Apesar de não ser tão lembrados quanto outros colegas de geração quando o assunto é guitarra, os Beatles foram influência direta e indireta quando o assunto é o instrumento e a capacidade de criação através dele. Em um período onde artistas que se valiam das seis cordas estavam fora de moda – algo que os próprios ouviram em um teste onde foram recusados – eles resgataram o rock para o universo pop e se tornaram a banda mais influente da história.
Em 2021, a revista Guitar World elaborou um ranking com as 50 melhores músicas do Fab Four de acordo com um ponto de vista voltado para riffs, solos e afins. Eis o resultado:
50. Across the Universe
49. Flying
48. Helter Skelter
47. Yesterday
46. For You Blue
45. Free As a Bird
44. Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (Reprise)
43. I Will
42. The Ballad of John and Yoko
41. Yer Blues
40. Help!
39. Dear Prudence
38. If I Needed Someone
37. Day Tripper
36. Think For Yourself
35. Mother Nature’s Son
34. Girl
33. Birthday
32. One After 909
31. Norwegian Wood
30. And I Love Her
29. Not Guilty
28. Old Brown Shoe
27. Michelle
26. Cry for a Shadow
25. Hey Bulldog
24. I’ve Just Seen a Face
23. Don’t Bother Me
22. Octopus’s Garden
21. Till There Was You
20. Good Morning Good Morning
19. I Need You
18. You Can’t Do That
17. Let It Be
16. All My Loving
15. Ticket to Ride
14. Dig a Pony
13. Nowhere Man
12. I Feel Fine
11. Blackbird
10. Something
9. I Want You (She’s So Heavy)
8. I’m Only Sleeping
7. And Your Bird Can Sing
6. A Hard Day’s Night
5. Revolution
4. Here Comes the Sun
3. Taxman
2. While My Guitar Gently Weeps
1. The End
Beatles e “The End”
Sobre a “campeã”, a revista destaca:
“Os solos conjuntos que trazem ‘The End’ ao seu pico de êxtase são, sem dúvida, a declaração mais poderosa do grupo expressa através da guitarra. Aqui, por apenas 35 segundos, três amigos de infância e companheiros de banda de longa data – Paul McCartney, George Harrison e John Lennon – trocam licks em uma música que representa, musical e literalmente, a última posição dos Beatles como um grupo de rock antes de se separarem no ano seguinte.
‘The End’ é o grand finale no medley de músicas que compõe grande parte do segundo lado de ‘Abbey Road’. Como tal, foi projetado para oferecer o máximo de impacto emocional e é um sucesso completo, em grande parte graças ao som de McCartney, Harrison e Lennon tocando em suas guitarras, como em suas primeiras tentativas embrionárias de fazer rock and roll cerca de 12 anos antes.
‘Eles sabiam que tinham que terminar o álbum com algo grande’, lembra Geoff Emerick, o famoso engenheiro que trabalhou no álbum de 1969. ‘Originalmente, eles não conseguiam decidir se John ou George fariam o solo e, por fim, disseram: Bem, vamos fazer nós três. Era a música de Paul, então ele iria primeiro, seguido por George e John. Foi inacreditável. Tudo foi feito ao vivo e de uma só vez.’
Grande parte do poder da música vem da sensação de que os Beatles estão inventando seus solos espontaneamente, tocando um ao lado do outro no calor do momento. Acontece que isso é parcialmente preciso.
‘Eles planejaram aproximadamente o que fariam para os solos’, diz Emerick, ‘mas a execução foi simplesmente excelente. Parece espontâneo. Quando terminaram, todos sorriram. Acho que em suas mentes eles voltaram para a juventude e aquelas grandes memórias de trabalhar juntos’.”
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