O Metallica está tentando acabar com a mercadoria pirata vendida nos shows, de acordo com o jornal St. Louis Post-Dispatch. Conforme informações do veículo local (via Tenho Mais Discos Que Amigos), a Merch Traffic, empresa que cuida do merchandising da banda, entrou com uma ação para impedir a comercialização ilegal de produtos nas apresentações em St. Louis, nos Estados Unidos – marcadas para os dias 3 e 5 de novembro.
No processo, a Merch Traffic alega que os “contrabandistas” prejudicam não só o próprio Metallica e a companhia, como também os fãs. Por isso, é solicitado que um juiz interrompa a venda de mercadorias piratas e dê às autoridades locais e federais o poder de apreender itens falsificados e destruí-los.
A justificativa é:
“A mercadoria infratora tem a mesma aparência geral da mercadoria original e pode causar confusão entre os possíveis compradores. Além disso, a mercadoria infratora vendida é geralmente de qualidade inferior.”
A empresa, que moveu processos similares em outros estados, ainda pede indenização por danos morais – cujo valor não foi especificado. Por fim, complementa:
“Com base em informações e em nossas convicções, os contrabandistas continuarão a se envolver em tais atividades infratoras em St.Louis e em outros lugares e provavelmente continuarão tais atividades durante toda a turnê, para grande prejuízo do demandante e do Metallica.”
Metallica vs. Napster
No início dos anos 2000 o Metallica protagonizou um dos momentos mais marcantes da indústria fonográfica no novo milênio: a batalha contra o programa de download online Napster.
Criado por Shawn Fanning em 1999, o Napster se popularizou entre os usuários da internet pela possibilidade de compartilhamento de arquivos de áudio, o que viabilizou a distribuição ilegal e gratuita de trabalhos de diversos músicos. Como forma de combater essa tendência, em abril de 2000, a banda, representada pelo baterista Lars Ulrich, esteve entre alguns artistas que moveram um processo contra a plataforma.
A ação levou ao fechamento dos servidores do Napster em 2001. Porém, como imaginado, não adiantou muita coisa: surgiram outras plataformas similares e o compartilhamento de música gratuita cresceu exponencialmente nos anos seguintes.
Em entrevista à Classic Rock em 2022, o guitarrista Kirk Hammett trouxe uma visão atualizada da ação.
“Avisamos a todos que isso ia acontecer. Avisamos a todos que a indústria da música perderia oitenta por cento de seu patrimônio líquido, poder e influência. Quando essas mudanças monumentais acontecem, você simplesmente sacode a gaiola ou não faz nada e segue em frente. Definitivamente, há uma nova maneira de divulgar a música, mas não é tão eficaz quanto a indústria da música pré-Napster. Mas estamos presos a isso.”
A turnê “M72”
O Metallica encerrou a primeira etapa europeia da turnê “M72” em junho, divulgando o álbum “72 Seasons”. Em agosto, a banda deu início à parte norte-americana. O Brasil deve receber o quarteto novamente no segundo semestre do ano que vem, de acordo com informações do jornalista José Norberto Flesch.
A proposta da atual excursão é realizar dois shows em cada cidade, alterando totalmente o repertório entre uma noite e a outra. As atrações de abertura também são diferentes a cada data.
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