Roger Waters está fazendo uma verdadeira viagem no tempo. No próximo dia 6 de outubro, o artista lançará “The Dark Side of the Moon Redux”, uma regravação descrita como “reflexiva” do álbum “The Dark Side of the Moon”, clássico do Pink Floyd que completou 50 anos.
Como forma de divulgar o trabalho, o baixista e vocalista vem apostando em conteúdos para as redes sociais. Quase que diariamente, Waters posta pequenos vídeos em preto e branco, tirando dúvidas de fãs com bom humor.
O admirador Mike Carroll, por exemplo, quis saber qual conselho o músico daria para o seu “eu” mais jovem caso pudesse voltar ao início dos anos 1970 – quando beirava os 30 anos de idade. Em resposta transcrita pelo site, Roger não precisou pensar muito: não diria nada para a versão mais nova de si. E explicou o motivo.
“Eu não teria a pretensão de interferir na vida do meu ‘eu’ mais jovem. E se eu fizesse isso, ele não me ouviria. Ele era áspero e babaca, pelo que me lembro. ‘Quem diabos é você? Vá se f#der’, ele provavelmente teria me dito. E então teríamos rido e eu provavelmente o levaria a um pub e poderíamos conversar sobre as coisas. Mas eu não teria a pretensão de tentar alterar o curso de sua vida porque não me lembro muito bem dele, mas suspeito que ele era muito durão.”
Conversando com o jornal Big Issue em 2015, o artista relembrou sua adolescência e seguiu uma linha de raciocínio parecida. Na ocasião, também disse que não daria qualquer conselho para o seu “eu” de antigamente.
“Acho que não sou muito parecido com o Roger de 16 anos de idade. Embora eu goste de pensar que há uma profunda convicção em meu trabalho que ele reconheceria como vinda dele […]. Esse adolescente teria lutado pelo que acreditava até o último suspiro. E ele ainda está vivo e bem dentro desse velho corpo. Daria conselhos para ele sobre o futuro? Não, f#da-se, ele pode descobrir sozinho.”
Roger Waters, “The Dark Side of the Moon Redux” e o passado
Apesar de não saber o que falar ao seu “eu” mais jovem, Roger Waters utilizou como base as suas vivências e aprendizados dos últimos 50 anos para construir o “The Dark Side of the Moon Redux”. Em nota, o artista afirmou que a regravação é, de certa forma, um retorno ao passado, sob um olhar mais maduro.
“O ‘The Dark Side Of The Moon’ original parece, de certa forma, o lamento de um ser mais velho na condição humana. Mas David (Gilmour, guitarrista), Rick (Wright, tecladista), Nick (Mason, baterista) e eu éramos tão jovens quando o fizemos. E quando você olha para o mundo ao nosso redor, claramente a mensagem não foi absorvida. É por isso que comecei a considerar o que a sabedoria de um homem de 80 anos poderia trazer para uma versão reimaginada.”
Em postagem nas redes sociais, ele ainda complementou:
“É uma maneira de um homem de 79 anos olhar para trás, através dos 50 anos intermediários, nos olhos do homem de 29 anos e dizer, citando um poema meu sobre meu pai: ‘Fizemos o nosso melhor, mantivemos sua confiança, nosso pai teria ficado orgulhoso de nós’.”
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Ele falaria pro eu dele mais jovem, “todos os discos que iremos produzir sem o David Gilmoir irão falhar miseravelmente.
Concordo plenamente. As composições do Roger, sem o acabamento do David são incompletas.
Pink Floyd ficou conhecido no mundo com os trabalhos de David Gilmour a partir da entrada de David. Sem David Gilmour não existiria Pink Floyd.
David Gilmour continua sendo um dos melhores músicos do mundo.
Roger Waters e David Guilmor, são o Feijão com arroz , um precisava do outro , Roger em suas composições e David , com arranjos em seus acordes.