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A versão inicial de “Take on Me”, do A-ha, que nunca estourou

Música teve lançamento como single em 1984, mas só fez sucesso no ano seguinte, após ser retrabalhada

“Take on Me” é a música que simboliza o A-ha. Cada um pode ter a sua outra preferida, mas não dá para negar que a canção é a primeira associação que o ouvinte comum faz quando o nome da banda norueguesa é mencionado.

A versão original foi lançada como single em 1984. Porém, o grande estouro viria apenas no ano seguinte, quando ela foi retrabalhada como faixa integrante do tracklist do álbum “Hunting High and Low”, primeiro do grupo.

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Em entrevista ao Music Radar, o multi-instrumentista Pål Waaktaar teorizou sobre o que teria acontecido para que a tentativa inicial tenha falhado.

“Devo dizer que havia alguma política da gravadora influenciando no background. Não foi só que a música não fez sucesso. Havia discordância entre a Warner Brothers e a WEA, seu braço britânico. Não era como se eles estivessem se esforçando para fazer isso dar certo. Chegou a um ponto em que o pessoal da Warner disse: ‘Não façam mais nada com isso, nós vamos assumir.’ Todo mundo queria ser o herói da história. Foi antes de termos qualquer conhecimento dessas coisas.”

Curiosamente, o multipremiado videoclipe da segunda versão fez todo o trabalho de divulgação para a banda simplesmente sendo veiculado em televisões de todo o planeta.

“De repente, você podia alcançar o mundo inteiro. Isso nos rendeu uma promoção de 15 meses, rodando o mundo três ou quatro vezes. Foi a primeira vez que algo do tipo aconteceu. Antes era preciso gravar o disco e depois fazer uma turnê para construí-lo a partir dos shows. E, claro, agora achamos que teria sido ótimo porque poderíamos ter tido maior controle sobre nossa carreira. Mas, ao mesmo tempo, chegamos muito rapidamente ao nível de ter o nome da banda reconhecido em todos os lugares.”

O planejamento meticuloso do A-ha

Refletindo sobre o processo de criação, Pål Waaktaar destaca que “Take on Me” foi meticulosamente planejada, o que rendeu características muito particulares.

“Muitas músicas nas quais você trabalha podem começar em algum lugar e levar anos para serem finalizadas. Como era nosso primeiro single, queríamos que fosse bom. Você pode ouvir todas as versões diferentes. Começamos com letras malucas e nos tornamos mais… ok, pode ser pop, mas não esse tipo de loucura. Então, o primeiro refrão que eu tinha me incomodava e era uma coisa descartável. Demorou um tempo para chegar a um refrão que a levasse a um lugar diferente. Por ser tão pop, meio que me deu dor de cabeça. Queria que também pudesse ser emocional.

Eu odeio que, uma vez que você diz a palavra refrão, as pessoas começam a buscar notas altas imediatamente. Então, estava meio que tentando contornar isso atingindo a nota mais baixa que Morten conseguia cantar e ir subindo lentamente a partir dela. Era uma nota Mi incorporando aquele oitavo do meio, soando como coisas discordantes circulando para garantir que não ficasse muito açucarado. A seguir, tinha que encontrar a batida. A coisa toda era como um grande quebra-cabeça. Não há filler naquela faixa. Se você ouvir a multipista, cada pequena parte é um gancho, você pode cantarolar qualquer uma dessas coisas por si só. É muito viciante.”

O sucesso de “Take on Me”

A versão definitiva de “Take on Me” vendeu mais de 4 milhões de cópias do seu compacto. Chegou ao número 1 em 11 paradas nacionais, incluindo o Billboard Hot 100, principal chart de singles dos Estados Unidos. Ainda foi Top 10 em outros 8 países. O videoclipe já alcançou mais de 1,6 bilhão de views no Youtube.

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InícioCuriosidadesA versão inicial de “Take on Me”, do A-ha, que nunca estourou
João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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“Take on Me” é a música que simboliza o A-ha. Cada um pode ter a sua outra preferida, mas não dá para negar que a canção é a primeira associação que o ouvinte comum faz quando o nome da banda norueguesa é mencionado.

A versão original foi lançada como single em 1984. Porém, o grande estouro viria apenas no ano seguinte, quando ela foi retrabalhada como faixa integrante do tracklist do álbum “Hunting High and Low”, primeiro do grupo.

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Em entrevista ao Music Radar, o multi-instrumentista Pål Waaktaar teorizou sobre o que teria acontecido para que a tentativa inicial tenha falhado.

“Devo dizer que havia alguma política da gravadora influenciando no background. Não foi só que a música não fez sucesso. Havia discordância entre a Warner Brothers e a WEA, seu braço britânico. Não era como se eles estivessem se esforçando para fazer isso dar certo. Chegou a um ponto em que o pessoal da Warner disse: ‘Não façam mais nada com isso, nós vamos assumir.’ Todo mundo queria ser o herói da história. Foi antes de termos qualquer conhecimento dessas coisas.”

Curiosamente, o multipremiado videoclipe da segunda versão fez todo o trabalho de divulgação para a banda simplesmente sendo veiculado em televisões de todo o planeta.

“De repente, você podia alcançar o mundo inteiro. Isso nos rendeu uma promoção de 15 meses, rodando o mundo três ou quatro vezes. Foi a primeira vez que algo do tipo aconteceu. Antes era preciso gravar o disco e depois fazer uma turnê para construí-lo a partir dos shows. E, claro, agora achamos que teria sido ótimo porque poderíamos ter tido maior controle sobre nossa carreira. Mas, ao mesmo tempo, chegamos muito rapidamente ao nível de ter o nome da banda reconhecido em todos os lugares.”

O planejamento meticuloso do A-ha

Refletindo sobre o processo de criação, Pål Waaktaar destaca que “Take on Me” foi meticulosamente planejada, o que rendeu características muito particulares.

“Muitas músicas nas quais você trabalha podem começar em algum lugar e levar anos para serem finalizadas. Como era nosso primeiro single, queríamos que fosse bom. Você pode ouvir todas as versões diferentes. Começamos com letras malucas e nos tornamos mais… ok, pode ser pop, mas não esse tipo de loucura. Então, o primeiro refrão que eu tinha me incomodava e era uma coisa descartável. Demorou um tempo para chegar a um refrão que a levasse a um lugar diferente. Por ser tão pop, meio que me deu dor de cabeça. Queria que também pudesse ser emocional.

Eu odeio que, uma vez que você diz a palavra refrão, as pessoas começam a buscar notas altas imediatamente. Então, estava meio que tentando contornar isso atingindo a nota mais baixa que Morten conseguia cantar e ir subindo lentamente a partir dela. Era uma nota Mi incorporando aquele oitavo do meio, soando como coisas discordantes circulando para garantir que não ficasse muito açucarado. A seguir, tinha que encontrar a batida. A coisa toda era como um grande quebra-cabeça. Não há filler naquela faixa. Se você ouvir a multipista, cada pequena parte é um gancho, você pode cantarolar qualquer uma dessas coisas por si só. É muito viciante.”

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A versão definitiva de “Take on Me” vendeu mais de 4 milhões de cópias do seu compacto. Chegou ao número 1 em 11 paradas nacionais, incluindo o Billboard Hot 100, principal chart de singles dos Estados Unidos. Ainda foi Top 10 em outros 8 países. O videoclipe já alcançou mais de 1,6 bilhão de views no Youtube.

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João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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