Mais uma vez, a inteligência artificial proporcionou a criação de covers nunca existentes. Usando tal tecnologia, o desenvolvedor Hygor Braga imaginou como seria caso o saudoso Andre Matos cantasse “Rebirth”, do Angra. Ainda, inverteu os papéis e idealizou Edu Falaschi entoando “Fairy Tale”, do Shaman.
Braga conta ao site que criou essas e outras versões por unir suas duas paixões: música e tecnologia. Definindo-se como um entusiasta do tema, ele revelou considerar “fantástica” a possibilidade de criar cenários artísticos que nunca existiram de fato. Para gerar as versões, uma inteligência artificial é treinada para emular o timbre de um cantor, com a posterior clonagem da voz original.
No caso de “Rebirth”, o dono da página explicou na seção de comentários do YouTube que está disposto a aperfeiçoar a releitura com a ajuda de um inscrito. Como mencionado pelos ouvintes no vídeo, a IA não consegue reproduzir os agudos característicos de Andre, já que os vocais originais utilizados como base são de Falaschi. Ouça a seguir.
Em relação à “Fairy Tale”, o canal deu vida à nova versão usando como guia a voz de Alírio Netto, vocalista do Shaman após a morte de Andre, e de Pedro Campos (Soulspell, Hangar, Age of Artemis), que em 2019 postou um cover da canção. Confira no player.
Por meio da inteligência artificial, Hygor Braga compartilhou também registros de Edu Falaschi interpretando “Living For The Night”, do Viper, “Fear of The Dark”, do Iron Maiden, e “For Tomorrow” e “Brand New Me”, novamente do Shaman. Todos estão disponíveis abaixo:
Andre Matos, Edu Falaschi e inteligência artificial
Desde que o uso da inteligência artificial para fins musicais ganhou popularidade, muitas músicas ganharam versões na voz de Andre Matos. Recentemente, um fã perguntou para Felipe Andreoli, baixista do Angra, o que ele acha da prática.
Para ilustrá-la, o indivíduo citou como exemplo um cover fictício de “Nova Era”, gravada por Edu Falaschi, mas aqui na voz de Matos. Em resposta nas redes sociais (via Whiplash), o músico opinou:
“Os resultados ainda são um pouco duvidosos, mas acho muito interessante a perspectiva de poder escutar músicas com outros cantores. Aquele do James Hetfield cantando ‘Pull Me Under’ ficou muito bom. Em pouco tempo essa tecnologia vai ficar praticamente impossível de distinguir do original.”
Edu Falaschi também tomou conhecimento das versões em sua voz. Ao site, o desenvolvedor Hygor Braga revelou ter enviado ele próprio uma das releituras ao cantor.
“Ele me respondeu dizendo ser algo interessante e deu risada. Fiquei bastante animado ao receber o feedback dele e ainda mais feliz por ter apreciado a abordagem tecnológica para criar as versões musicais. Isso demonstra que a combinação de tecnologia e música pode ser bem recebida pelos músicos e pelos fãs. É gratificante ver a música evoluindo com o avanço da tecnologia.”
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A versão de Rebirth ficou uma *osta, principalmente pelo fato da “inteligência” artificial não ter adaptado nem mesmo o jeito de cantar do André a música. Já em Fire Tayler, ela fez exatamente isso: procurou colocar timbres, traços vocais do Edu a música.