Não são poucos os fãs que foram apresentados ao Iron Maiden através de “Live After Death” (1985). O registro ao vivo servia como um bom compilado do que a banda havia feito em seus cinco primeiros discos, reunindo um repertório indefectível, que até hoje arranca suspiros nostálgicos.
Porém, nem todo mundo dentro do próprio grupo é grande apreciador do resultado. O vocalista Bruce Dickinson teve alguns poréns registrados em comentário resgatado pela revista Classic Rock.
Disse ele sobre a obra:
“Foi uma afirmação real, um duplo ao vivo, como aqueles que todos amávamos quando éramos crianças. Meu álbum ao vivo favorito é ‘Made in Japan’, do Deep Purple. Mas lembro de ter lido Ian Gillan dizendo: ‘Achei que ficou uma m*rda’. E eu dizia: ‘Não, não, não – você está errado!’ O mesmo acontece com ‘Live After Death’. Quando os fãs do Maiden me dizem que é o nosso melhor álbum ao vivo, eu penso: ‘oh, não sei sobre isso’.”
Apesar disso, a avaliação de Dickinson sobre o trabalho se tornou um pouco mais branda nos últimos tempos.
“Recentemente ouvi de novo e parecia muito bom. E o grito ‘Scream for Me, Long Beach!’ se tornou parte do folclore do Maiden.”
A opinião de Steve Harris
Em 2007, a revista Revolver pediu que o baixista e líder Steve Harris tecesse comentários sobre o disco. O chefão também deixou algumas ressalvas, mas considerou o produto bom, no final das contas.
“As noites em que gravamos foram de grande pressão, algo assustador. Você tenta esquecer, mas há todas aquelas câmeras na sua frente, não é fácil. Só registramos dois dos quatro shows em Los Angeles. Na verdade, nem sei porque não gravamos os outros. Só usamos duas músicas do primeiro e o resto é do segundo. Quando olho para trás, sinto que fizemos um bom trabalho.”
Iron Maiden e “Live After Death”
Gravado na Long Beach Arena em Long Beach, Califórnia, Estados Unidos e no Hammersmith Odeon em Londres, Inglaterra, “Live After Death” capturou o Iron Maiden na lendária “World Slavery Tour”, promovendo o álbum “Powerslave” (1984).
O disco vendeu mais de 5 milhões de cópias em todo o mundo. Chegou ao 2º lugar na parada britânica e 19º na estadunidense. Pouco tempo depois, a versão em vídeo foi lançada, apenas com registros do show americano.
A lápide de Eddie na capa conta com a adaptação de uma frase da obra A Cidade Sem Nome, de H.P. Lovecraft: “That is not dead which can eternal lie. Yet with strange aeons even death may die” (“Não está morto o que pode eternamente jazer. E após eras estranhas, até a morte pode morrer”).
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A qualidade do En Vivo e as tomadas de câmera fazem dele pra mim o melhor, junto com o Rock in Rio de 2001