O estimado leitor certamente ficaria surpreso ao descobrir de onde alguns de seus artistas preferidos tiram inspiração para compor as músicas que lhe causam tanta idolatria. Porém, a linguagem universal por trás das possibilidades de uma simples canção precisa ser explorada ao máximo.
Sendo assim, não deveria ser totalmente fora do esquadro imaginar que um hit dos Backstreet Boys teve influência direta do Metallica. Criada pelos suecos Andreas Carlsson e Max Martin, “I Want it That Way” buscou uma referência específica em “Nothing Else Matters”, a balada mais conhecida da banda que representa o próprio estilo no nome.
O momento acontece no início da música, com o violão fazendo uma introdução que guarda suas semelhanças com a criação dos ícones do Big Four.
Martin explicou à Rolling Stone:
“A última coisa que foi adicionada foi o ‘ba-do-do-ba-do-do-do’, que era como um riff do Metallica – algo bem fora da cena de boy band na época.”
Outra curiosidade é que os escritores da obra não dominavam muito bem o inglês. Por isso, algumas partes como o primeiro verso (“You are my fire/The one desire”) não teriam real significado. Carlsson admite:
“A letra realmente não significa nada. A gravadora até considerou pedir ajuda a outro letrista para ajudar a trabalhar nela.”
Backstreet Boys e “I Want it That Way”
Integrante do álbum “Millenium” (1999), “I Want it That Way” chegou ao topo de mais de 20 paradas nacionais, incluindo grandes mercados como Reino Unido e Alemanha. Nos Estados Unidos, alcançou o 6º lugar no The Billboard Hot 100, principal chart local de singles. Seu compacto vendeu mais de 8 milhões de cópias em todo o planeta.
Foi indicada ao Grammy em 3 categorias, incluindo “Canção do Ano” e “Gravação do Ano”. O videoclipe faturou a “Escolha da Audiência” no MTV Video Music Awards 1999 e no MuchMusic Video Awards.
Tornou-se até mesmo um hit de karaokê dos roqueiros, como o vídeo abaixo denuncia.
Metallica, “Nothing Else Matters” e o “Black Album”
“Nothing Else Matters” faz parte do disco homônimo do Metallica. Lançado em 12 de agosto de 1991, o “Black Album” mostrava a banda explorando novas sonoridades, dando início à parceria com o produtor Bob Rock. Pela primeira vez os músicos usaram três tipos de afinações diferentes: a tradicional em mi, mi bemol e ré.
A atmosfera mais dark e reflexiva das músicas não era apenas uma mudança de abordagem superficial. Além do amadurecimento natural que a idade traz, três dos quatro integrantes passaram por divórcios no período – James Hetfield era a exceção.
Ao contrário do que faziam até então, Hetfield e Lars Ulrich incluíram Kirk Hammett e Jason Newsted no processo de desenvolvimento das canções, visando dar um clima mais próximo do que faziam ao vivo.
O álbum “Metallica” vendeu até hoje cerca de 31 milhões de cópias em todo o mundo, sendo o disco mais comercializado das últimas três décadas em qualquer gênero musical.
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