Pink Floyd: o problema de “The Dark Side of the Moon”, segundo David Gilmour

Álbum completou 50 anos em 2023, ainda sustentando seu status de obra icônica na história da música

Oitavo álbum do Pink Floyd, “The Dark Side of the Moon” é seu trabalho mais bem-sucedido, com mais de 45 milhões de cópias vendidas mundialmente. Permaneceu 741 semanas consecutivas na parada norte-americana, a mais popular e disputada do planeta, entre 1973 e 1988.

Em entrevista recuperada para a nova edição da revista Guitar Player (via Far Out Magazine), David Gilmour compartilhou suas memórias sobre o período de criação. E reconheceu que, apesar de ter se empolgado com a proposta desde o início, foi apenas mais tarde que se deu conta do tamanho que a obra poderia alcançar.

“Assim que Roger (Waters, baixista e vocalista) surgiu com a ideia de seus temas centrais, de como as pressões da vida moderna podem afetar sua sanidade, a coisa começou a tomar forma. Mas aquela sensação de que tínhamos algo mágico veio um pouco mais tarde, eu acho. Era uma época em que ninguém falava sobre longevidade na indústria musical. Cinco ou dez anos era muito tempo.”

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Mesmo assim, o guitarrista não considera o disco algo perfeito, como alguns fãs compreendem. E aponta o que mudaria.

“Meu problema com ‘Dark Side’ – e eu já disse isso antes e sem dúvida vou dizer de novo – foi que Roger priorizou aparecer como um grande escritor de letras, o que veio a ofuscar a música em algumas partes. Houve momentos em que não nos concentramos tanto no lado musical quanto deveríamos – e eu expressei isso para toda a banda após as gravações. Isso foi absorvido em um esforço para tentar melhorar o equilíbrio entre música e letra no álbum seguinte, ‘Wish You Were Here’.”

Pink Floyd e “The Dark Side of the Moon”

O material de “The Dark Side of the Moon” foi desenvolvido em performances ao vivo, com boa parte sendo executada nos palcos antes mesmo das gravações. Foi concebido como um trabalho conceitual focado nas pressões enfrentadas pela banda e os problemas de saúde mental do ex-membro Syd Barrett, que deixou o grupo em 1968.

Uma teoria da conspiração estabelece conexão entre a ordem do tracklist e o filme “O Mágico de Oz” em sua versão de 1939. Assista o vídeo abaixo e tire suas conclusões.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

1 COMENTÁRIO

  1. Qualquer pessoa normal e também as não normais (outros artistas) não conseguem ver o que poderia ter sido melhor em um álbum unanimidade tido como perfeito na proposta que se desejou. Aí o David vai e diz, poderia ter sido melhor se equilibrassemos letra e melodia. Manuduceu, David está em outro nível. Estava e está em outro nível. Fantástico.

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