2023 tem sido um ano descobertas para o rock/metal com gratas surpresas e algumas expectativas não alcançadas. Desde os grandes dinossauros do rock clássico até os novos desbravadores que desafiam os limites do gênero.
- Confira mais listas: Os melhores discos de 2023 na opinião da equipe do site IgorMiranda.com.br
Confira abaixo a minha lista de melhores de 2023.
Os 10 melhores discos de 2023 na opinião de Timeu Oliveira
10) Rival Sons – “Lightbringer” (blues / hard rock)
O jeitão cru de se fazer blues rock encontrou a força das produções modernas. Em seu segundo álbum no ano — o primeiro foi “Darkfighter” —, o Rival Sons canalizou seu Zeppelin e Stones interior, entregando uma excelente obra cheia de groove do início ao fim.
9) Soen – “Memorial” (metal progressivo)
Em 2023, os mestres do prog metal sueco Soen nos presentearam com “Memorial”, uma jornada por uma paisagem sonora repleta de profundidade emocional e introspecção. A voz muitas vezes assombrosa de Joel Ekelöf navega por melodias intrincadas, explorando temas como mortalidade, legado e a beleza agridoce da memória. Da mais pesada de “Violence” passando pela melancolia elegante de “Hollowed” até a linda melodia de “Vitals”, “Memorial” é um testamento à maestria do Soen de combinar proeza técnica com emoção crua, deixando uma impressão duradoura que é tanto emocionante quanto pungente.
8) Greta Van Fleet – “Starcatcher” (hard rock)
O novo álbum do Greta Van Fleet veio para provar que eles não são uma cópia do Led Zeppelin. Esses jovens músicos provaram sua permanência com um épico rock psicodélico. Vocais arrebatadores, guitarras contagiantes e um toque de prog tecem uma tapeçaria mística que te deixa sem fôlego.
7) The Winery Dogs – “III” (hard rock / progressivo)
O power trio retorna triunfante. Richie Kotzen, Billy Sheehan e Mike Portnoy combinou riffs incendiários, solos virtuosos e melodias cheias de expressão para um banquete de rock digno de reis.
6) Electric Mob – “2 Make U Cry & Dance” (hard rock)
Com grande destaque para os vocais de Renan Zonta e guitarras de Ben Hur Auwarter, os brasileiros do Electric Mob retornaram em 2023 com “2 Make U Cry & Dance”, uma mistura potente de atitude clássica de hard rock e energia moderna. A performance potente e precisa de Zonta atravessam a chuva de riffs de Auwarter e os grooves da dupla Yuri Elero e André Leister (respectivamente baixo e bateria), formando a tempestade perfeita. Não há uma faixa que te dê aquele tempo para ir ao banheiro ou descansar no meio do show!
5) Mammoth WVH – “Mammoth II” (hard rock / alternativo)
Wolfgang Van Halen saiu da sombra de seu pai em definitivo já na estreia e criou, em seu segundo álbum, um trabalho poderoso. Riffs gigantescos, ganchos cativantes e uma atitude feroz provaram que a chama Van Halen queima intensamente.
4) Angra – “Cycles of Pain” (power metal / progressivo)
A maior banda do espectro do metal brasileiro com atividade garantida (considerando que o Sepultura anunciou sua tour de despedida) chegou ao terceiro álbum de sua terceira era. A potência no vocal de Fabio Lione, técnica impecável nas guitarras de Marcelo Barbosa, o feeling das melodias compostas por Rafael Bittencourt, os graves do baixo de Felipe Andreoli mais fortes do que nunca e a bateria de Bruno Valverde com destaque maior à brasilidade no álbum são os itens que você encontrará ou ouvir esse novo trabalho da banda. Apesar de figurar no meu Top 10 há uma pontinha de decepção depois da tamanha divulgação que seria o divisor de águas na história da banda. Chegou aos pés de trabalhos como “Temple of Shadows” (2004)? Não, mas ainda assim é um excelente álbum.
3) Metallica – “72 Seasons” (thrash metal)
Os titãs do thrash Metallica retornam com seu primeiro álbum de estúdio em sete anos. “72 Seasons” mergulha na escuridão dos traumas infantis e seu impacto duradouro, canalizando sua agressão característica em uma fúria introspectiva. Desde a fúria frenética de “Lux Æterna” até a assombrosa “Sleepwalk My Life Away”, “72 Seasons” prova que o Metallica não perdeu sua energia, lembrando-nos de que as cicatrizes do passado podem alimentar as chamas do presente.
2) Tesseract – “War of Being” (metal progressivo / djent)
Esses britânicos do prog metal continuam a desafiar limites com suas estruturas musicais intricadas e profundidade emocional. Melodias vocais encantadoras, riffs djent e paisagens sonoras atmosféricas fazem de “War of Being” uma jornada para a mente e o coração.
1) Extreme – “Six” (hard rock)
A banda liderada por Gary Cherone (voz) e Nuno Bettencourt (guitarra) retorna com vingança após 15 anos sem lançar material inédito. A mescla do hard rock melódico e característico do grupo completo por Pat Badger (baixo) e Kevin Figueiredo (bateria) ganhou um caráter agressivo e contemporâneo muito raro de ser visto em trabalhos de artistas mais antigos do gênero. “Six” é a prova de que o Extreme ainda tem enorme poder de fogo — e cria expectativa já para um próximo trabalho, que, espera-se não levará mais 15 anos para sair.
Menções honrosas
- Floor Jansen – “Paragon” (pop)
- Spiritbox — “The Fear of Fear”, EP (metal progressivo / alternativo)
- Crypta – “Shades of Sorrow” (death metal)
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