O que Nita Strauss pensa de ser chamada de “guitarrista feminina” em vez de só “guitarrista”

Anteriormente, cantoras ligadas ao heavy metal já haviam pedido o fim da classificação de estilos através do gênero da vocalista

Uma das principais forças da guitarra na cena hard/heavy em anos recentes, a guitarrista Nita Strauss já passou inúmeras vezes sobre o dilema de ser mais observada por seu gênero do que por seu grande talento musical. Porém, a própria confessa que aprendeu a lidar com a situação, reconhecendo ter se sentido incomodada no passado.

Em entrevista à nova edição da revista Guitar Player, a integrante das bandas de Alice Cooper e Demi Lovato falou sobre como lida com o assunto nos dias atuais.

“Honestamente, isso não me incomoda mais. Talvez quando eu era mais jovem e tinha um peso no ombro, eu pensava: ‘não quero ser uma guitarrista feminina, só quero ser conhecida como guitarrista’. Mas já estou em turnê há muito tempo, e o mundo das mulheres na guitarra é muito diferente em comparação a quando comecei.”

- Advertisement -

A instrumentista garante que hoje prefere ver o lado positivo da coisa, aquele em que ela é vista como o que realmente é.

“No final das contas, estar neste meio é uma coisa ótima. Se estamos falando de grandes guitarristas femininas, ou grandes guitarristas de Los Angeles, ou grandes guitarristas com cabelos loiros, ou o que quer que seja, estou focado na parte do ‘grande guitarrista’.”

Debate sobre o tema

Vale citar que a discussão não é algo tão novo. Em 2018, durante entrevista ao MetalWani.com, a vocalista do Epica, Simone Simons, já havia levantado a questão em relação à posição de frontwoman.

“15 anos atrás a expressão ‘banda com vocais femininos’ era muito relacionada ao symphonic metal. Hoje, acho que nem deve mais ser usada, pois há uma série de cantoras fazendo trabalhos totalmente diferentes entre si.”

Ex-vocalista do Delain e atualmente em carreira solo, Charlotte Wessels seguiu o mesmo caminho em declaração à Metal Hammer em 2020.

“Sempre fui contra a classificação ‘metal com vocais femininos’. É simplória e coloca bandas de death, power, symphonic, nu ou gothic metal como se fossem a mesma coisa simplesmente por uma mulher cantar.”

Nita Strauss e “The Call of the Void”

“The Call of the Void”, segundo álbum solo de Nita Strauss, foi lançado no último dia 7 de julho, através da Sumerian Records. “Dead Inside”, parceria com David Draiman (Disturbed) e primeiro single, a transformou na primeira mulher a alcançar o Top 10 do chart Mainstream Rock da Billboard em 26 anos. A anterior havia sido Melissa Etheridge com “Your Little Secret”, em dezembro de 1995.

Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | Threads | Facebook | YouTube.

ESCOLHAS DO EDITOR
InícioNotíciasO que Nita Strauss pensa de ser chamada de “guitarrista feminina” em...
João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

DEIXE UMA RESPOSTA (comentários ofensivos não serão aprovados)

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui


Últimas notícias

Curiosidades