A opinião de Robert Fripp sobre Korn e Slipknot

Líder do King Crimson tem se mostrado cada vez mais aberto a artistas de gerações mais jovens em função da série de covers Sunday Lunch

Desde o início da pandemia, Robert Fripp tem mostrado seu senso de humor através da série de covers Sunday Lunch, com publicações semanais no YouTube. O guitarrista do King Crimson e sua esposa, a cantora Toyah Willcox, fazem versões despojadas paracanções famosas na cozinha de casa.

Em entrevista à Guitar World, o músico entrou em detalhes técnicos do trabalho feito por ele para cada cover e expressou a admiração desenvolvida pelo trabalho de certas bandas. É o caso do Korn e do Slipknot, grupos referenciais no nu metal — um subgênero que ninguém imaginaria Fripp ouvindo.

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Sobre o Korn, inicialmente, ele destacou o trabalho dos guitarristas Brian “Head” Welch e James “Munky” Shaffer.

“Ouvi Korn pela primeira vez quando a gente escolheu fazer cover de ‘Blind’. Fiquei muito impressionado por Head e Munky. Eles usam muito guitarras de sete cordas e afinações alternativas. ‘Blind’ traz um riff tão incrível. É maravilhoso como as duas guitarras interagem uma com a outra.”

O líder do King Crimson ainda fez um comentário técnico a respeito da afinação que utiliza. Como não gosta da nota Si (B), na qual geralmente a corda mais grave das guitarras do Korn estão afinadas (e é determinante para seu som característico), ele recorre a um padrão ainda mais grave.

“Precisei encontrar um tempo pra me aprofundar mais e pensar qual afinação eu usaria. Achei que seria melhor ir com uma Dó pentatônica com Lá na corda mais grave. Eu não gosto de Si no grave. Eu não gosto de Si como uma nota… é antissonora. Se eu afino mais grave, precisa ser Lá (equivalente a um tom mais grave), que é mais próximo ao que o Slipknot deve usar. Mas nos mantendo ao Korn, ‘Blind’ é um riff incrível. É maravilhoso como as duas guitarras interagem uma com a outra. Fazer com uma guitarra só afinada em Mi, espero que me perdoem, mas fiz o melhor que podia com todo o respeito do mundo.”

Robert Fripp e Slipknot

Robert Fripp também mencionou o Slipknot, homenageado em uma versão de “Psychosocial”, com direito a máscara. O guitarrista não poupou elogios ao grupo e arrumou espaço para dar umas alfinetadas em ex-companheiros de King Crimson.

“O que eu gosto sobre ‘Psychosocial’ e Slipknot é que o ethos da banda é próximo do ethos de bandas em geral. Que é: essencialmente, a música vem primeiro e a banda vem antes dos membros em si. Nem todo mundo com quem trabalhei no King Crimson se comprometia com a banda no mesmo nível da carreira solo, o que explica algumas das dificuldades pessoais que alguns tiveram com Robert… aquele ‘homem terrível’ que era grosso com elas.”

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Pedro Hollanda
Pedro Hollanda
Pedro Hollanda é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e cursou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apaixonado por música, já editou blogs de resenhas musicais e contribuiu para sites como Rock'n'Beats e Scream & Yell.

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