Após Sean Lennon, filho de John Lennon e Yoko Ono, se manifestar sobre a chamada música final dos Beatles, foi a vez do próprio Paul McCartney esclarecer uma confusão feita por alguns fãs.
Quem acompanhou detalhadamente a manifestação original em relação ao uso de inteligência artificial para gerar a música final dos Beatles entendeu que a voz de John não seria recriada. Ela foi resgatada de uma demo – não especificada, embora se especule que seja “Now and Then”, gravada em 1978 – e será finalizada pela tecnologia.
Mesmo assim, nem todo mundo entendeu a ideia. Com isso, Macca abordou o assunto pelo Twitter.
“Foi ótimo ver uma reação tão empolgante ao nosso próximo projeto dos Beatles. Ninguém está mais animado do que nós para compartilhar algo com você no final do ano. Vimos alguma confusão e especulação sobre isso. Parece haver muito trabalho de adivinhação por aí. Não posso dizer muito nesta fase, mas para ser claro, nada foi criado artificialmente ou sinteticamente. É tudo real e todos nós tocamos nisso. Limpamos algumas gravações existentes – um processo que durou anos. Esperamos que você ame tanto quanto nós. Mais notícias em breve.”
Pela mesma rede social, Sean Lennon havia dito:
“Tudo o que fizemos foi limpar o ruído da faixa vocal. As pessoas estão interpretando mal o que ocorreu. Sempre houve maneiras de ‘reduzir o ruído’ das faixas, mas a IA faz isso melhor porque aprende o que é o vocal e é capaz de remover com muita precisão tudo o que não é”.
Ao ser questionado por uma seguidora sobre qual seria o papel de George Harrison na faixa, Sean arrematou:
“Não devo falar muito sobre isso ainda, mas direi apenas que a faixa ficou linda e acho que todos ficarão muito felizes.”
Beatles e “Now and Then”
Anos atrás, em 1995, havia rumores de que “Now and Then” seria disponibilizada como um single do projeto “The Beatles Anthology” (1995) – projeto que lançou ao público as já mencionadas “Free as a Bird” e “Real Love”. Mais tarde, em 2007, o jornal Daily Express revelou que Paul tinha planos de soltar uma versão finalizada da canção, com uma performance de arquivo do guitarrista George Harrison, morto em 2001, além de Ringo Starr na bateria e eventuais acréscimos na letra.
A ideia foi deixada de lado no período, mas em 2021, desta vez para a The New Yorker, o eterno baixista do Fab Four confirmou o desejo de concluir a música. Ao tomar conhecimento das novas possibilidades, o músico se sentiu ainda mais encorajado a seguir em frente no trabalho.
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