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Yngwie Malmsteen explica por que não dá certo com vocalistas

Guitarrista afirma que sempre ao contratar um cantor, este "começa a achar que é Tom Jones ou Elvis Presley"

Só existe uma estrela nas bandas de Yngwie Malmsteen — e esse alguém é o próprio guitarrista. O colecionador de Ferraris mais famoso do metal não tem trabalhado mais com vocalistas em seu projeto solo.

Em entrevista ao BraveWords, o músico explicou algumas de suas experiências ruins com cantores ao longo da carreira. A relação com os donos do microfone sempre foram tumultuadas.

“Eu contratava tecladistas para tocarem o que eu compus e como quero que tocassem. O mesmo com bateristas e baixistas. Aí, quando eu contratava vocalistas — lembre que sou um artista solo desde 1984, não faço parte de uma banda —, eles começam a achar que são Tom Jones, Elvis Presley, ou coisa assim. Nunca falha. Eles não conseguem se comportar como outros músicos por alguma razão.”

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Dito isso, Yngwie reconheceu os prós de parcerias entre guitarristas e vocalistas na história do rock.

“Por exemplo, uma das minhas bandas preferidas do mundo, Rolling Stones: você tem Mick Jagger e Keith Richards. Você tem Eddie Van Halen e David Lee Roth. Você tem Jimmy Page e Robert Plant, Ritchie Blackmore e Ian Gillan, ou sei lá. Sempre tem esses caras que trabalham juntos, isso é lindo. Eu amo todos esses caras.”

Apesar disso, Malmsteen chegou à conclusão de que sua personalidade não é compatível com isso. Por isso encontrou uma solução engenhosa, conforme falou numa coletiva em 2018 (via Whiplash):

 “Eu meio que fiquei cansado de lidar com as besteiras deles. Então, decidi eu mesmo cantar.”

Sobre Yngwie Malmsteen

Nascido Lars Johan Yngve Lannerbäck na Suécia em 30 de junho de 1963, Yngwie Malmsteen pegou um violão pela primeira vez aos 7 anos de idade, no dia em que Jimi Hendrix morreu, e ganhou sua primeira guitarra aos 9, de presente do irmão.

Largou a escola aos 15 e conseguiu um emprego consertando guitarras em uma loja de música em Estocolmo. Enquanto trabalhava lá, ele teve a ideia de escalopar braços de guitarra — modificação que torna as técnicas de vibrato e bending mais fáceis e que se tornaria marca registrada de seus instrumentos.

No final da adolescência, cada vez mais frustrado com a cena musical sueca, Malmsteen se viu num beco sem saída: suas composições, por melhores que fossem, não despertavam o interesse de nenhuma gravadora local por não serem “comerciais” o suficiente.

Sabe-se lá como, uma demo atravessou o oceano. Mike Varney, chefe da Shrapnel Records na Califórnia, ouviu e ficou impressionado com o estilo de tocar do jovem. Ele entrou em contato e pediu que Yngwie fosse aos Estados Unidos para gravar um álbum pela sua gravadora.

Malmsteen foi de mala e cuia para Los Angeles, onde se juntou ao Steeler. Ele gravou um álbum homônimo (1983) com a banda antes de unir forças com o veterano ex-vocalista do Rainbow Graham Bonnet no Alcatrazz, registrando “No Parole from Rock ‘n’ Roll” (1983) e o ao vivo “Live Sentence” (1984).

Cansado do expediente de compor em parceria com terceiros, ele saiu do Alcatrazz e pôs na rua o Yngwie J. Malmsteen’s Rising Force, nome sob o qual começou a gravar uma série de álbuns, alguns dos quais obteriam status de clássico não apenas no reino da guitarra, mas no hard e metal como um todo, como “Rising Force” (1984), “Trilogy” (1986) e “Odyssey” (1988).

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Pedro Hollanda
Pedro Hollanda
Pedro Hollanda é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e cursou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apaixonado por música, já editou blogs de resenhas musicais e contribuiu para sites como Rock'n'Beats e Scream & Yell.

1 COMENTÁRIO

  1. Só um deu certo, Joe Lynn Turner e pronto, o primeiro foi MT bom tbm, Jeff mais ou menos, já tava cantando mal, o resto lixoso, ele tem que agradecer a Joe Lynn Turner, pq ninguém que tá ouvindo ele solar, o pessoal vai pra ver as músicas desse disco, a necessidade dele aparecer é maior que ter um banda respeitada de sucesso.

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Em entrevista ao BraveWords, o músico explicou algumas de suas experiências ruins com cantores ao longo da carreira. A relação com os donos do microfone sempre foram tumultuadas.

“Eu contratava tecladistas para tocarem o que eu compus e como quero que tocassem. O mesmo com bateristas e baixistas. Aí, quando eu contratava vocalistas — lembre que sou um artista solo desde 1984, não faço parte de uma banda —, eles começam a achar que são Tom Jones, Elvis Presley, ou coisa assim. Nunca falha. Eles não conseguem se comportar como outros músicos por alguma razão.”

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Dito isso, Yngwie reconheceu os prós de parcerias entre guitarristas e vocalistas na história do rock.

“Por exemplo, uma das minhas bandas preferidas do mundo, Rolling Stones: você tem Mick Jagger e Keith Richards. Você tem Eddie Van Halen e David Lee Roth. Você tem Jimmy Page e Robert Plant, Ritchie Blackmore e Ian Gillan, ou sei lá. Sempre tem esses caras que trabalham juntos, isso é lindo. Eu amo todos esses caras.”

Apesar disso, Malmsteen chegou à conclusão de que sua personalidade não é compatível com isso. Por isso encontrou uma solução engenhosa, conforme falou numa coletiva em 2018 (via Whiplash):

 “Eu meio que fiquei cansado de lidar com as besteiras deles. Então, decidi eu mesmo cantar.”

Sobre Yngwie Malmsteen

Nascido Lars Johan Yngve Lannerbäck na Suécia em 30 de junho de 1963, Yngwie Malmsteen pegou um violão pela primeira vez aos 7 anos de idade, no dia em que Jimi Hendrix morreu, e ganhou sua primeira guitarra aos 9, de presente do irmão.

Largou a escola aos 15 e conseguiu um emprego consertando guitarras em uma loja de música em Estocolmo. Enquanto trabalhava lá, ele teve a ideia de escalopar braços de guitarra — modificação que torna as técnicas de vibrato e bending mais fáceis e que se tornaria marca registrada de seus instrumentos.

No final da adolescência, cada vez mais frustrado com a cena musical sueca, Malmsteen se viu num beco sem saída: suas composições, por melhores que fossem, não despertavam o interesse de nenhuma gravadora local por não serem “comerciais” o suficiente.

Sabe-se lá como, uma demo atravessou o oceano. Mike Varney, chefe da Shrapnel Records na Califórnia, ouviu e ficou impressionado com o estilo de tocar do jovem. Ele entrou em contato e pediu que Yngwie fosse aos Estados Unidos para gravar um álbum pela sua gravadora.

Malmsteen foi de mala e cuia para Los Angeles, onde se juntou ao Steeler. Ele gravou um álbum homônimo (1983) com a banda antes de unir forças com o veterano ex-vocalista do Rainbow Graham Bonnet no Alcatrazz, registrando “No Parole from Rock ‘n’ Roll” (1983) e o ao vivo “Live Sentence” (1984).

Cansado do expediente de compor em parceria com terceiros, ele saiu do Alcatrazz e pôs na rua o Yngwie J. Malmsteen’s Rising Force, nome sob o qual começou a gravar uma série de álbuns, alguns dos quais obteriam status de clássico não apenas no reino da guitarra, mas no hard e metal como um todo, como “Rising Force” (1984), “Trilogy” (1986) e “Odyssey” (1988).

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Pedro Hollanda é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e cursou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apaixonado por música, já editou blogs de resenhas musicais e contribuiu para sites como Rock'n'Beats e Scream & Yell.

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  1. Só um deu certo, Joe Lynn Turner e pronto, o primeiro foi MT bom tbm, Jeff mais ou menos, já tava cantando mal, o resto lixoso, ele tem que agradecer a Joe Lynn Turner, pq ninguém que tá ouvindo ele solar, o pessoal vai pra ver as músicas desse disco, a necessidade dele aparecer é maior que ter um banda respeitada de sucesso.

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