Paul Weller é um verdadeiro músico oldschool. O frontman do The Jam, que recentemente que criticou músicos que vivem apenas de trabalhos do passado – o que ele chama de “heritage acts”, ou “artistas de patrimônio” –, agora disparou contra a geração mais nova. O motivo? Por não considerar que os jovens não produzem tanta música quanto os mais antigos, de maneira geral.
A declaração foi dada no podcast Desperately Seeking Paul (via NME), apresentado pelo próprio Weller. Na ocasião, o vocalista e guitarrista atacou os artistas mais jovens que produzem menos, algo que vai contra a própria lógica do trabalho de músico na visão dele.
Ele disse:
“Não é parte da descrição do trabalho, que você saia em turnê e você grave discos? Essa é provavelmente uma maneira oldschool de ver isso, mas é sobre isso que tudo é, na verdade. Eu ainda acho que se aplica. Eu acho que há algo a ser dito sobre a consistência e continuar indo e indo e indo até o fim.
Em oposição a muitos dos artistas mais novos que fazem um álbum e depois não fazem por 5 ou 7 anos. Eu não entendo isso. Às vezes eu penso ‘o que você faz nesses anos no meio?’. Você não pode estar em turnê por 5 ou 7 anos divulgando o mesmo disco, é claro.”
Weller ainda citou um nome para exemplificar. Deixou claro, porém, que a artista deixou pouco material gravado, apesar de sua vida e carreira terem acabado de maneira abrupta.
“Alguém como Amy Winehouse, que era uma artista brilhante, só deixou dois discos no mundo. Por isso acho que é importante lançar o quanto você conseguir.”
O prolífico Paul Weller
O The Jam, banda que lançou Paul Weller ao mundo, existiu entre 1976 e 1982. Ele se dedicou a outros projetos nos anos 1980, mas desde o início da década de 1990 tem se dedicado a uma prolífica carreira solo.
Também em seu podcast, Weller falou sobre os fãs que desejavam ouvir apenas as músicas dos tempos de The Jam, mas acabaram se deparando com muito material solo recente.
“Eu provavelmente perdi uma certa quantidade de público pelo caminho nos últimos 10 anos – aqueles que só queriam ouvir coisas do The Jam. Mas eles meio que foram embora agora, acho que foram ver a banda de Bruce Foxton (seu ex-colega) ou outras pessoas – o que quer que façam, o que quer que os deixe felizes.”
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