Por que o Pink Floyd não é bem uma banda de rock, segundo Guy Pratt

Baixista não se vê como parte de tal universo e acredita que o grupo não se encaixa em certos padrões do gênero

Sem dúvidas, o Pink Floyd é um dos maiores nomes do rock em toda a história. Quando a banda entrou para o Rock and Roll Hall of Fame em 1996, Billy Corgan, líder do Smashing Pumpkins responsável pelo discurso de introdução, ainda foi além: ele descreveu o grupo como “tudo o que há de bom no rock” devido à “grandeza”, à “pomposidade” e ao “humor” único. 

No entanto, na opinião do baixista Guy Pratt — que substituiu Roger Waters como membro não oficial a partir de 1987 —, o Pink Floyd não é bem uma banda de rock. Durante participação no podcast No Treble, transcrita pelo Ultimate Guitar, o músico declarou que, na verdade, o grupo está longe de se enquadrar nas atitudes e comportamentos do gênero. 

“Quando você toca para uma banda como o Pink Floyd, as pessoas pensam que você está no mundo do rock. E você simplesmente não está. Nenhuma das pessoas está. Nós não parecemos do rock and roll, não fazemos coisas do rock and roll.”

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Ainda assim, essa “confusão” trouxe frutos para sua carreira profissional. Como mencionou, a convite de David Coverdale, tocou com o vocalista e com o Whitesnake nos anos 1990, participando inclusive da gravação do álbum “Restless Heart” (1997). 

“Eu nunca estive nesse mundo do rock. Eu me sentia um pouco turista, um pouco voyeur. Mas claramente nosso nível de musicalidade funcionou porque David Coverdale me pediu para tocar no Whitesnake. É isso que eu quero dizer. Denny Carmassi ainda é um dos bateristas mais impressionantes com quem já trabalhei.”

Pink Floyd, Roger Waters e o rock

Roger Waters também apresentou ressalvas em relação ao rock. Ao podcast The Joe Rogan Experience no ano passado, o cantor disse não apreciar o “rock and roll barulhento”: 

“Não estou realmente interessado no rock and roll barulhento, que algumas pessoas fazem e adoram. Eu não poderia me importar menos com AC/DC ou Eddie Van Halen ou qualquer uma dessas coisas. E tenho certeza que Eddie é brilhante, um grande guitarrista, maravilhoso, mas isso simplesmente não me interessa.”

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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