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Os 7 discos que todo baterista precisa ouvir, segundo Travis Barker

Lista vai do pop ao metal e mostra ecleticidade muitas vezes não notada no músico do Blink-182

Quem acompanha a carreira de Travis Barker além da superfície – ou seja, seu trabalho com o Blink-182 – sabe que se trata de um baterista bastante versátil e com influências díspares, que acabam acrescentando ao seu estilo.

Em artigo à revista Drum (resgatado pelo site Far Out Magazine), o instrumentista listou 7 álbuns que todos os seus colegas de função deveriam ouvir. Para quem não está acostumado com seu background, as escolhas podem surpreender.

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“Them” (King Diamond): “Eu cresci tocando em bandas marciais e pude reparar como Mikkey Dee sempre tocou os padrões mais legais. A maneira como ele colocava os acentos e onde os incluía era muito, muito legal, como padrões latinos em seu prato de condução. Essas coisas simplesmente não aconteciam no rock naquela época. Eu não era muito fã de bumbo duplo, mas ele os incorporou em seus preenchimentos de uma forma muito saborosa. Ah, sim, ele montava todas as suas baterias e pratos totalmente planos, o que eu achava muito legal e inspirador. Até hoje, todas as minhas também são assim.”

“Led Zeppelin IV” (Led Zeppelin): “Os preenchimentos de Bonham, a maneira como sua bateria soava e a maneira como ele abordava as músicas eram revigorantes. Todo mundo na minha época tinha tipo, 19 peças nas baterias, e eu dizia ‘Não, olhem para John Bonham, com um bumbo, metade do kit e ele soa dez vezes melhor!’”

“Greatest Hits” (The Police): “Cresci amando Steve Gadd, Buddy Rich e Elvin Jones, mas quando se tratava de rock, queria ver um baterista bater forte em sua bateria e Stewart Copeland sempre o fazia. Eu o amava por todo o seu trabalho de chimbal e suas partes inesperadas nas músicas do Police. ‘Message In A Bottle’ teria sido tão diferente tocada por um baterista ‘normal’. A maneira como ele incorporou o ska e o reggae ao rock foi tão revigorante. Eu estava em uma banda de ska antes de estar no Blink e ele era meus olhos e ouvidos para tudo o que eu estava aprendendo naquela época.”

“Too Fast for Love” (Mötley Crüe): “Tommy Lee propositalmente criou todas essas partes para que ainda pudesse ser um baterista chamativo no palco. São peças fáceis, mas tão boas e bem pensadas. Ele também é um dos bateristas mais excelentes e sólidos que já ouvi tocar ao vivo em toda a minha vida e, para mim, foi o epítome do cool nos anos 80.”

“Killing Joke [2003]” (Killing Joke): “Dave Grohl tocou bateria neste disco. Tudo foi gravado separadamente. O chimbal, depois o bumbo, pratos e assim por diante. Se você ouvir com atenção, ouvirá tons vindo do chapéu e da caixa – coisas que normalmente são impossíveis, você sabe. É muito mais desafiador do que a gravação convencional por causa de todas as possibilidades que existem nesse estilo; você pode experimentar camadas de peças e levá-las até onde sua imaginação permitir. Além disso, do lado prático, não há vazamento de prato ou algo assim.”

“Best Of” (Missing Persons): “Eu acho que em músicas como ‘Mental Hopscotch’ foi realmente inovador e criativo o jeito que Terry Bozzio acentuou em seu prato chinês – eu nunca tinha ouvido um baterista usar tanto um chinês na minha vida! Também achei legal o jeito que ele acentuou com o sino de seu ride. Suas partes de bateria eram criativas e diferentes de qualquer outro baterista de seu gênero. Eu sou realmente atraído por bateristas que se esforçam e não tocam partes padrão, mas procuram algo mais criativo. Por melhor que ele tenha se tornado, essa foi minha fase favorita da bateria de Bozzio.”

“Musicology” (Prince): “John Blackwell é provavelmente um dos meus bateristas favoritos. Seu carisma, costeletas e groove de bolso, tanto ao vivo quanto gravado, são simplesmente ridículos! Eu amo todas as partes que ele tocou em ‘Musicology’ – mesmo as que ele pode ter programado são muito legais. Sugiro que todos ouçam esse disco, porque tem uma bateria muito boa e, é claro, uma composição muito boa. Ele também é um dos meus bateristas favoritos para ver ao vivo, empolgante, inspirador e muito divertido de assistir. Pode estar interpretando a coisa mais simples do mundo e transparece estar se divertindo – mas quando há um espaço para se destacar, entrega tudo que sabe.”

Blink-182 e Travis Barker atualmente

Recentemente, a formação clássica do Blink-182 se reuniu e deu início a uma turnê pela América do Norte. Travis Barker passou por cirurgia em um dos dedos da mão esquerda, o que adiou a passagem do grupo pela América do Sul para o ano que vem. Um novo álbum de estúdio já está sendo preparado.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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