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Deu certo? O efeito para a Netflix após proibir senhas compartilhadas nos EUA

Assinantes americanos agora precisam pagar US$ 7,99 por cada usuário que não mora no mesmo endereço listado no sistema

A proibição do compartilhamento de senhas nos Estados Unidos parece estar dando resultado positivo para a Netflix. Desde que a medida entrou em vigor, a gigante de streaming registrou os quatro melhores totais diários de novas assinaturas desde janeiro de 2019. 

Segundo um estudo publicado pela empresa de pesquisa Antenna (via Variety), após usuários não residentes do mesmo domicílio precisarem pagar uma taxa extra ou adquirir uma assinatura própria, a média de novas assinaturas diárias da Netflix entre 25 e 28 de maio chegou a 73 mil. O número representa um aumento de 102% comparado ao padrão dos 60 dias anteriores e foi superior até ao registrado durante os primeiros dias de lockdown nos EUA, entre março e abril de 2020.

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O número de cancelamentos de assinatura também cresceu durante o período entre 25 e 28 de maio. Porém, de acordo com a Antenna, o número de novos usuários ainda foi superior.

O estudo apontou ainda que a proporção entre inscrições e cancelamentos desde 23 de maio cresceu 25,6% em comparação à média dos 60 dias anteriores.

Nos Estados Unidos , assinantes da Netflix agora precisam pagar US$ 7,99 ao mês para cada usuário que não mora na mesma residência. A empresa comunicou também estar pronta para bloquear dispositivos tentando logar em contas sem acesso permitido.

Enquanto isso, no Brasil

A polêmica envolvendo a cobrança extra por compartilhamento de senhas da Netflix está tendo vários capítulos no Brasil, onde o valor é de R$ 12,90 adicionais. O Procon de Santa Catarina abriu na última terça-feira (6) um processo administrativo com medida cautelar contra a gigante do streaming e determinou multa de R$ 500 a cada reclamação recebida.

O órgão já havia pedido explicações sobre essa mudança na política de assinatura, que recebeu inúmeras críticas e gerou uma onda de cancelamentos. Agora, segundo a Revista Fórum, o Procon catarinense tomou a decisão por não ter recebido uma resposta da empresa.

Alisson Micoski, diretor de relações e defesa do consumidor do Procon-SC, afirmou que os executivos da plataforma foram notificada em 29 de maio, mas desde então, não se posicionaram.

“Assim que a empresa informou os clientes das mudanças bruscas nos termos do compartilhamento de telas, nós adotamos no último dia 29, o procedimento para emitir notificação a empresa, solicitando diversas informações, para que, fossem analisadas por esta Diretoria, e não tivemos resposta da empresa, diante disso, determinei a abertura do processo Administrativo que já tem sua decisão cautelar.”

Assim, na terça-feira (6), o Procon-SC tomou a decisão de multar a Netflix em R$ 500 por cada reclamação que receber a respeito da mudança, com a justificativa de que o serviço cometeu “flagrante abuso”. Micoski também afirmou que a decisão também visa proteger consumidores que se sentirem lesados por terem adquirido assinaturas firmadas sob os termos anteriormente contratados.

Órgãos de defesa do consumidor de outros estados brasileiros, como Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul e Maranhão, também acionaram a Netflix sobre a cobrança extra.

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Pedro Hollanda
Pedro Hollanda
Pedro Hollanda é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e cursou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apaixonado por música, já editou blogs de resenhas musicais e contribuiu para sites como Rock'n'Beats e Scream & Yell.

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