A MTV foi lançada em 1º de agosto de 1981 nos Estados Unidos. O videoclipe inaugural foi o de “Video Killed the Radio Star”, do The Buggles, música de dois anos antes, gravado pelo duo formado por Trevor Horn e Geoff Downes. À época, os dois já haviam entrado e saído das funções de vocalista e tecladista do Yes, respectivamente.
Oito meses se passaram até que a emissora baniu uma produção pela primeira vez. A vítima foi “Body Language”, do Queen. O single do controverso álbum “Hot Space” saiu mais de um mês antes de o disco chegar às lojas. A batida funk/dance não agradou em nada os fãs. Mas a maior reprovação veio por conta de sua mídia visual.
A MTV entendeu que, embora os membros do Queen estivessem vestidos, o vídeo continha conotações eróticas, mostrando muita pele e suor. O diretor do curta, Mike Hodges, falou sobre a situação ao Money Into Light.
“Nos tornamos amigos durante as gravações de ‘Flash Gordon’. Todos na banda eram fantásticos e divertidos de se trabalhar. Acabamos nos dando tão bem que Freddie Mercury me procurou para fazer o mesmo com uma música que ele havia escrito, ‘Body Language’. O vídeo realmente contém o erotismo de que você fala, assim como a própria música. O conceito era de Freddie e fiquei muito feliz em capturá-lo no filme. Concluímos em um estúdio de Toronto após uma filmagem realmente exaustiva de 24 horas!”
Outro clipe do Queen banido
Dois anos mais tarde foi a vez de “I Want to Break Free” ser censurado. Um dos videoclipes mais icônicos da carreira do grupo, mostrava seus integrantes em trajes femininos. Refletindo recentemente sobre o banimento, o baterista Roger Taylor falou à série em vídeo Queen the Greatest (via Entertainment Weekly):
“Bem, a MTV era muito tacanha e mente fechada. Tocava Whitesnake, depois a m*rda do Whitesnake, e a seguir outra música do Whitesnake. E eles decidiram que não achavam que homens travestidos eram ‘rock o suficiente’. Então, não exibiram o vídeo.”
Apesar de também possuir certa resistência de fãs dos primórdios da banda, “I Want to Break Free” se tornou um dos grandes clássicos do Queen em sua segunda década. A música faz parte dos shows até hoje, quando Roger e o guitarrista Brian May se apresentam com Adam Lambert nos vocais.
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