana de Brownsville, Pensilvânia, Vinnie Colaiuta já gravou com artistas e bandas de inúmeros gêneros. Entre os nomes com os quais trabalhou, estão Frank Zappa, Sting, Joni Mitchell, Megadeth, Barbra Streisand, Billy Joel, Michael Bublé, Ray Charles e a dupla brasileira Sandy e Junior.
Eric, que é autodidata, ainda citou suas inspirações iniciais e as características sonoras que mais admira nos músicos em questão. Ele disse:
“Minhas primeiras inspirações foram caras como Cozy Powell no álbum ‘Rough and Ready’ do Jeff Beck Group. Esses dois álbuns do Jeff Beck tinham um toque mais funky. Mesmo que Cozy não tivesse habilidades técnicas loucas, ele tinha o sentimento, abordagem e estilo certos para aquele tipo de música. Carmine Appice sempre foi um dos meus bateristas favoritos porque Carmine sempre conseguiu um ótimo som e feeling. Quando ele estava com Rod Stewart… ouça ‘Hot Legs’ e todas aquelas músicas. Beck, Bogert, & Appice (BBA) também teve uma ótima bateria. E Denny Carmassi foi incrível nos discos do Montrose.”
A preferência por britânicos
Embora seja americano, Singer compartilhou que tem favoritismo por bateristas de hard rock com o feeling inglês. Ele pontuou:
“Essa é a linha do tempo da música desde quando eu tinha cerca de 16 anos. Obviamente, há John Bonham, eu amo Deep Purple e Ian Paice, especialmente em ‘Machine Head’, e Jerry Shirley do Humble Pie. Gosto de bateristas de hard rock que têm um estilo e feeling ingleses. Sempre achei que Carmine e Denny tinham esse feeling inglês. Digo a todos os meus amigos bateristas que se quiserem ouvir uma ótima bateria de rock com um sentido ligeiramente progressivo, a bateria de Prairie Prince no primeiro álbum dos Tubes é incrível. Descobri Simon Phillips no álbum ‘801 Live’, no primeiro álbum do Michael Schenker e no ‘There and Back’ do Jeff Beck, mas ele também estava no ‘Sin After Sin’ do Judas Priest. Eu estava comprando tudo que Simon fazia naquela época, amo sua bateria.”
A influência do Kiss sobre Eric Singer
Ainda durante a entrevista, Eric Singer se classificou como “um baterista de rock” e ponderou sobre sua relação com a influência do Kiss. O músico – que entrou para o grupo em 1991 após a morte de Eric Carr – revelou que o trabalho da banda como um todo o impactou mais do que a bateria do Catman original, Peter Criss.
“Obviamente, eu não sou esse tipo de baterista. Eu sou um baterista de rock. É ótimo ser um camaleão, isso é uma habilidade e atributo incríveis, mas também não há nada de errado em querer ser um baterista de rock que toca com bandas. Eu amava o Kiss enquanto banda, ‘Dressed to Kill’ era meu disco favorito. Mesmo que Peter Criss nunca tenha sido uma influência direta na minha bateria, o Kiss como um todo foi definitivamente uma influência importante como ‘uma banda’. Isso é o que eu aspirava, é assim que eu me via, eu queria tocar a música que essas bandas tocavam.”
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Pouco lembrado?!?! Todo baterista que se preze lembra do VC!
Sai perguntando por aí pra ver, hehe.
O vinnie colaiuta tambem ja tocou com Roberto carlos e Rita lee