Que Dave Grohl é um ouvinte bastante eclético todos já sabem. O que também sabemos é que ecleticismo não pode desconsiderar o heavy metal. Obviamente, o próprio não o faria já que é um grande adepto do gênero.
Sendo assim, em artigo para a revista Q, resgatado pelo site Fooarchive, o multi-instrumentista elaborou um playlist com 20 músicas que considera essenciais para um fã que se preze.
Veja a seguir.
As 20 melhores músicas de metal na opinião de Dave Grohl
In-A-Gadda-Da-Vida (Iron Butterfly): “Considero-a uma das primeiras músicas de metal. O riff e o groove são sujos e sinistros. A faixa inteira é assustadora. Ouvi quando criança e tive medo. Lembrou-me de coisas ruins e ainda lembra.”
Wake Up Dead (Megadeth): Dave Mustaine era um membro original do Metallica, mas se separou deles no início dos anos 80. Essa faixa foi incrível e o vídeo matador – a banda tocando em uma gaiola com calças apertadas, botas cano alto e mullets. Ah, estou lhe dizendo, era a fantasia de um headbanger.
Breaking the Law (Judas Priest): Priest é muito mais profundo do que a maioria das pessoas acredita. Eu não era fanático, mas adorava certas músicas. O começo da carreira deles é ótimo… Eram uma banda de metal incrível com uma veia Deep Purple. Esta é da era intermediária e é demais.
Piranha (Exodus): Eu os descobri em um vídeo chamado “The Ultimate Revenge”, um show ao vivo em Nova York com Venom e Slayer. O vocalista apresenta essa dizendo: “Não se trata de truta! Chama-se Piranha!” E esse é o tipo de encenação que ainda aspiro.
Highway Star (Deep Purple): O baterista deles, Ian Paice, é incrível e uma grande influência para mim. Além disso, qualquer banda que consegue tocar um órgão com uma parede monstruosa da Marshall recebe uma menção minha.
Stand Up & Shout (Dio): Nunca esquecerei de ver isso no [programa de TV americano] Don Kirschner’s Rock Concert pela primeira vez. Para um garotinho, ele tinha uma presença de palco imponente. Vinnie Appice também é um ótimo baterista. E, er, bem, Dio é meu vizinho agora…
Psychotic Reaction (Trouble): Trouble fez alguns álbuns incríveis – sombrios e lentos como o Sabbath. Mas na verdade eles são uma banda cristã. Tinham letras que empurravam o ouvinte para o caminho da retidão. Eu estava na escola católica quando ouvi isso – eles nunca me influenciaram e a escola também não.
Way She Fly (The Obsessed): Eles eram uma banda de Washington DC – os padrinhos do doom ou do stoner rock. Minha banda abriu para o The Obsessed, eles eram amados por todos, desde góticos até punks. Wino, o guitarrista, está no álbum do Probot. Acho que o que funciona aqui é a escuridão implacável… É edificante de uma forma suicida.
Hog Leg (The Melvins): Eles ficariam horrorizados se fossem chamados de banda de metal, mas são definitivamente pesados. Buzz Osborne canta neste registro mais agudo que soa como se estivesse zombando dos vocais de heavy metal. Como vocês sabem eu prefiro um estilo vocal mais áspero para o Foo Fighters, mas um dia vou dar uma chance a um grito como esse.
Black Dog (Led Zeppelin): Isso é o que o Led Zeppelin fez em seus momentos mais rock, um exemplo perfeito de seu verdadeiro poder. John Bonham tocava bateria como alguém que não sabia o que aconteceria a seguir – como se estivesse oscilando à beira de um penhasco.
I’m Broken (Pantera): Eles fizeram parte da segunda onda do thrash metal americano. Dimebag Darrell é um guitarrista incrível. Os vídeos caseiros do Pantera são os melhores. É só vômito, bebida, bares de strip, sangue e vísceras. São meus filmes favoritos de todos os tempos.
Metal Church (Metal Church): Eles eram reis do thrash metal do estado de Washington. Com essa faixa tudo se resume ao riff. Isso me lembra de tomar ácido quando era jovem. Abandonei o ensino médio e, por mais que fizesse pouco caso dessa m*rda, eu me apliquei. Aprendi a tocar bateria com essa e outras músicas.
We Gotta Know (Cro-Mags): Eles começaram como uma banda de hardcore em Nova York – skinheads de aparência assustadora que na verdade eram todos devotos de Krishna. Um álbum deles, “Age Of Quarrel”, foi um daqueles crossover: em meados dos anos 80 as bandas estavam ficando mais pesadas, tocando mais riffs.
Thrashing Rage (Voivod): Franco-canadenses muito estranhos. Isso é do segundo álbum deles e parece um desastre de trem. Eu tinha 15 ou 16 anos quando ouvi isso pela primeira vez. Sempre tive uma queda por bandas que cantavam em inglês, mas com sotaque. O sotaque do cantor Snake é a coisa mais legal, desagradável e sinistra.
Roots Bloody Roots (Sepultura): O álbum “Roots” é a melhor gravação de uma banda de metal que ouvi na minha vida. Produzido por Ross Robinson, mixado por Andy Wallace, é incrível. Incorporou ritmos e tambores brasileiros, é muito poderoso. É uma p*rra de um metal com um carnaval passando no meio.
A Corpse Without Soul (Mercyful Fate): King Diamond, o vocalista, é um maluco. Ele cantava sobre missas negras e sacrifícios ritualísticos como outros cantam sobre ir ao baile. Mas eu adoro a parte da música em que numa oitava bem alta ele grita: “Sataaaan!” e segura. Esse é um grande momento na linha do tempo do heavy metal.
Master of Puppets (Metallica): Comprei este pelo correio de algum catálogo baseado apenas na descrição do álbum. Dizia “thrash metal” que eu nunca tinha ouvido antes. Chegou e eu não pude acreditar. Eu tinha ouvido Motörhead e um pouco de punk, mas não uma banda tão rápida e forte quanto o Metallica.
Symptom of the Universe (Black Sabbath): Um dos primeiros riffs rápidos de heavy metal. Todo mundo conhece se você tocasse em qualquer setlist em qualquer lugar do mundo. Não ouço tanto Sabbath hoje em dia, mas quando você ouve isso, percebe que é o pântano de onde muito metal rastejou.
Raining Blood (Slayer): Um trabalho incrível, produzido por Rick Rubin. Eu os vi nesta turnê em um antigo teatro de ópera em Washington DC. As luzes se apagaram, essas duas cruzes invertidas com fumaça foram iluminadas e todo o público subiu ao palco e destruiu as duas primeiras fileiras de lindos assentos de veludo – incrível!
Ace of Spades (Motörhead): Você poderia excluir todos os outros 19 registros, mas ainda manter o projeto do metal a partir daqui. Este é o DNA do metal! Além da velocidade, do riff e de Lemmy… está a atitude. Conheci no Rock Concert de Don Kirschner antes de ouvir punk rock. Não havia nada de glamoroso nisso – era sombrio, cruel e intenso.
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