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A opinião de Ace Frehley sobre o Kiss seguir como avatar

Guitarrista original da banda entende que ação é voltada ao público infantil e não tem nada de rock and roll

Em recente entrevista, Ace Frehley havia declarado que o fim do Kiss seria bom, já que a banda deixaria de falar sobre sua pessoa. Porém, o contrário parece que nunca vai acontecer.

Durante conversa com o Rock Antenne (via Blabbermouth), o guitarrista original do grupo falou sobre o prosseguimento da marca no formato de avatares.

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A ação foi anunciada durante o último show do quarteto, realizado no início do mês em Nova York – cidade americana onde a história começou nos anos 1970. O primeiro Spaceman declarou:

“Não entendi a proposta dos avatares. Quero dizer, eu vi um pouco disso em um vídeo no YouTube ontem à noite. Parece algo voltado para crianças. E não é rock and roll. Subo no palco sem faixas de apoio, conecto meu amplificador, minha guitarra e pronto. É isso. Sempre foi assim e sempre será.”

Ace ainda negou ter assistido a derradeira apresentação dos antigos colegas. Ainda assim, reconheceu ter conferido outros registros online.

“Assisti a um vídeo no YouTube do show em Indianápolis e não fiquei impressionado. Mas é só a minha opinião. Tommy Thayer não é um mau guitarrista, apenas é mais mecânico do que eu. Ninguém pode copiar meus solos do jeito que eu os toco, porque sou desleixado e ninguém consegue se mover da mesma forma. Ninguém.”

Críticas ao Kiss, mas sem inimizade

A seguir, o músico voltou a falar de uma forma como se estivesse chamando os fãs da formação atual de burros, como fez recentemente.

“Estou surpreso que o público tenha comprado a ideia de Tommy estar ali. Acho que por vários anos as pessoas nem sabiam que não era eu. Costumava receber ligações de pessoas pedindo: ‘Ei, o Kiss está tocando na cidade. Você pode me conseguir ingressos?’ Eu respondia: ‘Não estou mais na banda’. E eles diziam: ‘Não está?’ Porque quando eu saí pela segunda vez eles não fizeram um grande comunicado à imprensa. Meio que enterraram o assunto e apenas fizeram a transição. Mas na última turnê que fizemos juntos, Tommy Thayer estava me servindo sanduíches. Era empresário e ajudante.”

Apesar das críticas, Frehley ressalta não ter inimizade com ninguém do quarteto derradeiro (imagina se tivesse). A exceção parece ser Paul Stanley, com quem trocou algumas farpas recentes.

“Sou amigo de Tommy e de todos os caras da banda. Eric (Singer, baterista) é um bom amigo também. Eu e Gene (Simmons, baixista e vocalista) somos muito próximos. Quando saiu sua caixa ‘Vault Experience’, eu fui para a estrada com ele. Fomos para a Austrália. Antes de nos tornarmos realmente grandes, costumávamos morar juntos. Então Gene tem um ponto fraco em seu coração para mim.”

Vale citar que atingir um público infantil nunca foi problema para o Kiss. Especialmente quando Ace ainda estava presente. Desde os 1970s a banda realizou várias ações visando as gerações mais jovens, o que fez com que a adoração pelo grupo se refletisse nas décadas posteriores, quando se criou um verdadeiro culto sobre a fase original.

Ace Frehley e “10,000 Volts”

“10,000 Volts”, novo álbum solo de Ace Frehley, sai dia 23 de fevereiro de 2024. O trabalho será disponibilizado pela MNRK Music, gravadora antes chamada eOne Music.

Trata-se do primeiro disco de inéditas do guitarrista desde “Spaceman”, divulgado em 2018. Neste ínterim, o ex-integrante do Kiss liberou em 2020 o trabalho de covers “Origins Vol. 2”.

O tracklist apresenta 11 faixas escritas em parceria com Steve Brown, guitarrista do Trixter e da banda solo de Eric Martin (Mr. Big), além de substituto imediato no Def Leppard quando Vivian Campbell está em tratamento contra o câncer.

O material contará com a participação de Anton Fig, baterista com quem trabalhou no disco solo de 1978, na estreia homônima do Frehley’s Comet (1987) e em “Trouble Walkin’” (1989), entre outros registros.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

1 COMENTÁRIO

  1. O verdadeiro e único Spaceman!

    E ele não está errado, somente o Ace toca os solos dele de forma 100% natural… Nada contra o Tommy, ele é ótimo, tenho até pena dele porque Gene e Paul o obrigaram a “cosplayar” o Ace em tudo: do jeito de tocar a forma como se movimenta no palco. Não parece ser ele ali, e sim um sósia do Ace…

    Deveriam ter feito com o Tommy e o Eric o que fizeram com o Eric Carr e o Vinnie Vincent: darem a eles novos personagens, deixar que aflorassem suas personas… não copiarem o Ace e o Peter nessa tentativa idiota de varreram os dois originais para baixo do tapete.

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