Criada em Los Angeles no ano de 1980, a Bitch era uma banda com padrões diferentes do que o heavy metal costumava oferecer. Sempre girando em torno da figura da vocalista Betsy Weiss, o grupo abordava temas sexuais e sadomasoquistas com uma pitada de humor, o que se refletia até mesmo nas performances de palco.
Em entrevista ao The Metal Voice – transcrita pelo Ultimate Guitar – o empresário Brian Slagel, fundador da Metal Blade Records, contou como teve acesso ao conjunto, que entrou na primeira edição da coletânea Metal Massacre (1982), que também contava com o Metallica.
“Eles provavelmente eram meus amigos mais próximos naquela época. O namorado de Betsy era um cara chamado David Carruth, que frequentava minha loja e costumava comprar bastante discos. Só o conhecia como cliente. Nem sabia que havia bandas tocando em Los Angeles. Acho que ele foi o primeiro que me disse. Foi como conheci Ratt, Mötley Crüe, Bitch todas as outras.”
O obstáculo do machismo
Para o empresário, a estética do grupo e o machismo pesaram para que não tenham alcançado o sucesso que mereciam.
“Deviam ter sido muito maiores. Faziam algo diferente, o show era uma loucura. Contavam com uma vocalista feminina, muito sexy. Mas nos deparamos com todo tipo de obstáculo. Ter uma banda de heavy metal liderada por mulheres naquela época não era realmente o que alguém queria ver, tornava tudo muito mais difícil. Por conta do nome Bitch, também não podíamos tocá-los no rádio naquela época. Por isso que, eventualmente, lançamos um disco chamado Betsy tentando apaziguar as coisas, mas não deu muito certo.”
Bitch atualmente
Entre idas e vindas, a Bitch segue na ativa tendo apenas Betsy como integrante original. A banda costuma ser atração de festivais europeus dedicados a fãs saudosos dos anos 1980, como o alemão Keep It True. Nenhum material é lançado desde A Rose By Any Other Name, EP de 1989.
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