Em 1995, após oito anos como guitarrista e braço direito de Ozzy Osbourne, Zakk Wylde se ausentou da banda do Príncipe das Trevas para se aventurar em um Guns N’ Roses à beira do colapso. Após a demissão de Gilby Clarke do posto de guitarrista base, Zakk recebeu um convite para integrar o GN’R, mas a colaboração acabou em um beco sem saída.
Em entrevista de 2021 à Kerrang!, o guitarrista deu detalhes da situação e revelou os bastidores de uma banda estagnada em seu processo criativo.
“Eu conheci Slash [guitarrista] e Axl [Rose, vocalista] quando ‘Appetite [for Destruction]’ [1987] começou a explodir, porque foi quando fui para Los Angeles trabalhar com Ozzy. Eu sempre os encontrava no [bar] Rainbow. Gilby [Clarke] tinha acabado de sair, então Slash sugeriu que eles me ligassem. Eu estava trabalhando no ‘Ozzmosis’ na época. Axl me chamou para uma jam e nós demos muita risada, mas nada estava realmente acontecendo além de demos na casa do Duff [McKagan].”
Por conta disso, Wylde se ausentou dos trabalhos com Osbourne, que havia acabado de lançar o álbum “Ozzmosis” (1995) – cujas guitarras seriam gravadas originalmente por Steve Vai. Acabou sendo substituído por Joe Holmes nos compromissos de turnê, que incluíram uma passagem no Brasil para o festival Monsters of Rock.
“Oz estava tipo: ‘Você vai tocar com os caras ou vamos fazer isso?’. Eu precisava de uma resposta dos caras, mas nada aconteceu. Oz não podia esperar, então ele contratou Joe Holmes.
Zakk Wylde e Joe Holmes
Ainda durante a entrevista, Zakk Wylde revelou como se sentiu com Joe Holmes tocando as linhas de guitarra que compôs – e como ficou o clima com Ozzy.
“Foi muito legal ver outra pessoa tocar o meu material. Joe arrasou. Ele é um cara legal, cara. Eu não briguei com Ozzy. Não houve uma grande briga ou algo assim. Nós nunca brigamos, nunca.”
A parceria entre Zakk Wylde e Guns N’ Roses não evoluiu. O guitarrista pôde retomar seu posto ao lado de Ozzy Osbourne apenas em 2001.
A única música da parceria com o Guns N’ Roses
Em meio ao material fragmentado que a breve colaboração rendeu, apenas um tomou forma: a música “Rose Petalled Garden”, que acabou entrando no álbum de estreia do Black Label Society, “Sonic Brew” (1998).
Em entrevista ao AL.com, o músico relembrou a sonoridade obtida no breve período.
“Acho que essa música é bem na veia do som que alcançamos à época, uma pegada mais robusta. Eles nunca a aproveitaram, então decidi colocar letra e lançar no meu disco.”
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