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Dee Snider lembra quando o Twisted Sister chamou Manowar e Hanoi Rocks para a porrada

Banda chegou a se dispor a invadir um show dos “reis do metal” e agredi-los na frente dos fãs

O visual espalhafatoso fez com que muitas pessoas não levassem o Twisted Sister a sério. Erroneamente, até hoje muitos classificam a banda como um subproduto do glam. Mas basta dar uma conferida mais a fundo no material para entender que o quinteto foi um dos grandes grupos do heavy metal americano nos anos 1980.

A situação se espalhou até mesmo para contemporâneos de geração. Em entrevista à Classic Rock em 2021, o vocalista Dee Snider lembrou encrencas em que se envolveu com os autoproclamados reis do metal e uma revelação finlandesa.

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“Fiquei surpreso quando conheci o Manowar. Ao contrário de seus corpos oleados, eles são um pouco magros. Já os caras do Hanoi Rocks eram bastante altos, mas parecidos com umas taquaras. Eu tive um desentendimento com as duas bandas no início dos anos 1980.

O Manowar disse à mídia que eles não conseguiam entender o motivo de tanto alvoroço sobre o Twisted Sister. Disseram que éramos apenas uma banda de bar que tocava em concursos de camisetas molhadas. O Hanoi Rocks se referia a nós como ‘feios’. Então chamei os dois para uma briga. Divulgamos o desafio na revista Sounds, cujos escritórios ficavam em Covent Garden, em Londres.”

Ao contrário do que se pode imaginar, Snider realmente estava disposto a partir para a ignorância.

“Eu vaguei pelas ruas com um taco de beisebol enquanto Garry Bushell, redator da Sounds, me seguia com um alto falante. Algumas centenas de apostadores apareceram e nos divertimos com isso. Nenhuma das bandas apareceu.”

Consequências

E as consequências? O cantor comenta:

“Na edição seguinte, a Sounds mudou o nome do Manowar para ‘Manowimp’ (um termo de conotação homofóbica que causaria encrenca nos tempos atuais, mas o próprio Manowar já usou em músicas). Decidimos ir a um dos shows deles, tirá-los do palco e bater neles na frente dos fãs. Eu era um jovem raivoso naquela época.

Mais tarde, o Hanoi Rocks enviou uma carta à imprensa dizendo: ‘Paz, não quisemos ofender, pedimos desculpas, não queremos problemas com o Twisted Sister.’ Também recebi uma carta particular de Ross The Boss (guitarrista original do Manowar). Não posso divulgar seu conteúdo. Deixe-me apenas dizer que cancelamos a luta. Então esse foi o fim da guerra.”

Fim do Twisted Sister

Twisted Sister encerrou atividades em definitivo no ano de 2016, após uma reunião iniciada na década anterior e encerrada com a morte do baterista AJ Pero em 2015. Desde então, a banda só se reuniu para recente homenagem no Heavy Metal Hall of Fame, quando foram homenageados.

Porém, o hiato pode ser encerrado. Em entrevista ao The Metal Voice (via Blabbermouth), o vocalista Dee Snider deixou a possibilidade em aberto. A banda quer deixar claras suas posições anti-Donald Trump, possível candidato republicano à presidência dos Estados Unidos em 2024.

“Bem, não ficarei surpreso se nos reunirmos neste ano eleitoral para defender algumas causas importantes. Estamos todos na mesma página – praticamente todos nós estamos na mesma página – e posso nos ver ajudando a lutar a boa luta. Porque esta é uma eleição geral, com assuntos como o direito de escolha das mulheres. Temos que enfrentar o outro lado. Eu disse ‘o outro lado’, porque não sou daquele lado, o do Sr. Trump.”

A causa em questão tem a ver com a recente recriminalização do aborto em território americano, combatida por vários artistas.

“Não podemos voltar no tempo. Vamos avançar. O fato de minha neta não ter o direito de escolher me surpreende. Portanto, essas são questões muito importantes. Será menos sobre os políticos e mais sobre os partidos e o que eles representam. Questões como controle de armas. A propósito, eu sou estranho… Estou armado, cara. Mas sou a favor do controle inteligente de armas. Sou o moderado. Dirijo um Tesla e um Hummer H2. Sou ambientalista e ando de motocicleta.”

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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A situação se espalhou até mesmo para contemporâneos de geração. Em entrevista à Classic Rock em 2021, o vocalista Dee Snider lembrou encrencas em que se envolveu com os autoproclamados reis do metal e uma revelação finlandesa.

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“Fiquei surpreso quando conheci o Manowar. Ao contrário de seus corpos oleados, eles são um pouco magros. Já os caras do Hanoi Rocks eram bastante altos, mas parecidos com umas taquaras. Eu tive um desentendimento com as duas bandas no início dos anos 1980.

O Manowar disse à mídia que eles não conseguiam entender o motivo de tanto alvoroço sobre o Twisted Sister. Disseram que éramos apenas uma banda de bar que tocava em concursos de camisetas molhadas. O Hanoi Rocks se referia a nós como ‘feios’. Então chamei os dois para uma briga. Divulgamos o desafio na revista Sounds, cujos escritórios ficavam em Covent Garden, em Londres.”

Ao contrário do que se pode imaginar, Snider realmente estava disposto a partir para a ignorância.

“Eu vaguei pelas ruas com um taco de beisebol enquanto Garry Bushell, redator da Sounds, me seguia com um alto falante. Algumas centenas de apostadores apareceram e nos divertimos com isso. Nenhuma das bandas apareceu.”

Consequências

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“Na edição seguinte, a Sounds mudou o nome do Manowar para ‘Manowimp’ (um termo de conotação homofóbica que causaria encrenca nos tempos atuais, mas o próprio Manowar já usou em músicas). Decidimos ir a um dos shows deles, tirá-los do palco e bater neles na frente dos fãs. Eu era um jovem raivoso naquela época.

Mais tarde, o Hanoi Rocks enviou uma carta à imprensa dizendo: ‘Paz, não quisemos ofender, pedimos desculpas, não queremos problemas com o Twisted Sister.’ Também recebi uma carta particular de Ross The Boss (guitarrista original do Manowar). Não posso divulgar seu conteúdo. Deixe-me apenas dizer que cancelamos a luta. Então esse foi o fim da guerra.”

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Twisted Sister encerrou atividades em definitivo no ano de 2016, após uma reunião iniciada na década anterior e encerrada com a morte do baterista AJ Pero em 2015. Desde então, a banda só se reuniu para recente homenagem no Heavy Metal Hall of Fame, quando foram homenageados.

Porém, o hiato pode ser encerrado. Em entrevista ao The Metal Voice (via Blabbermouth), o vocalista Dee Snider deixou a possibilidade em aberto. A banda quer deixar claras suas posições anti-Donald Trump, possível candidato republicano à presidência dos Estados Unidos em 2024.

“Bem, não ficarei surpreso se nos reunirmos neste ano eleitoral para defender algumas causas importantes. Estamos todos na mesma página – praticamente todos nós estamos na mesma página – e posso nos ver ajudando a lutar a boa luta. Porque esta é uma eleição geral, com assuntos como o direito de escolha das mulheres. Temos que enfrentar o outro lado. Eu disse ‘o outro lado’, porque não sou daquele lado, o do Sr. Trump.”

A causa em questão tem a ver com a recente recriminalização do aborto em território americano, combatida por vários artistas.

“Não podemos voltar no tempo. Vamos avançar. O fato de minha neta não ter o direito de escolher me surpreende. Portanto, essas são questões muito importantes. Será menos sobre os políticos e mais sobre os partidos e o que eles representam. Questões como controle de armas. A propósito, eu sou estranho… Estou armado, cara. Mas sou a favor do controle inteligente de armas. Sou o moderado. Dirijo um Tesla e um Hummer H2. Sou ambientalista e ando de motocicleta.”

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João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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