Os líderes do Kiss, Paul Stanley e Gene Simmons, já haviam dito em ocasiões diversas que a banda não acabaria enquanto marca após seu show final no Madison Square Garden, em Nova York, no último sábado (2). Realizada a performance conclusiva da turnê de despedida “End of the Road”, os planos de continuidade da empresa — em uma iniciativa chamada “New Era” — foram revelados.
O principal deles envolve a sequência do grupo em uma versão de avatares digitais. A novidade foi apresentada ao fim da performance derradeira, quando representações virtuais de Stanley (voz e guitarra), Simmons (voz e baixo), Tommy Thayer (guitarra) e Eric Singer (bateria) executaram a música “God Gave Rock and Roll to You II”.
De acordo com o Blabbermouth, os avatares do Kiss foram criados pela Industrial Light & Magic (ILM) e financiados e produzidos pela Pophouse Entertainment — a empresa sueca por trás do show “Abba Voyage” em Londres, com representações virtuais do grupo pop.
Para a criação de suas versões digitais, os músicos ensaiaram com trajes de captura de movimento. A proposta é retratá-los como super-heróis, mas registrando seus trejeitos ao máximo.
Assista abaixo a vídeos do projeto (ou clique aqui para conferir um deles direto no YouTube).
Em entrevista à Associated Press, o CEO da Pophouse, Per Sundin, afirmou que a ideia é continuar com o legado do grupo mascarado pela eternidade.
“O Kiss poderia fazer um show em três cidades na mesma noite, em três continentes diferentes. Isso é o que você poderia fazer com isso.”
Por sua vez, Paul Stanley afirma que as conquistas enquanto banda foram “incríveis, mas não suficientes”.
“A banda merece viver porque é maior do que nós. É emocionante dar o próximo passo e ver o Kiss imortalizado.”
Já Gene Simmons celebrou que tanto ele quanto seus colegas poderão ser “eternamente jovens e icônicos” nesta nova versão.
“Isso nos levará a lugares com os quais nunca sonhamos antes. A tecnologia fará Paul saltar mais alto do que nunca.”
Outros projetos da nova era
A “New Era” do Kiss contempla outras iniciativas um pouco mais convencionais — e, em maioria, já conhecidas do público. A banda dará sequência a seu museu em Las Vegas, inaugurado em 2022, bem como ao cruzeiro Kiss Kruise.
A cinebiografia “Shout it Out Loud” segue em produção e a ideia é lançá-la em 2024. A história do grupo será contada em seus primeiros anos, até o estouro com o álbum “Alive!”, em 1975.
A obra é uma parceria com a Netflix, que se encarregará da promoção e distribuição. O norueguês Joachim Rønning (“Malévola: Dona do Mal”, “Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar”, “A Aventura de Kon-Tiki”) é o diretor. O roteiro é assinado por Ole Sanders.
Além do filme biográfico, o grupo ainda desenvolverá uma série em desenho animado. Deste, não foram revelados mais detalhes.
Sobre o Kiss
Idealizado por Paul Stanley e Gene Simmons, o Kiss vendeu mais de 100 milhões de discos em toda a carreira. É a banda de rock americana com maior número de discos de ouro e platina em toda a história.
A formação derradeira contou com o guitarrista Tommy Thayer e o baterista Eric Singer. Ace Frehley e Peter Criss, respectivos membros originais de cada função, teriam sido sondados sobre uma participação. Porém, não houve um acerto entre as partes e eles devem ficar de fora da despedida.
A “End of the Road Tour” passou duas vezes pelo Brasil, ano passado e no atual. O giro mundial teve início antes da pandemia, obviamente sendo interrompido por conta da situação.
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