O mistério em torno do submarino Titan ganhou destaque recentemente. No último domingo (18), a embarcação com cinco passageiros, que tinha como objetivo explorar os destroços do Titanic, desapareceu no Oceano Atlântico. Cerca de quatro dias depois, a Guarda Costeira dos Estados Unidos confirmou a implosão do submersível e, consequentemente, a morte dos tripulantes.
Uma reportagem da CBS Sunday Morning, veiculada em dezembro de 2022, afirmou que o Titan não tinha aprovação ou certificação de qualquer órgão regulador. Para James Cameron, diretor de “Titanic” (1997), esse era um dos maiores perigos.
Durante entrevista à ABC News (via Rolling Stone), o cineasta ressaltou a preocupação quanto à falta de pesquisas sobre o submarino. Em sua opinião (e na opinião de outros colegas), a viagem não era segura.
“Muitas pessoas da comunidade estavam realmente preocupadas com esse submarino. Vários dos melhores profissionais de engenharia de submersão profunda até escreveram cartas para a empresa, dizendo que a viagem com o Titan era muito experimental para transportar passageiros e que precisava ser certificada.”
A expedição chegaria aos quase 4 mil metros de profundidade. A teoria é de que, conforme descia, o submersível não suportou a pressão da água. Considerando o cenário, Cameron pontuou novamente os perigos:
“O registro de segurança mostra um padrão de excelência, não só para eventuais fatalidades, mas para acidentes. O que aconteceu com o Titan é um pesadelo com o qual todos nós convivemos, estamos com isso no fundo das nossas mentes.”
James Cameron e a semelhança entre as tragédias
Por fim, James Cameron traçou um paralelo com o naufrágio do próprio Titanic em 1912, apresentando semelhanças entre ambos os casos:
“Fiquei impressionado com a semelhança do próprio desastre do Titanic, em que o capitão foi avisado várias vezes sobre o gelo à frente de seu navio e, mesmo assim, navegou com toda velocidade em um campo de gelo durante uma noite escura, o que causou muitas mortes. Para nós, é uma tragédia muito semelhante, em que os avisos foram ignorados e que ocorreu exatamente no mesmo local, mesmo com vários mergulhos acontecendo no mundo.”
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