Advogados de Steven Tyler tentam anular processo por abuso de menor

Vocalista do Aerosmith é acusado de agressão sexual, coerção de aborto e infâmia involuntária

De acordo com o CBSNews.com, Steven Tyler está buscando o arquivamento de uma ação movida por uma mulher que alega que ter tido um relacionamento ilícito com o vocalista do Aerosmith quando ela tinha 16 anos e ele, 25.

A mulher afirma que sua vida foi “destruída” quando o artista divulgou detalhes em seu livro de memórias. Nele, caracterizava os supostos abusos como “um relacionamento romântico e amoroso” sem seu conhecimento ou consentimento para obter fama e benefícios financeiros para si e seus gerentes, agentes e editores.

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Os documentos judiciais perpetrados pelos advogados de Tyler afirmam que as reivindicações são total ou parcialmente barradas por suposto consentimento da parte dela. É dito que ele tinha pelo menos imunidade qualificada como seu antigo tutor.

A queixa apresentada por Julia Misley (anteriormente conhecida como Julia Holcomb) em 27 de dezembro, no Tribunal Superior do Condado de Los Angeles, acusa Steven de agressão sexual, coerção de aborto e infâmia involuntária. A Justiça o tornou réu no último mês de fevereiro.

De acordo com a denúncia, os dois se conheceram em 1973, depois de um show do Aerosmith em Oregon. Julia foi convidada para ir aos bastidores e depois para o quarto de hotel de Steven. Ela acusa o músico de abusar sexualmente dela naquela noite e de agredi-la sexualmente em um quarto de hotel após o próximo show em Seattle, para onde o cantor supostamente bancou sua viagem. No ano seguinte, Tyler se encontrou com a mãe de Misley e a convenceu a “passar a guarda de sua filha para ele”.

Trechos da autobiografia do artista, “O barulho na minha cabeça te incomoda?”, foram usados para compor o processo. No próprio livro, Steven confirmou – sem citar o nome de Julia – que quase se casou com uma adolescente e que os pais dela lhe passaram a guarda, o que a deixou livre para inclusive acompanhá-lo nas turnês.

Julia Misley também disse que foi obrigada a abortar um filho que teve com Steven Tyler, em 1975, quando ela tinha 17 anos. Na ocasião, o apartamento onde os dois moravam pegou fogo e o artista teria dito à garota que a falta de oxigênio ao inalar fumaça poderia causar danos ao bebê – apesar de, segundo ela, um médico ter dito que não houve qualquer problema com a criança em gestação.

A jovem seguiu hesitante em realizar o aborto, mas o cantor teria alegado que pararia de apoiá-la se ela não fizesse o procedimento. Ela aceitou interromper a gestação, mas rompeu com o artista em seguida e voltou a morar em Portland, sua cidade natal. As lembranças haviam sido apagadas de sua memória até o músico voltar a mencioná-las em seu livro.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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