...

A música com a melhor letra na história do rock, segundo Peter Gabriel

Escolha recaiu sobre canção presente em “Graceland”, álbum lançado por Paul Simon em 1986

Apesar de ter feito grande sucesso em parceria com Art Garfunkel, Paul Simon se estabeleceu em termos criativos com a carreira solo. Mesclando o experimental e o popular, o músico segue se reinventando até hoje. Vide “Seven Psalms”, disco lançado este ano e indicado ao próximo Grammy na categoria “Melhor Álbum Folk”. O talento é amplamente reconhecido pelos colegas — como Peter Gabriel.

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O ex-integrante do Genesis elegeu uma faixa de “Graceland” (1986) como a melhor letra da história do rock: “The Boy in the Bubble”. A escolha se deu em artigo à ABC News, feito em 2010 e resgatado pelo Far Out Magazine.

“Paul Simon escreveu tantas músicas ótimas. ‘The Boy in the Bubble’ foi uma delas. Como muitas pessoas, eu amei o disco ‘Graceland’. Você se deixa levar pelos grooves contagiantes e nem sempre ouve muito as palavras. Mas essa é uma das letras mais extraordinárias escritas em uma música de rock. É impressionante.”

A letra favorita de Peter Gabriel

Confira abaixo a tradução da letra de “The Boy in the Bubble” (via Letras.mus.br).

“Era um dia lento
E o sol batia sobre
Os soldados à beira da estrada
Havia uma luz brilhante
Um estilhaçar de vitrines
A bomba no carrinho de bebê
Estava ligada ao rádio

Estes são dias de milagres e maravilhas
Esta é a chamada de longa distância
O jeito que a câmera nos segue em câmera lenta
O jeito que olhamos para todos nós
O jeito que olhamos para uma constelação distante
Que está morrendo num canto do céu
Estes são dias de milagres e maravilhas
E não chore, meu bem, não chore
Não chore

Era um vento seco
E ele varria pelo deserto
E espiralava num círculo de gênese
E a areia morta
Caia sobre as crianças
As mães e os pais
E a terra automática

Estes são dias de milagres e maravilhas
Esta é a chamada de longa distância
O jeito que a câmera nos segue em câmera lenta
O jeito que olhamos para todos nós
O jeito que olhamos para uma constelação distante
Que está morrendo num canto do céu
Estes são dias de milagres e maravilhas
E não chore, meu bem, não chore
Não chore

É um arremesso bem no alvo
É todo mundo começando de novo
É cada geração botando um herói nas paradas
A medicina é mágica e mágica é a arte
O menino na bolha
E o bebê com o coração de babuíno

E eu creio que
Estes são os dias dos lasers na selva
Lasers na selva em algum lugar
Sinais abruptos de informação constante
Uma afiliação frouxa de milionários
E bilionários e bebês

Estes são dias de milagres e maravilhas
Esta é a chamada de longa distância
O jeito que a câmera nos segue em câmera lenta
O jeito que olhamos para todos nós
O jeito que olhamos para uma constelação distante
Que está morrendo num canto do céu
Estes são dias de milagres e maravilhas
E não chore, meu bem, não chore
Não chore”

Max Cavalera e Paul Simon

Outro que já elogiou “Graceland” publicamente foi Max Cavalera. Em artigo no início do ano para a Revolver, questionado sobre seus discos preferidos fora do heavy metal, o eterno frontman da fase clássica do Sepultura destacou:

“Ele foi para a África do Sul e gravou, acho que foi… eu vi um documentário. Era ele e seu produtor com uma mochila. Ele simplesmente apareceu e foi em todos esses estúdios sul-africanos precários, com equipamentos realmente ruins. Mas gravou um monte de coisas legais e levou para os Estados Unidos. Então construiu as músicas em cima dessas jams. Amo esse lado aventureiro das coisas.”

“Graceland” foi o sétimo trabalho solo de Paul Simon. Além dos músicos africanos, contou com participações da cantora Linda Ronstadt e dos Everly Brothers, além das bandas Good Rockin’ Dopsie and the Twisters e Los Lobos. Vendeu mais de 16 milhões de cópias e faturou o Grammy na categoria Álbum do Ano.

Curiosamente, o outro mencionado por Cavalera foi justamente um de Peter Gabriel.

“Não sou um grande fã de Peter Gabriel, mas gosto dessa trilha instrumental que ele fez para ‘A Última Tentação de Cristo’, de Martin Scorsese. Ele foi para o norte da África e gravou com um conjunto de músicos locais. É uma ideia muito legal. Eu amo a história e sempre quis fazer algo assim em algum momento da minha carreira.”

Lançada em 1988, a trilha ganhou o Grammy na categoria Melhor Álbum de New Age. Entre os participantes estão o músico e vocalista paquistanês Nusrat Fateh Ali Khan, o multi-instrumentista egípcio Kanun Abdul Aziz, o flautista turco Ney Kudsi Ergüner e os armênios Antranik Askarian e Vatche Housepian, tocadores de duduk.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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O ex-integrante do Genesis elegeu uma faixa de “Graceland” (1986) como a melhor letra da história do rock: “The Boy in the Bubble”. A escolha se deu em artigo à ABC News, feito em 2010 e resgatado pelo Far Out Magazine.

“Paul Simon escreveu tantas músicas ótimas. ‘The Boy in the Bubble’ foi uma delas. Como muitas pessoas, eu amei o disco ‘Graceland’. Você se deixa levar pelos grooves contagiantes e nem sempre ouve muito as palavras. Mas essa é uma das letras mais extraordinárias escritas em uma música de rock. É impressionante.”

A letra favorita de Peter Gabriel

Confira abaixo a tradução da letra de “The Boy in the Bubble” (via Letras.mus.br).

“Era um dia lento
E o sol batia sobre
Os soldados à beira da estrada
Havia uma luz brilhante
Um estilhaçar de vitrines
A bomba no carrinho de bebê
Estava ligada ao rádio

Estes são dias de milagres e maravilhas
Esta é a chamada de longa distância
O jeito que a câmera nos segue em câmera lenta
O jeito que olhamos para todos nós
O jeito que olhamos para uma constelação distante
Que está morrendo num canto do céu
Estes são dias de milagres e maravilhas
E não chore, meu bem, não chore
Não chore

Era um vento seco
E ele varria pelo deserto
E espiralava num círculo de gênese
E a areia morta
Caia sobre as crianças
As mães e os pais
E a terra automática

Estes são dias de milagres e maravilhas
Esta é a chamada de longa distância
O jeito que a câmera nos segue em câmera lenta
O jeito que olhamos para todos nós
O jeito que olhamos para uma constelação distante
Que está morrendo num canto do céu
Estes são dias de milagres e maravilhas
E não chore, meu bem, não chore
Não chore

É um arremesso bem no alvo
É todo mundo começando de novo
É cada geração botando um herói nas paradas
A medicina é mágica e mágica é a arte
O menino na bolha
E o bebê com o coração de babuíno

E eu creio que
Estes são os dias dos lasers na selva
Lasers na selva em algum lugar
Sinais abruptos de informação constante
Uma afiliação frouxa de milionários
E bilionários e bebês

Estes são dias de milagres e maravilhas
Esta é a chamada de longa distância
O jeito que a câmera nos segue em câmera lenta
O jeito que olhamos para todos nós
O jeito que olhamos para uma constelação distante
Que está morrendo num canto do céu
Estes são dias de milagres e maravilhas
E não chore, meu bem, não chore
Não chore”

Max Cavalera e Paul Simon

Outro que já elogiou “Graceland” publicamente foi Max Cavalera. Em artigo no início do ano para a Revolver, questionado sobre seus discos preferidos fora do heavy metal, o eterno frontman da fase clássica do Sepultura destacou:

“Ele foi para a África do Sul e gravou, acho que foi… eu vi um documentário. Era ele e seu produtor com uma mochila. Ele simplesmente apareceu e foi em todos esses estúdios sul-africanos precários, com equipamentos realmente ruins. Mas gravou um monte de coisas legais e levou para os Estados Unidos. Então construiu as músicas em cima dessas jams. Amo esse lado aventureiro das coisas.”

“Graceland” foi o sétimo trabalho solo de Paul Simon. Além dos músicos africanos, contou com participações da cantora Linda Ronstadt e dos Everly Brothers, além das bandas Good Rockin’ Dopsie and the Twisters e Los Lobos. Vendeu mais de 16 milhões de cópias e faturou o Grammy na categoria Álbum do Ano.

Curiosamente, o outro mencionado por Cavalera foi justamente um de Peter Gabriel.

“Não sou um grande fã de Peter Gabriel, mas gosto dessa trilha instrumental que ele fez para ‘A Última Tentação de Cristo’, de Martin Scorsese. Ele foi para o norte da África e gravou com um conjunto de músicos locais. É uma ideia muito legal. Eu amo a história e sempre quis fazer algo assim em algum momento da minha carreira.”

Lançada em 1988, a trilha ganhou o Grammy na categoria Melhor Álbum de New Age. Entre os participantes estão o músico e vocalista paquistanês Nusrat Fateh Ali Khan, o multi-instrumentista egípcio Kanun Abdul Aziz, o flautista turco Ney Kudsi Ergüner e os armênios Antranik Askarian e Vatche Housepian, tocadores de duduk.

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