As melhores músicas dos Beatles sob ponto de vista da guitarra, segundo a Guitar World

Primeira colocada vem do álbum “Abbey Road” (1969) e pode surpreender muita gente quando vista

Apesar de não ser tão lembrados quanto outros colegas de geração quando o assunto é guitarra, os Beatles foram influência direta e indireta quando o assunto é o instrumento e a capacidade de criação através dele. Em um período onde artistas que se valiam das seis cordas estavam fora de moda – algo que os próprios ouviram em um teste onde foram recusados – eles resgataram o rock para o universo pop e se tornaram a banda mais influente da história.

Em 2021, a revista Guitar World elaborou um ranking com as 50 melhores músicas do Fab Four de acordo com um ponto de vista voltado para riffs, solos e afins. Eis o resultado:

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50. Across the Universe

49. Flying

48. Helter Skelter

47. Yesterday

46. For You Blue

45. Free As a Bird

44. Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (Reprise)

43. I Will

42. The Ballad of John and Yoko

41. Yer Blues

40. Help!

39. Dear Prudence

38. If I Needed Someone

37. Day Tripper

36. Think For Yourself

35. Mother Nature’s Son

34. Girl

33. Birthday

32. One After 909

31. Norwegian Wood

30. And I Love Her

29. Not Guilty

28. Old Brown Shoe

27. Michelle

26. Cry for a Shadow

25. Hey Bulldog

24. I’ve Just Seen a Face

23. Don’t Bother Me

22. Octopus’s Garden

21. Till There Was You

20. Good Morning Good Morning

19. I Need You

18. You Can’t Do That

17. Let It Be

16. All My Loving

15. Ticket to Ride

14. Dig a Pony

13. Nowhere Man

12. I Feel Fine

11. Blackbird

10. Something

9. I Want You (She’s So Heavy)

8. I’m Only Sleeping

7. And Your Bird Can Sing

6. A Hard Day’s Night

5. Revolution

4. Here Comes the Sun

3. Taxman

2. While My Guitar Gently Weeps

1. The End

Beatles e “The End”

Sobre a “campeã”, a revista destaca:

“Os solos conjuntos que trazem ‘The End’ ao seu pico de êxtase são, sem dúvida, a declaração mais poderosa do grupo expressa através da guitarra. Aqui, por apenas 35 segundos, três amigos de infância e companheiros de banda de longa data – Paul McCartney, George Harrison e John Lennon – trocam licks em uma música que representa, musical e literalmente, a última posição dos Beatles como um grupo de rock antes de se separarem no ano seguinte.

‘The End’ é o grand finale no medley de músicas que compõe grande parte do segundo lado de ‘Abbey Road’. Como tal, foi projetado para oferecer o máximo de impacto emocional e é um sucesso completo, em grande parte graças ao som de McCartney, Harrison e Lennon tocando em suas guitarras, como em suas primeiras tentativas embrionárias de fazer rock and roll cerca de 12 anos antes.

‘Eles sabiam que tinham que terminar o álbum com algo grande’, lembra Geoff Emerick, o famoso engenheiro que trabalhou no álbum de 1969. ‘Originalmente, eles não conseguiam decidir se John ou George fariam o solo e, por fim, disseram: Bem, vamos fazer nós três. Era a música de Paul, então ele iria primeiro, seguido por George e John. Foi inacreditável. Tudo foi feito ao vivo e de uma só vez.’

Grande parte do poder da música vem da sensação de que os Beatles estão inventando seus solos espontaneamente, tocando um ao lado do outro no calor do momento. Acontece que isso é parcialmente preciso.

‘Eles planejaram aproximadamente o que fariam para os solos’, diz Emerick, ‘mas a execução foi simplesmente excelente. Parece espontâneo. Quando terminaram, todos sorriram. Acho que em suas mentes eles voltaram para a juventude e aquelas grandes memórias de trabalhar juntos’.”

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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