No período pré-facilidades móveis para registros, algumas pessoas disseram ter assistido shows do Bathory na Suécia. Pura lenda, já que Quorthon nunca quis se apresentar ao vivo com o projeto, mantendo-o com um status quase lendário.
Durante entrevista à edição 133 da revista brasileira Rock Brigade, publicada em agosto de 1997, o músico explicou as motivações por trás dessa recusa. E deixou claro ser avesso aos holofotes.
“A questão é que 50% do que foi feito nos discos do Bathory é impossível de ser reproduzido ao vivo, como os backing vocals, os efeitos e todas essas coisas. Mas o maior problema é que não sou um performer. Eu não gosto de shows, nunca vou a shows. A última vez que pensei na possibilidade de tocar ao vivo foi em 1985. Na época, estávamos vendendo bastante e as pessoas pareciam estar ansiosas para nos ver no palco. Só que eu preferi fazer do Bathory um projeto de estúdio, lançar um disco por ano e manter minha privacidade. Ou seja, deixar que fosse apenas música.”
Outra questão importante para Quorthon tinha a ver com a expectativa que os fãs teriam em relação aos componentes visuais de um possível concerto.
“Se fôssemos tocar ao vivo as pessoas iriam querer ver bombas, explosões, o diabo e muitas coisas que não têm nada a ver com música. A gente só ia subir lá vestindo tênis, camiseta e jeans, tocar um monte de músicas do Bathory e todos ficariam decepcionados.”
Quorthon e Bathory
Quorthon – alcunha artística de Thomas Börje Forsberg – faleceu em 3 de junho de 2004, aos 38 anos, vitimado por um ataque cardíaco. Sua obra o colocou como o criador do hoje popular viking metal, acrescentando contornos épicos e temas associados à mitologia nórdica na música extrema.
O Bathory lançou 15 álbuns. Seu criador ainda registrou outros 2 trabalhos solo – além de um EP – entre 1994 e 1997. Nenhum dos projetos se apresentou ao vivo, digam o que disserem os headbangers conspiracionistas.
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Um artista único, divisor de águas, aonde ia do metal extremo ao lírico, da raiva a depressivo, talvez não tenha como definir mestre Quorthon, sei que precisa de mente aberta para entender essa obra de arte chamado BATHORY.